Senhas óbvias não protegem, e as mais complexas são difíceis de memorizar, sobretudo quando usamos uma para cada coisa e as trocamos regularmente, seguindo as recomendações dos especialistas.
Quem se der ao trabalho de pesquisar o Blog vai encontrar diversas dicas para a criação de senhas complexas “memorizáveis”, mas eu recomento usar um gerenciador de senhas (até porque aceitar a simpática oferta dos navegadores pode ser cômodo, mas comodidade e segurança raramente andam de mãos dadas).
Se você se logar no Facebook, por exemplo, e autorizar o Chrome a memorizar suas credenciais de acesso, o DB Browser for SQLite dará acesso ao arquivo do banco de dados com sua senha no formato hexadecimal. Mas basta recorrer ao CryptUnprotectData, por exemplo, para ter a esses dados em texto plano (o que é uma mão na roda para cibercriminosos).
O gerador de senhas do Google Chrome cria passwords robustas de forma simples e fácil, e as salva em seu banco de dados de forma segura, já que, segundo a gigante de Mountain View, a palavra-chave é gerada de forma totalmente automática e disponibilizada somente para o usuário.
Observação: Para usar esse recurso, faça logon no Chrome com sua senha do Google, clique na foto de perfil (no canto direito da janela do browser), selecione o ícone de chave (que é exibido logo abaixo do seu nome) e ative (se necessário) a opção “Oferecer para salvar senhas”. Para testar, acesse qualquer rede social, clique em “Criar uma conta”, preencha os dados, clique no campo “senha” e na opção “Sugerir senha forte”. Se não ficar satisfeito, clique em qualquer lugar da tela, volte a selecionar o campo “senha” e veja se a nova sugestão de código de acesso lhe agrada. Se quiser ou precisar alterar a senha mais adiante, use o próprio gerenciador para excluir a password salva e gerar uma nova. No smartphone, o procedimento é basicamente o mesmo. A diferença é que a ferramenta aparecerá ao lado do teclado (basta clicar nela para ativá-la). Note que o gerador só irá funcionar se você estiver logado no Chrome (com sua conta do Google) e que a sugestão de gerar senha pode não aparecer de forma automática. Se for o caso, clique com o botão direito no campo respectivo e depois selecione “Sugerir senha”.
A maioria dos serviços baseados na Web que suporta o 2FA raramente o habilita por padrão, mas o site Two Factor Auth ensina a configurar essa função nos webservices que a suportam. A tal “segunda camada” pode ser um número de identificação pessoal (PIN), a resposta a uma “pergunta secreta”, um padrão específico e pressionamento de tela, uma senha de seis dígitos gerada por um token de hardware ou um aplicativo instalado no smartphone (que vale para um único acesso e expira em menos de 1 minuto) ou um padrão biométrico — impressão digital ou de voz, reconhecimento facial, varredura da íris etc.
Observação: A autenticação em três fatores combina Senha/PIN (o que se sabe) com Token (o que se tem) e métodos biométricos (o que se é) é ainda mais segura — quanto maior o número de fatores no processo de autenticação, tanto maior a segurança.
Gerenciadores de senhas baseados na Web dispensam instalação e oferecem alguns recursos adicionais, como a geração de senhas aleatórias seguras e o armazenamento de números de cartões de crédito. Tanto a codificação quanto a decodificação dos dados são feitas no próprio computador do usuário, de modo que as administradoras de cartões não têm acesso à chave criptográfica e, em tese, a privacidade dos clientes não seria comprometida por um eventual ataque a seus servidores.
Para mais dicas sobre senhas, acesse a página da MCAFEE ou recorra ao serviço MAKE ME A PASSWORD; para testar a segurança de suas senhas, acesse a CENTRAL DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DA MICROSOFT ou o site HOW SECURE IS MY PASSWORD.