ESCOLHA OS AMIGOS PELA
BELEZA, OS CONHECIDOS PELO CARÁTER E OS INIMIGOS PELA INTELIGÊNCIA.
Embora os onipresentes celulares substituam com vantagem
os relógios de pulso, há quem não abra mão desse adereço, talvez devido ao
fascínio exercido por modelos de grife, que sinalizam bom gosto e elegância
(quando não ostentação, já que o preço pode chegar a centenas de milhares de
dólares).
Como tudo mais nesta vida, os relógios sofrem o efeito da
passagem do tempo, e como bons relojoeiros são, atualmente, tão raros quanto
moscas brancas de olhos azuis, convém ficar esperto quando for trocar a bateria
de um modelo a quartzo ― eu mesmo perdi um Citizen
depois que uma relojoaria “lábios de suíno” instalou uma bateria de marca
barbante, que vazou após três ou quatro meses de uso e causou danos
irreparáveis ao módulo do relógio. Mas o problema mais comum é o “relojoeiro de
araque” devolver um cronógrafo com os ponteiros desalinhados, seja por não saber
sincronizá-los, seja porque simplesmente não dá a mínima.
De tanto passar esse perrengue, resolvi jamais comprar outro
relógio com cronógrafo ― a não ser que fosse um modelo mecânico ―, mas
desencanei depois que descobri como fazer o ajuste, e assim resolvi
compartilhar o mapa da mina com meus leitores, mas não sem “enfeitar um pouco o
pavão”, pois é o tempero que agrega sabor ao prato.
O relógio de sol
surgiu milênios antes da Era Cristã, quando alguém se deu conta de que o
tamanho da sombra variava ao longo do dia, conforme a posição do sol no céu.
Depois dele vieram a clepsidra, a ampulheta (relógios “de água” e “de
areia”, respectivamente) e uma série de bugigangas curiosas, até que o Papa Silvestre II criou, lá pelos anos
800 da nossa era, o que viria a ser o tetra-tetra-tetra-avô dos relógios
mecânicos atuais.
Os modelos de bolso surgiram cerca de 500 anos depois, e
foram muito populares até Santos Dumont
pedir ao joalheiro Louis Cartier
que adaptasse uma correia ao maior relógio de pulso feminino de sua coleção ― o
“Pai da Aviação” queria consultar as horas sem tirar as mãos dos comandos de suas
aeronaves ―, e assim o uso dos relógios-pulseira, que até então eram adereços
tipicamente femininos, se disseminou também entre os homens. Ainda que uma
coisa nada tenha a ver com a outra, a grife francesa Cartier
se tornou uma das mais ilustres representantes da alta joalheria mundial ― além
de joias finas e relógios caríssimos, ela produz perfumes, bolsas e acessórios
sofisticadíssimos.
Observação: O primeiro “relógio pulseira” foi
encomendado pela irmã do imperador Napoleão
Bonaparte ao relojoeiro Abraham-Louis Bréguet, embora alguns
pesquisadores atribuam sua invenção a Antoni
Patek e Adrien Philippe,
fundadores da conceituada Patek-Phillipe. A princípio, os
relógios de pulso eram usados apenas pelas mulheres; os homens portavam um
cebolão, que carregavam no bolsinho do colete, preso a uma vistosa corrente ―
de ouro ou de prata, grossa ou fina, conforme o gosto e as posses de cada um.
Amanhã eu conto o resto.
MICHEL TEMER - 1 ANO DE GOVERNO
Comemora-se (?!) hoje o primeiro aniversário da efetivação de Michel Temer na presidência da Banânia. Não haverá bolo nem velinha para soprar, já que sua insolência está em viagem oficial à China, de onde deve voltar na semana que vem, não sei se a tempo de participar das festividades de 7 de Setembro, data nacional tupiniquim.
Especula-se, no entanto, que o presidente seja recebido com mais uma denúncia de Rodrigo Janot, que passará o comando da PGR para Raquel Dodge em meados do mês que vem. A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi bloqueada mediante uma vergonhosa compra de apoio parlamentar. Desta feita, a acusação será por obstrução de Justiça e associação criminosa, e deverá seguir o mesmo rito da anterior. Se Temer tem ou não cacife político (e dinheiro em caixa) para barrar também esta denúncia, isso ainda não se sabe. Mas é certo que os proxenetas do parlamento irão pressioná-lo, forçando a fazer mais concessões espúrias.
MICHEL TEMER - 1 ANO DE GOVERNO
Comemora-se (?!) hoje o primeiro aniversário da efetivação de Michel Temer na presidência da Banânia. Não haverá bolo nem velinha para soprar, já que sua insolência está em viagem oficial à China, de onde deve voltar na semana que vem, não sei se a tempo de participar das festividades de 7 de Setembro, data nacional tupiniquim.
Especula-se, no entanto, que o presidente seja recebido com mais uma denúncia de Rodrigo Janot, que passará o comando da PGR para Raquel Dodge em meados do mês que vem. A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi bloqueada mediante uma vergonhosa compra de apoio parlamentar. Desta feita, a acusação será por obstrução de Justiça e associação criminosa, e deverá seguir o mesmo rito da anterior. Se Temer tem ou não cacife político (e dinheiro em caixa) para barrar também esta denúncia, isso ainda não se sabe. Mas é certo que os proxenetas do parlamento irão pressioná-lo, forçando a fazer mais concessões espúrias.
Goste-se ou não de Michel
Temer ― e eu não gosto ―, é impossível negar os fatos: no governo de Dilma, a imprestável, a inflação estava
em 11,48% ao ano; no atual, está em 3,48%. A taxa Selic também caiu ― de 14% para
9,25%. O dólar baixou de R$ 4,10 para R$ 3,12, e o PIB, que vinha amargando
seis trimestres negativos, deve fechar o ano em torno de 0,5%. Com o PT no comando, a Petrobras amargou anos
de prejuízo (e roubalheira); com Temer,
teve lucro no primeiro semestre de 2017. E até os índices de desemprego
começara a recuar ― timidamente, é verdade, mas até aí morreu o Neves.
Resta saber que efeito terá a
delação de Lucio Funaro, cujo conteúdo está sob segredo de Justiça, mas
certamente virá a público se e quando ela for homologada pelo ministro Edson Fachin. Fala-se que as
informações do colaborador ― que era comparsa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e operador financeiro das
maracutaias do PMDB na Câmara, fornecerão farta munição para embasar a nova
denúncia contra Temer. A conferir.
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