O CASAMENTO É
O MÁXIMO DA SOLIDÃO COM O MÍNIMO DE PRIVACIDADE.
Nos EUA, o preço sugerido para o modelo
básico é de US$649 ― pouco mais de R$2 mil pelo câmbio oficial ― sem
considerar os inevitáveis impostos, taxas e outros acréscimos cobrados em solo
tupiniquim. Há também uma versão mais poderosa (Plus), ainda mais cara, cujo principal diferencial, além da maior
capacidade de armazenamento, é a câmera dupla, mas isso é assunto para uma
próxima postagem.
Observação: A título de curiosidade, o portal português NOTICIASAOMINUTO dá conta de que o site de tecnologia TEARDOWN.COM calculou o preço do iPhone7 a partir do valor individual de seus componentes, que
somaram €
261 no modelo mais barato (de 32 GB), embora ele seja vendido por € 779 nas
lojas da Apple em Portugal.
Enfim, o iPhone7 já se encontra à venda nos EUA e em dezenas de outros países, mas
ainda não se sabe quando chegará ao Brasil e nem quanto irá custar. A boa
notícia é que, como sempre acontece em situações afins, a novidade barateará o iPhone6 e as versões anteriores que ainda
são encontradas no mercado, tornando seu preço um pouco menos absurdo, embora
ainda muito alto para o bolso dos brasileiros. A má notícia é que as primeiras
unidades do iPhone7 já começaram a
apresentar defeitos, que incluem um
barulho irritante quando o aparelho está desempenhando tarefas mais pesadas,
fones de ouvido e adaptadores que param de funcionar do nada, além de queda de
sinal e baixa qualidade nas chamadas de voz.
Volto a falar desse sonho de consumo numa próxima postagem. Abraços e um ótimo dia a todos.
EM TEMPO:
Volto com mais detalhes oportunamente.
Aproveitando o embalo:
Volto a falar desse sonho de consumo numa próxima postagem. Abraços e um ótimo dia a todos.
EM TEMPO:
Contrariando todas
as pesquisas, projeções e expectativas, Doria foi eleito com 53,29% dos votos válidos ― é a primeira
vez desde 1992, quando as eleições majoritárias passaram a ter duas etapas, que
a situação de Sampa se define logo
na primeira.
A vitória do candidato tucano (de lavada, considerando que o
segundo colocado conseguiu apenas 16,7%
dos votos válidos) não só capitalizou politicamente o governador Geraldo Alckmin ― “padrinho” de Doria
―, mas também pavimentou o caminho que eventualmente o levará à presidência em
2018.
Em contrapartida, o PT
de Lula perdeu mais da metade das
prefeituras que tinha em 2012 (são 374 municípios a menos que na última
eleição). Desta feita, entre as capitais, a agremiação criminosa travestida de
partido político só conseguiu eleger um assecla em Rio Branco (AC) e garantir uma vaga no segundo turno em Recife (PE) ― capital do estado natal
de certo ex-presidente petralha.
Volto com mais detalhes oportunamente.
Aproveitando o embalo:
A MORTE DO
“SOMBRA” E A HISTÓRIA MAL EXPLICADA DO ASSASSINATO DE CELSO DANIEL
Em mais um artigo
memorável, Augusto Nunes
relembra o texto que publicou há seis meses, com o título SEIS
GRAVAÇÕES ESCANCARAM A CONSPIRAÇÃO FORJADA PELO PT PARA IMPEDIR QUE FOSSE
ESCLARECIDO O ASSASSINATO DE CELSO DANIEL. Confira o excerto a seguir:
No começo de abril, uma reportagem de capa de VEJA expôs o estreito parentesco que vincula o Petrolão,
o Mensalão, o assassinato de Celso Daniel e a conspiração forjada
para impedir o esclarecimento da execução do prefeito de Santo André ―
escândalos que pertencem à mesma linhagem político-policial, foram praticados
pelo mesmo clã e, somados, demonstram que a transformação do PT em
organização fora da lei, decidida a submeter a máquina federal aos seus
desígnios e eternizar-se no poder, começou a definir-se em janeiro de 2002.
O acervo de provas é
tamanho que milhões de brasileiros ignoram, ou mantêm adormecidas em remotas
gavetas da memória, sórdidas preciosidades descobertas no início do século,
como o lote de áudios que registram conversas de altíssimo teor explosivo
gravadas por investigadores da PF.
Observação: Siga este link para ler a integra do artigo e
ouvir as vozes dos assassinos de fatos combinando o que fazer para impedir o
esclarecimento do crime hediondo.
Se fosse só
prefeito, Daniel já teria brilho suficiente para figurar na constelação
das estrelas nacionais do PT. Uma das maiores cidades do país, Santo
André é a primeira letra do ABC, berço político de Lula e do
partido. Mas Em janeiro de 2002, o então prefeito de Santo André já cruzara as fronteiras da administração municipal para coordenar a montagem
do programa de governo de Lula, novamente candidato à Presidência.
Quando foi sequestrado numa esquina de São Paulo, Celso Daniel ocupava o
mesmo cargo que transformaria Antônio Palocci em ministro da Fazenda.
Foi um crime
político, berraram em coro os Altos Companheiros assim que o corpo foi
encontrado numa estrada de terra perto da capital. A comissão de frente
escalada pelo PT para o cortejo fúnebre, liderada por José Dirceu,
Aloízio Mercadante e Luiz Eduardo Greenhalgh, caprichou no
visual. O olhar colérico, o figurino de quem não tivera tempo nem cabeça para
combinar o paletó com a gravata, o choro dos órfãos de pai e mãe, os cabelos
cuidadosamente desalinhados ― os sinais de sofrimento se acotovelavam da cabeça
aos sapatos.
Até então, a única
versão na praça se amparava no que tinha contado o empresário Sérgio Gomes
da Silva, vulgo “Sombra”, ex-assessor de Celso Daniel.
Segundo o relato, os dois voltavam do jantar num restaurante em São Paulo
quando o carro blindado foi interceptado numa esquina por bandidos que,
estranhamente, levaram só o prefeito e nem tocaram na testemunha. O depoimento
de Sombra pareceu tão verossímil quanto uma nevasca no Nordeste, mas a
comissão de frente monitorada por
Lula não tinha tempo a perder com
possíveis contradições no samba-enredo.
Embora mal-ajambrada,
a letra não destoava do refrão que, naquele momento, interessava ao PT: o
assassinato fora cometido por motivos políticos. Dirceu e Mercadante
lembraram que panfletos atribuídos a uma misteriosa organização ultradireitista
haviam prometido a execução de dirigentes do partido. Toninho do PT,
prefeito de Campinas, fora abatido a tiros em setembro de 2001. Daniel
era a segunda vítima. Grávido de ira com a reprise da tragédia, Greenhalgh
acusou FHC de ter ignorado os apelos para que adotasse meia dúzia de
medidas preventivas.
Em pouco tempo, a polícia
paulista deu o caso por encerrado. Paradoxalmente, o PT endossou sem
ressalvas a tese do crime comum. A família do morto discordou do desfecho
conveniente, o Ministério Público achou a conclusão apressada e seguiu
investigando a história muito mal contada, e logo emergiram evidências de que o
crime tivera motivações políticas, sim. Só que os bandidos eram ligados ao
PT.
Ainda no início do
último mandato de Daniel, empresários da área de transportes e pelo
menos um secretário municipal haviam concebido, com a concordância do prefeito,
o embrião do que o Brasil contemplaria, em escala extraordinariamente ampliada,
com a descoberta do Mensalão. Praticando extorsões ou desviando dinheiro
público, a quadrilha infiltrada na administração de Santo André supria
campanhas do PT. Em 2001, ao constatar que os quadrilheiros estavam
embolsando boa parte do dinheiro, Daniel avisou que denunciaria a
irregularidade ao comando do partido. Foi para tratar desse assunto que Sombra,
um dos pecadores, convidou o prefeito para um jantar em São Paulo.
Entre o fim de
janeiro e meados de março de 2002, investigadores da PF encarregados de
esclarecer o assassinato gravaram muitas horas de conversas telefônicas entre
cinco protagonistas da história de horror: Sérgio Gomes da Silva, o Sombra,
Ivone Santana, namorada da vítima (que já se havia separado de Miriam
Belchior), Klinger Luiz de Oliveira, secretário de Serviços Municipais, Gilberto
Carvalho, secretário de Governo de Santo André, e Luiz Eduardo
Greenhalgh, advogado do PT para causas especialmente cabeludas. As
42 fitas resultantes da escuta foram encaminhadas ao juiz João Carlos da
Rocha Mattos.
Em março de 2003,
pouco depois do início do primeiro mandato de Lula, o magistrado alegou
que as gravações haviam sido feitas sem autorização judicial e ordenou que
fossem destruídas. A queima de arquivo malogrou: incontáveis cópias dos áudios
garantiram a eternidade dos registros telefônicos. Em outubro de 2005, quando
cumpria pena de prisão por venda de sentenças, Rocha Mattos revelou a VEJA
que os diálogos mais comprometedores envolviam Gilberto Carvalho,
secretário-particular de Lula de janeiro de 2003 a dezembro de 2010 e
chefe da Secretaria Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma.
“Ele comandava
todas as conversas”, disse o juiz de araque. “Dava orientações de como
as pessoas deviam proceder e mostrava preocupação com as buscas da polícia no
apartamento de Celso Daniel”. Em abril de 2011, já em liberdade, o
magistrado reiterou a acusação. “A apuração do caso do Celso começou no fim
do governo FHC”, afirmou. “A pedido do PT, a PF entrou no caso. Mas,
quando o Lula assumiu, a PF virou, obviamente. Daí ela, a PF, adulterou as
fitas, eu não sei quem fez isso lá. A PF apagou as fitas, tem trechos com
conversas não transcritas. O que eles fizeram foi abafar o caso, porque era
muito desgastante, mais que o Mensalão. O que aconteceu foi que o dinheiro das
companhias de ônibus, arrecadados para o PT, não estava chegando integralmente
a Celso Daniel. Quando ele descobriu isso, a situação dele ficou muito difícil.
Agentes da PF manipularam as fitas de Celso Daniel. A PF fez um filtro nas
fitas para tirar o que talvez fosse mais grave envolvendo Gilberto Carvalho”.
As seis gravações
escancaram a sórdida conjura dos grampeados dispostos a tudo para enterrar na
vala dos crimes comuns um homicídio repleto de digitais do PT. A
história do prefeito sequestrado, torturado e morto é um caso de polícia e uma
coisa da política. As conversas também revelam a alma repulsiva do bando. Celso
Daniel aparece nas gravações como um entulho a remover. Não merece uma
única lágrima, um mísero lamento. Os comparsas se dedicam em tempo integral à
missão de livrar Sombra da cadeia e acalmar o parceiro que ameaça
afundar atirando.
Passados mais de 14
anos, a reaparição do fantasma avisa que a tramoia fracassou. Enquanto não for
exumada toda a verdade sobre esse capítulo da história universal da infâmia,
todos os meliantes sobreviventes serão assombrados pelo prefeito proibido de
descansar em paz.
Com a queima das
provas sonoras, Rocha Mattos virou sócio do clube de magistrados para os
quais uma irregularidade processual é muito mais grave que qualquer delito.
Nessa escola de doutores, aprende-se que quem arromba a porta do vizinho que
está matando a mãe e evita a consumação do crime deve ser preso por invasão de
domicílio. Como as gravações das conversas entre Lula e seus devotos
foram autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, o ministro Teori Zavascki
anda à caça de outro pretexto semelhante para declarar inexistente o palavrório
que estarreceu o país, e se seguir o exemplo do juiz ladrão, não tardará a
constatar que errou feio ─ e errou para nada: milhares, milhões de cópias em
circulação nas redes sociais informam que a verdade já não pode ser destruída. Graças
à escuta promovida pela Lava-Jato, foi abortada uma conspiração contra o Estado
de Direito comandada por Lula e apoiada por Dilma.
O resto é firula
bacharelesca, conversa fiada. O essencial é que há culpados a punir, e o que
importa é que o castigo virá.
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