quinta-feira, 5 de outubro de 2023

AINDA SOBRE O AZEITE DE OLIVA

TROCARIA TUDO QUE SEI POR METADE DO QUE IGNORO.

 

Na briga entre Tarcísio de Freitas e o sindicalismo sobre trilhos de São Paulo, a população entra com a cara. A maioria que elegeu o governador sabia que ele era privatista. Ainda que os sindicatos estatais têm o direito de se opor, a legislação regula e limita a cruzada de braços no setor público. 

O TRT-2 determinou o funcionamento a pleno vapor nos horários de pico e 80% da mão de obra ativa nos demais horários, além de multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. O diabo é que, quando uma estação de trem ou de metrô fecha, o pobre do usuário, que já havia custeado o tributo, paga em dobro com os prejuízos que sofre. Para ele, o serviço piora com ou sem privatização. É no do pobre que a greve dói mais. 

Tarcísio faria um bem a si mesmo se alargasse os horizontes do debate sobre suas privatizações, e os opositores renderiam homenagens à lógica se encontrassem formas de defender a qualidade do serviço sem sonegá-lo. A questão é que, em vez de aproveitar adequadamente as oportunidades, os precipitados se tornam uma oportunidade que os outros aproveitam. Em nove meses de gestão, 

Tarcísio produziu crises constrangedoras. Agora, os grevistas o presenteiam com a oportunidade de mudar de assunto ao defenderem a preservação da qualidade dos transportes públicos sonegando o serviço ao usuário pobre. Foi como se desejassem fornecer motivos à população que depende do transporte sobre trilhos para prestar atenção à pregação privatista do governador.

Há muitas formas de guerrear contra um projeto de privatização, porém a conversão da vida da clientela num inferno não é a maneira mais inteligente. Quem apostou na greve se absteve de calcular as probabilidades. Tentou-se transferir o desgaste para o governador, acusando-o de não liberar as catracas. Não funcionou. Em política, a diferença entre a genialidade e a desinteligência é que a genialidade tem limites.


Uma pesquisa feita nos EUA revelou que o consumo de 10 g diárias de azeite de oliva reduz em até 29% o risco de morte por doenças neurodegenerativas, em 19% por doenças cardiovasculares, em 18% por doenças respiratórias e em 17% por câncer, além de ajudar a controlar os níveis de colesterol, facilitar a digestão e prevenir úlceras estomacais.
 
Além de usar o azeite na finalização de pratos frios e preparação de refogados, pode-se combiná-lo com frutas, bolos, tortas, massas e coquetéis e usá-lo até doces e drinques, como ensina a azeitóloga Ana Beloto no livro Azeite-se. Mas escolher o produto vai bem além de conferir sua acidez, até porque existem vários tipos do azeite e cada um combina melhor com um determinado tipo de receita. Os do tipo extravirgem (acidez inferior a 0,8%) são preferíveis aos do tipo virgem (acidez superior a 0,8% e inferior a 2,0%) para temperar saladas, regar pizzas e finalizar pratos quentes, ao passo que os de tipo único (acidez superior a 2,0%) são mais indicados para refogados e frituras do que para o consumo in natura

ObservaçãoO Brasil é o terceiro maior importador de azeites do mundo (atrás apenas dos EUA e da Grécia), mas também produz marcas de excelente qualidade. Nove dos 10 finalistas de um concurso promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil eram produtores gaúchos; os cinco melhores azeites monovarietais foram o CapolivoOuro de SantanaLagar HCadenza e Milonga, e o Sabiá ficou em primeiro lugar na categoria blend, seguido por Herança do CerroIraremaBem-te-vi e Casa Gabriel. 

Dica: Se quiser comprar um azeite premium nacional de qualidade, procure uma loja especializada em produtos gourmet ou adquira-o diretamente do produtor.
 
O fato de a embalagem indicar que um azeite foi produzido na Itália, por exemplo, não significa necessariamente que ele tenha sido envasado naquele país, já que é comum os importadores comprarem o produto em tonéis e os envasar localmente. E é aí que mora o perigo: um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária apontou que 84% dos azeites do tipo extravirgem continham óleos vegetais mais baratos, além de corantes e aromatizantes proibidos pela legislação brasileira.
 
Não compre azeite se a gôndola do mercado fica exposta à luz e ao calor. Em casa, guarde-o em local arejado, abrigado da luz e afastado de fontes de calor (como fogão e micro-ondas). Depois que o vasilhame for aberto, a validade se reduz a 30 dias (famílias de até 3 pessoas devem dar preferência a garrafinhas de 250 ml). Nesse entretempo, deve-se mantê-lo tampado e guardado num local fresco, mas não na geladeira (devido à umidade). 
 
Dica: Para testar a qualidade do azeite, encha uma forminha de gelo e coloque no congelador. Se o óleo não ficar com a consistência de manteiga, escolha outra marca na próxima compra.
 
O azeite pode ser usado em frituras, embora a temperatura a partir da qual ele começa a liberar compostos nocivos e sabor desagradável seja inferior ao dos óleos de soja, canola, milho, girassol, etc. Azeites do tipo extravirgem atinge o "ponto de fumaça" aos 160-190°C, de modo que deve ser usado em frituras de temperatura moderada a baixa. Os de "tipo único" e "refinados" têm ponto de fumaça mais alto (entre 210-240°C), e por isso podem substituir o óleo de soja na fritura de batatas, por exemplo.

A diferença entre azeites "premium" e "comuns" está na qualidade das azeitonas, no processo de produção, no sabor, na origem e no preço. Os premium são ideais para quem busca uma experiência gustativa mais rica e autêntica, enquanto os comuns representam uma opção mais acessível para usos culinários cotidianos.

A manteiga queima em temperaturas relativamente baixas (em torno de 90°C), mas seu ponto de fumaça aumenta quando ela é misturada com azeite. Melhor ainda é usar "manteiga de azeite". Para prepará-la, tempere 3 xícaras de azeite tipo extravirgem com sal, pimenta-do-reino, 2 dentes de alho triturados e ervas frescas a gosto. Bata no liquidificador, despeje num recipiente de vidro com tampa, deixe no congelador de um dia para o outro e então baixe para o refrigerador, onde a mistura manterá a textura cremosa da manteiga.  

Bom apetite.