sábado, 28 de janeiro de 2017

NÃO FOI EM VÃO


No tempo da hiperinflação, dizia-se que dois renomados economistas, um otimista e o outro, pessimista, foram convidados a opinar sobre a situação do país. O primeiro foi curto e grosso:
― O país está uma merda.
Desconcertado com a resposta, o entrevistador dirigiu-se ao pessimista:
― Diante da opinião do seu colega, o que o senhor tem a dizer?
E o pessimista:
― A merda não vai dar pra todo mundo, tem gente que vai ficar sem.


Lembrei-me dessa anedota porque a tigrada vermelha, inconformada com o fato de sua amada ex-presidanta ter sido penabundada e de o penta-réu Lula Lalau acabar numa cela da PF em Curitiba (ou noutro presídio qualquer), mantém a postura revanchista e se opõe a tudo que o governo Temer faz ou pensa em fazer.

A patuleia apedeuta protestou contra a PEC dos gastos (que acabou aprovada), é contra as reformas do ensino e da Previdência Social e tudo mais que o sucessor da anta vermelha tem feito para debelar a crise e recolocar o país nos trilhos do crescimento. Não raro, os “militantes” convocam gente da pior espécie para engrossar suas fileiras, e, em troca de um copo de tubaína, um sanduba de mortadela e uma nota de 20 merréis, essa turba vândalos fecha rodovias, depreda ônibus, bloqueia o tráfego nas principais avenidas das grandes cidades, ocupa estabelecimentos de ensino e outros prédios públicos, destrói tudo que vê pela frente, enfim, promove o caos de todas as maneiras possíveis e imagináveis.

Dessa seleta cáfila de patetas, os que são capazes de juntar meia dúzia de palavras numa frase dedicam-se a defender o PT e os petralhas nas redes sociais ― procurando mais gente que suporte suas opiniões, quando na verdade deveriam procurar tratamento psiquiátrico ―, enquanto os analfabetos funcionais repercutem suas “pérolas de sabedoria” com tanta disposição quanto a das crianças de Hamelin seguindo o flautista.

Dias atrás, chamou minha atenção uma caricata figura feminina que, de salto alto, joias e taça de champanhe na mão, exibia uma frigideira enfiada no derrière proeminente. Obviamente, a intenção do autor dessa charge grotesca era tripudiar sobre os “coxinhas” que apoiaram o impeachment da gerentona de araque batendo panelas, e que, na subida avaliação dessa figura tão esclarecida, devem estar amargamente arrependidos. Só que a “sumidade” não leva em conta ― muito convenientemente, aliás ― que a crise econômica, política e a moral que se abancou no país não foi criada por Temer, mas gerada e parida pela lastimável administração petista, notadamente depois da reeleição de “Janete”, a anta arroganta e incompetenta.  

Por pior que seja o saldo de 2016, esse ano trouxe um alívio extraordinário ao nos livrar de Dilma ― a pior presidente de todos os tempos ― e de seu bizarro esbirro Aloisio Merdandante ― um dos políticos mais patéticos da nossa história ― e avanços importantes: uma vez consumado o impeachment, o Congresso, mesmo emparedado pela Lava-Jato, aprovou uma agenda extraordinária de reformas (que passam por temas críticos como óleo e gás, telefonia, ISS, limitação dos gastos públicos, estatais, etc.).

Claro que só mesmo a Velhinha de Taubaté acreditaria que bastava Dilma ser defenestrada da presidência da Banânia para o país voltar a crescer, como num passe de mágica. Só que a velhinha morreu, e sua opinião de crédula incorrigível já não conta mais. E, cá entre nós, se a situação é bem pouco alvissareira, imagine como seria se a gerentona de araque e sua equipe de nulidades continuasse à frente do governo, enterrando o país ainda mais fundo no lamaçal da podridão e no pântano do imobilismo

Não pense o leitor que escrevo tudo isto porque aplaudo de pé o governo Temer e a corja de “suas excelências” que gravitam no seu entorno ― onde há menos homens de bem do que galinhas com dentes. A meu ver, Michel Temer seria nossa última escolha assumir as rédeas do País, não fosse pelo fato de não termos alternativa, pelo menos à luz da Constituição Federal (esqueça aquela bobagem de golpe, que a bananeira já deu cacho).

Por outro lado, mesmo com seus ministros caindo feito moscas à razão de um por mês, e com a popularidade beirando o traço, é inegável que o peemedebista tem seus méritos, como comprovam a recuperação da Petrobras Eletrobras, que resultou na retomada da confiança (pífia, lenta, mas gradual) dos investidores; o sucesso das Olimpíadas, o retorno da inflação à meta (talvez mais por conta da recessão do que pelo sucesso das medidas implementadas pela equipe econômica, mas enfim), a redução dos juros, a estabilização do PIB (que, se não subiu, ao menos parou de cair), a relativa estabilidade do câmbio e o saldo positivo da balança comercial, dentre tantas outras realizações que estão aí para quem quiser ver e tiver olhos para enxergar.   

No âmbito da Lava-Jato, a despeito de alguns tropeços e da “fatalidade” que vitimou o ministro Teori Zavascki, avanços significativos pavimentam o caminho que levará a uma completa reestruturação do sistema político nacional (de maneira claudicante e a duras penas, mas enfim...). Entretanto, para promover uma revisão ética como manda o figurino é fundamental atrair novos quadros para a política, e nada está mais longe disso do que a pretensiosa revitalização do PT, principalmente com o molusco abjeto na presidência do partido e, pior ainda, candidato à presidência da República em 2018.
Lula presidente? Só se for Presidente Bernardes. Acorda, bando de doidivanas azoratados!
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CELULARES ― SUSPENSÃO DO SERVIÇO E CANCELAMENTO DA LINHA



O PRIMEIRO NOME DE FREUD ERA SEGISMUNDO. ALIÁS, NÃO SÓ SEU PRIMEIRO NOME COMO TAMBÉM SEU PRIMEIRO COMPLEXO.

Quando a telefonia móvel celular desembarcou no Brasil, há pouco menos de duas décadas, os aparelhos ― caros e volumosos ― serviam quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz (isso quando havia sinal, já que a tecnologia era incipiente e as operadoras contavam com pouquíssimas torres de retransmissão), sem mencionar que as chamadas custavam os olhos da cara e que até mesmo as ligações recebidas eram tarifadas. Mas não há nada como o tempo para passar, e depois que a privatização das TELES extinguiu o famigerado SISTEMA TELEBRÁS, o serviço melhorou, o preço caiu, os aparelhos encolheram e a gama de recursos e funções aumentou exponencialmente.

Na disputa pela preferência dos consumidores, as operadoras oferecem diversas promoções, como planos que permitem falar de graça com outros usuários da mesma rede e “pacotes de serviços” com franquias de minutos e tráfego de dados (para ligações por voz e navegação na Web via 3G/4G) de acordo com o perfil do usuário. E a despeito de muita gente torcer o nariz para as linhas pré-pagas (“de cartão”, como ficou conhecida a modalidade de tarifação em que você paga para usar, em vez de usar e pagar uma fatura mensal), foram elas que levaram as linhas móveis a superar em quantidade os terminais fixos. Eu, particularmente, conheço muita gente que abriu mão do telefone “de casa” para economizar uma graninha no final do mês.

O fato é que celulares pré-pagos são maioria, embora os planos “controle” sejam igualmente interessantes para quem não quer ter surpresas na hora de pagar a conta. Com eles, a fatura vem num valor fixo, que depende da quantidade de minutos, mensagens de texto e banda para transferência de dados estabelecida pela operadora, mas permite fazer recargas sempre que necessário, como numa linha pré-paga. Mas isso já é outra história.

Interessa mesmo dizer é que, devido à crise que assola o país, é mais fácil “sobrar mês no fim do salário” do que salário no final do mês ― e isso para quem ainda tem emprego. Assim, muitos usuários deixam de reabastecer seus celulares regularmente, até porque, num primeiro momento, a falta de créditos não obsta o recebimento de chamadas e nem impede o acesso à Web via redes Wi-Fi. O problema é que, depois de determinado tempo, isso pode resultar no cancelamento da linha.

De acordo com a Resolução 632 da ANATEL, as operadoras podem, sim, cancelar a linha por falta de recargas, pois, caso o distinto não saiba, os créditos têm validade limitada. O artigo 70 dessa resolução estabelece que, caso existam créditos a expirar na data do vencimento, eles devem retornar quando o usuário realiza uma nova recarga, MAS ISSO NÃO IMPEDE AS EMPRESAS DE LIMITAR SUA VALIDADE ― desde que ofereçam opções com validade de 90 a 180 dias.

Em resumo: ao consumir totalmente seus créditos, você fica impedido de fazer ligações, mas continua recebendo chamadas por até 30 dias. Ao final desse prazo, todos os serviços podem ser bloqueados ― com exceção de discagens de emergência (polícia, bombeiros, etc.). A partir daí, se você não fizer uma nova recarga dentro de mais 30 dias, sua linha poderá ser cancelada sem prévio aviso.

Claro que as operadoras têm interesse em manter o cliente, e só cancelam a linha depois de enviar recorrentes mensagens de texto ou de avisar o dito cujo mediante uma ligação convencional.  Então, procure usar seus créditos com parcimônia, e reserve sempre uns trocados para fazer recargas periódicas, porque depois não adianta chorar.

AINDA SOBRE O A MORTE DE ZAVASCKI E O IMBRÓGLIO DA LAVA-JATO

Parece que o ministro Edson Fachin será mesmo o novo relator da Lava-Jato. Para isso, no entanto, é fundamental que Carmen Lucia costure um acordo com os ministros da 2ª turma, para onde Fachin terá de ser movido ― uma negociação delicada, que deve ser acompanhada com atenção.

Observação: O regimento interno do STF não deixa claro o que fazer em casos como esse. Por ocasião da morte do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, em 2009, o então presidente do STF, Gilmar Mendes, determinou em dois dias a redistribuição de alguns processos que estavam com o magistrado, inclusive aqueles que tratavam de réu preso, como é o caso da Lava-Jato.

Já para ocupar a vaga criada com a morte de Zavascki ― volto a lembrar que essa indicação compete ao presidente Temer e que o indicado terá de ser sabatinado pela CCJ do Senado e avalizado pelo plenário da Casa ―, três nomes se destacam: Alexandre de Moraes, ministro da Justiça, Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do TST, e Luis Felipe Salomão, do STJ. Não me perguntem qual é o pior.

Quanto à homologação da Delação do Fim do Mundo, espera-se que Carmen Lucia o faça “ex-oficio” ― o regimento interno do STF lhe confere poderes para tanto e o fato de ela ter autorizado o prosseguimento dos trabalhos (que estavam suspensos desde a confirmação da morte do ministro, na quinta-feira 19) é bastante sugestivo. Ademais, na última segunda-feira, Carmen teria se reunido com Rodrigo Janot, que apresentou no dia seguinte um pedido formal de urgência para apressar a homologação da delação. Com isso, na condição de plantonista do STF durante o recesso, a presidente pode assumir o caso (mas tem de se apressar, pois, como dito em outra postagem, a janela de oportunidade se fecha no próximo dia 31). E a homologação só pode ser feita depois que os colaboradores confirmarem que não foram coagidos a depor, e o relator da Lava-Jato no Supremo ― ou quem lhe fizer as vezes ― analisar e aprovar os termos dos acordos (essa fase deve ser concluída amanhã, 27).

Observação: A homologação da delação em caráter de urgência divide opiniões. Todavia, com o pedido de Janot, o assunto será discutido internamente e a ministra teria embasamento para avocar para si essa prerrogativa, evitando indesejáveis atrasos. O fato de o STF estar trabalhando em sintonia com a PGR é alvissareiro, e o pedido de Janot, para que ao menos a delação do Marcelo Odebrecht seja homologada em caráter de urgência, pode ser a estratégia que abrirá o precedente para as demais (voltarei a este assunto oportunamente).

No que diz respeito às causas do acidente, a Justiça Federal do Rio de Janeiro colocou as investigações sob sigilo, mas já se sabe que os peritos conseguiram ouvir a gravação dos últimos 30 minutos do voo (outros palpiteiros “bem informados” disseram inicialmente que a aeronave não tinha caixa-preta) e que a análise preliminar não apontou qualquer anormalidade. Conclui-se, então, que houve falha humana decorrente de “desorientação espacial” ― o que, em termos leigos, significa que o piloto perdeu a noção de espaço entre a aeronave e o solo. Então tá.

Difícil mesmo é entender como Osmar Rodrigues, um comandante tarimbado, de 56 anos de idade e 30 de carreira ― 15 dos quais a serviço de Carlos Alberto Filgueiras, dono da aeronave, da rede de hotéis de luxo Emiliano e de uma ilha na Costa Verde fluminense ―, que já havia perdido a conta das vezes em que pousou no campo de Paraty... Olha, não é incomum o imprevisto ter voto decisivo na assembleia dos acontecimentos, mas, aqui entre nós, essa justificativa não passa de uma prosopopeia flácida para dormitar bovinos ― ou conversa mole para boi dormir, em bom português.

E como hoje é sexta-feira:


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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

WINDOWS.OLD ― O QUE É, PARA QUE SERVE E COMO REMOVER


OS BRASILEIROS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, MAS DESIGUAIS PERANTE A JUSTIÇA.

Quando o assunto é capacidade de armazenamento (de dados), falamos com a maior naturalidade em grandezas como o Gigabyte e o Terabyte, até porque, atualmente, qualquer PC de entrada de linha conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço em disco. No entanto, no apagar das luzes do século passado (ou seja, há menos de 20 anos), essa capacidade era expressa em Megabytes e mal passava da casa da centena. A título de curiosidade, meu primeiro PC ― um 286 de 40 MHz ― dispunha de 2 MB de RAM e míseros 40 MB de espaço no HD ― que, para o leitor ter uma ideia, mal dariam para armazenar uma dúzia de faixas musicais em .MP3 (numa analogia rasteira, aquele disco estaria para o da minha máquina atual [de 1 TB] como uma caixa de fósforos para uma piscina olímpica).

Por outro lado, a fartura de espaço disponibilizada pelos discos rígidos pode não bastar para alguns usuários de PC ― notadamente os que ignoram os procedimentos básicos de manutenção preventivo/corretiva, instalam qualquer inutilitário que veem pela frente, não se desfazem de absolutamente nada ― nem mesmo do SPAM que entope suas caixas postais ― e armazenam imensas coleções de música ― que quase nunca ouvem ― e vídeos ― que quase nunca veem.

O Windows, qualquer que seja a edição, inclui um utilitário para apagar arquivos inúteis e assemelhados, outro para corrigir erros (lógicos) no disco e um terceiro para desfragmentar os dados. Antes de rodá-los, no entanto, convém você checar a lista de aplicativos instalados e remover tudo aquilo de que não precisa ― ou, caso reste pouco espaço livre no disco, também os programas que usa raramente (note que inúmeros aplicativos podem ser substituídos com vantagem por serviços online, que, por rodar diretamente do navegador, dispensam instalação, não ocupam espaço no disco e consomem bem menos memória e ciclos de processamento do que os programas instaláveis convencionais). Isso porque o desempenho do sistema cai barbaramente à medida que o espaço no disco vai se esgotando, daí minhas recorrentes recomendações no sentido de executar faxinas e desfragmentações mensalmente ou a cada 15 dias, dependendo do uso da máquina.

Observação: Para remover programas no Windows 10, você pode clicar em Iniciar > Configurações > Sistema > Aplicativos e recursos, dar duplo clique sobre o item que deseja excluir e selecionar a opção Desinstalar), mas volto a lembrar que ferramentas de terceiros ― ou recorra a ferramentas como o IObit Uninstaller ou o Revo Uninstaller, que fazem um serviço mais aprimorado.

Mas o que tem tudo isso a ver com o título desta matéria? Muita coisa. Algumas ações realizadas pelo próprio sistema contribuem para comprometer um espaço significativo no HD, como a criação de pontos de restauração, por exemplo, que são muito úteis, mas, com o passar do tempo, podem facilmente comprometer centenas de Gigabytes (veja nesta postagem como excluí-los com o limpador de disco nativo do Windows, e nesta para saber como fazê-lo com o CCleaner, que permite selecionar os backups individualmente ou em lote). Outro glutão é o Windows.old ― pasta criada automaticamente pelo sistema durante atualizações e que também pode facilmente ocupar um espaço considerável.

Para não espichar demais este texto, as considerações sobre a pasta Windows.old ficarão para uma próxima postagem. Abraços a todos e até lá.

LIMITES DE VELOCIDADE NAS MARGINAIS VOLTAM A SER COMO ERAM ANTES DE FERNANDO RADDARD REDUZÍ-LOS

A elevação das velocidades máximas permitidas nas marginais Pinheiros e Tietê foi uma promessa de campanha do prefeito João Doria, como também a adoção de uma série de medidas que, em conjunto, tornarão as vias mais seguras.

Para quem não se lembra, a administração anterior (protagonizada pelo petralha Fernando Haddad, de bem pouco saudosa memória) havia reduzido as velocidades não só nas marginais, mas também em diversas ruas e avenidas da cidade, e aumentado significativamente o número de lombadas eletrônicas e radares fotográficos, fazendo com que a única indústria que continuou funcionando em Sampa, nesses tempos de crise, fosse a indústria da multa de trânsito.

A turminha da oposição (extremamente diligente para o que não presta) havia conseguido barrar judicialmente o retorno dos limites de velocidade que vigoravam antes do petista reduzi-los. Na última sexta-feira, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires decidiu contra o programa. A prefeitura recorreu e a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, da 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, cassou a liminar (segundo ela, à luz da Constituição Federal, a administração municipal tem a competência para decidir sobre os assuntos de interesse local).

Assim, a partir de ontem, 25, ― dia em que a cidade comemorou seu 463º aniversário ― os limites voltaram a ser de 90 km/h nas pistas expressas, 70 km/h nas centrais e 60 nas locais.

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

CHAVE DE OURO

QUEM DIZ QUE FUTEBOL NÃO TEM LÓGICA OU NÃO ENTENDE DE FUTEBOL OU NÃO SABE O QUE É LÓGICA.

Lembra do tempo em que você fazia uma cópia da chave do carro por 2 mirréis? Então esquece! Com a popularização das chaves codificadas eletronicamente, todo o cuidado é pouco, já que uma cópia pode custar os olhos da cara, tanto nas concessionárias quanto nos chaveiros independentes.

O preço varia conforme o tipo de chave. As mais comuns saem mais em conta, naturalmente, mas as do tipo “canivete” ― que geralmente ativam/desativam o alarme, travam/destravam as portas, etc. ― e, pior, as “presenciais” ― que o usuário nem precisa tirar do bolso ou da bolsa para abrir o carro e dar a partida no motor ― custam pequenas fortunas.

Um levantamento publicado pela revista Quatro Rodas deste mês dá conta de que, em 3 concessionárias pesquisadas (duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro), uma cópia da chave do Cruze LTZ, que é presencial e capaz de ligar o motor a distância, varia de R$ 860 a R$ 1.529, e o prazo para entrega pode chegar a 10 dias úteis (esses valores englobam a peça e a mão de obra para codificação). Mesmo fora da rede Chevrolet o preço assusta e a variação, idem: de R$ 780 a R$ 2.000. A vantagem é que, nesse caso, o serviço é feito na hora.

Note que os preços não são muito diferentes para veículos de outras marcas, inclusive modelos ditos “populares”, embora paulada costume ser maior nos de topo de linha. Por uma cópia da chave de uma Audi A3, por exemplo, as concessionárias consultadas (uma em Brasília, outra em Ribeirão Preto e uma terceira no ABC paulista) pediram de R$ 3.000 a R$ 3.900, e o prazo de entrega chegou a ― pasmem! ― 30 dias úteis! Já o chaveiro independente consultado pela reportagem fornecia a chave pronta para uso por “módicos” R$ 2.700 (menos do que as autorizadas pediram somente pela peça, sem o serviço de codificação).

É mole?

AINDA SOBRE A MORTE DE ZAVASCKI E A RELATORIA DA LAVA-JATO

Diz um velho ditado que “a incerteza que esvoaça desgraça mais que a própria desgraça”. E incerteza é o que não falta no cenário político tupiniquim, notadamente de quinta-feira para cá, depois que o Beechcraft C90GT King Air prefixo PR-SOM, da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, caiu na costa verde fluminense, a apenas 2 km do campo de pouso de destino, em Paraty, causando a morte dos 5 ocupantes, dentre os quais o ministro Teori Zavascki.

Muito se vem especulando sobre esse “pavoroso acidente” e sua repercussão no futuro da Lava-Jato, mas pouco do que se diz reflete os fatos. As informações são desencontradas, o que é dito passa a não dito em questão de horas e, como que para adensar ainda mais essa bruma, o juiz Raffaele Felice Pirro, da Justiça Federal no Rio, colocou as investigações sob sigilo, jogando mais lenha na fogueira das teorias conspiratórias, já fartamente alimentada pela denúncia de Francisco Zavascki, filho do ministro, de supostos “movimentos para frear a Lava-Jato” e ameaças contra seu pai e sua família (que a PF teria investigado e descartado); por relatos que dão conta de um rastro de fumaça branca durante a queda do avião ― que estava com as revisões em dia e era pilotado por um comandante com larga experiência em pousos na pista de Paraty, inclusive sob condições meteorológicas adversas; do aumento inusitado nos acessos a informações sobre a aeronave no site Jet Photos ― quase 2.000 no último dia 3, quando a média dos dias anteriores era quase zero ―, e por aí segue a procissão.

No que concerne à Delação do Fim do Mundo, o ministro Zavascki não interrompeu totalmente os trabalhos durante o recesso, já que encarregou juízes auxiliares de analisar os mais de 800 depoimentos dos 77 ex-funcionários do alto escalão da Odebrecht, inclusive o próprio Emílio e seu filho Marcelo. Até a tarde da última quinta-feira, tudo indicava que as delações seriam homologadas já no início de fevereiro, e a partir daí seu conteúdo seria divulgado ― e isso vinha tirando o sono de gente graúda, como Lula, Dilma, políticos dos mais diversos partidos, governadores, ministros de Estado e o próprio Michel Temer, cujo nome teria sido suscitado dezenas de vezes pelos delatores (confira mais detalhes neste vídeo).

O que se tem de concreto até agora é que o sucessor de Zavascki não herdará a relatoria da Lava-Jato, pois Temer já decidiu que só fará a indicação depois que a Corte resolver internamente essa questão, dando um recado de confiabilidade, firmeza e compromisso com a justiça, e, ao mesmo tempo, evitando afrontar o Supremo (nem é preciso dizer que o vácuo criado na relatoria dos processos da Lava-Jato coloca o governo à beira de mais uma crise institucional, inclusive porque o novo ministro será indicado por um presidente cujo nome foi suscitado por delatores, e chancelado pelo plenário do Senado, composto por dezenas de parlamentares investigados/denunciados no âmbito da Operação e presidido por ninguém menos que Renan Calheiros ― pelo menos até o final deste mês, já que o Cangaceiro das Alagoas deve trocar de posto com Eunício de Oliveira a partir de fevereiro).

A ministra Carmen Lucia aventou a possibilidade de avocar para si a homologação das delações da Odebrecht, mas ainda não se sabe se ela o fará de ofício (exercendo as prerrogativas que a presidência do Supremo lhe confere), se designará o novo relator ou se determinará a realização de um sorteio ― caso em que também não se sabe se apenas os 4 ministros da 2a Turma ― que, além de Zavascki, contava com Gilmar Mendes, Celso de Mello, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski ― ou se todos os integrantes da Corte participarão (com exceção da presidente Carmen Lucia, naturalmente). A boa notícia é que ela autorizou os assessores de Teori a dar andamento aos trabalhos (que estavam suspensos desde a última quinta-feira), mas a má notícia é que a janela de oportunidade que lhe permite definir de ofício o novo relator se fecha no próximo dia 31, quando termina o recesso do Judiciário.

Observação: Três juízes auxiliares que foram convocados para atuar no gabinete de Teori devem tomar depoimentos dos delatores e reiterar os termos dos acordos ―  multa a ser paga, benefícios e compromissos assumidos. Os depoimentos das delações em si, que detalham esquemas de corrupção e implicam centenas de políticos dos principais partidos, ficam para a próxima fase.

O presidente da OAB, Claudio Lamachia, elogiou a decisão da presidente do STF. Segundo ele, “a sociedade precisa de respostas e, por isso, é necessário dar celeridade aos processos da Lava-Jato, que exigem definição imediata, de modo a diminuir a insegurança e destravar o país”.

Para concluir, segue um rápido apanhado do que nos reserva a definição desse imbróglio (na minha opinião, naturalmente):

Gilmar Mendes é midiático, fala mais que locutor esportivo e não raro se estranha com o MPF. Dias Toffoli, o ministro menos preparado (do ponto de vista técnico), já foi advogado da CUT e do PT, e sua simpatia por Lula e pelos petralhas é notória (vale lembrar que seu nome foi suscitado na delação de Leo Pinheiro, que, inexplicavelmente, continua suspensa). Lewandowski dispensa apresentações, a julgar por sua atuação no processo do mensalão e, mais recentemente, no impeachment da anta vermelha, quando apoiou Renan Calheiros na criação da jabuticaba jurídica que depôs a presidanta, mas não a inabilitou ao exercício de cargos públicos (isso sem mencionar que articulou com Dilma e o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, uma tramoia para frear a Lava-Jato ― para a qual Zavascki foi chamado a participar, mas, sabiamente, declinou do convite). Edson Fachin foi indicado por Dilma, e chegou-se a dizer que para ajudar numa “operação abafa” e coisa e tal, mas deu a volta por cima com decisões que, se não foram unânimes no plenário, não tiveram contestação óbvia (demais disso, ele se deu por impedido de julgar um caso envolvendo Lula, por ser padrinho da filha de um dos advogados do petralha). Luiz Fux e Marco Aurélio são duas incógnitas (este último, aliás, é useiro e vezeiro em tomar decisões que não são seguidas por seus pares). Rosa Weber tem pouca experiência na área criminal ― e votou contra a prisão de condenados já em segunda instância. Barroso é vaidoso, mas competente, e já deu mostras de que simpatiza com a Lava-Jato. Celso de Mello, decano da Corte, é respeitado dentro e fora do tribunal, mas pesa contra ele aquela palhaçada que afastou Renan Calheiros da linha sucessória presidencial e, ao mesmo tempo, preservou-lhe o mandato e o manteve na presidência do Senado ― claro que foi um caso excepcionalíssimo, mas ainda assim...

Segundo O Antagonista, a solução ideal seria Carmen Lucia costurar um acordo com os demais ministros e entregar a relatoria da Lava-Jato a Edson Fachin. Eu assino embaixo, mas ressalvo que Celso de Mello também seria uma alternativa interessante. Enfim, a roda está girando. Façam suas apostas. 

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

WINDOWS 10 ― SOLUÇÃO DE PROBLEMAS (Conclusão)

HOJE EM DIA, NINGUÉM É BONZINHO DE GRAÇA.

Prosseguindo de onde paramos no capítulo anterior, a tela de Configurações do Windows 10 oferece, a partir da opção Recuperação, duas opções (Restaurar o PC e Inicialização avançada). Na primeira delas, clicamos no botão Introdução, que convoca uma caixa de diálogo com suas possibilidades: Manter meus arquivos ou Remover tudo.

Neste ponto, cabe abrir um parêntese: 

Até não muito tempo atrás, os fabricantes de PCs forneciam os arquivos de instalação do sistema operacional em mídia óptica. Na pré-história da computação pessoal, aliás, era o próprio usuário quem instalava e configurava o Windows, inicialmente a partir de uma coleção de disquetes e, posteriormente de um CD-ROM ― que tanto podia ser idêntico ao disco de instalação vendido “em caixinha” (FPP) pelas lojas parceiras da Microsoft quanto uma versão personalizada pelo fabricante, que, além dos drivers da placa-mãe, chipset, dispositivos e periféricos, costumava incluir diversos aplicativos (a maioria deles freeware ou Trial). De uns tempos a esta parte, no entanto, a mídia óptica deixou de ser fornecida, e os arquivos para reverter o software do computador às configurações originais de fábrica passaram a vir armazenados numa partição oculta, criada no disco rígido especialmente para essa finalidade. Para saber mais, reveja esta postagem

Fecho o parêntese.  

A escolha da modalidade de reinstalação irá depender daquilo que você pretende obter com o processo. A segunda opção, como o nome sugere, reverte o sistema à configuração original de fábrica e inclui a formatação da unidade lógica ― resultando, consequentemente, no apagamento de todos os dados. Já a primeira, menos invasiva, preserva seus arquivos, configurações e preferência pessoais, mas não é tão eficaz na neutralização de vírus e outros possíveis problemas que o tenham levado a reinstalar o Windows.

Depois de sopesar os prós e os contras das opções de reinstalação, escolha a que melhor lhe convier e siga as instruções na tela. “Manter meus arquivos” irá reinstalar o Windows 10, remover os aplicativos, atualizações e drivers que você instalou e desfazer as reconfigurações que você implementou, mas preservará  seus arquivos pessoais. Ao final, rode o Windows Update para instalar todas as atualizações críticas e de segurança disponibilizadas pela Microsoft refaça as personalizações que porventura não tenham sido mantidas.

Observação: Note que recorrer à primeira opção não o desobriga de criar previamente cópias de segurança dos arquivos importantes e de difícil recuperação (mais informações nesta postagem).

No caso de seu PC ter vindo com o Windows 10 instalado de fábrica, os aplicativos adicionados pelo fabricante do aparelho serão automaticamente reinstalados. Já os demais programas terão de ser instalados novamente, seja a partir das mídias respectivas, seja mediante novo download feito a partir dos sites dos desenvolvedores ou de repositórios de software como BaixakiSuperdownloads, Gr@tis, FileHippoDownload.com, etc.

Observação: Não se preocupe em incluir no backup os arquivos de instalação desses aplicativos, pois é bem provável que eles estarão desatualizados quando você precisar reinstalá-los. Faça apenas uma lista daquilo que realmente é importante para você e baixe novamente os programinhas. Assim, fica tudo atualizado e, de quebra, livra seu sistema de uma porção de inutilitários que você porventura instalou pelo simples fato de eles serem gratuitos.

Era isso, pessoal. Espero que tenham gostado.

Dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula, foi internada no Hospital Sírio-Libanês. Até onde se sabe, o motivo foi um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

Até o momento em que eu escrevi este texto, a assessoria de imprensa do Instituto Lula não havia se pronunciado, mas o hospital já teria confirmado a notícia, embora sem entrar em detalhes sobre o estado de saúde da paciente.

Do nada, sem motivo algum, veio-me à memória a prisão de Guido Mantega, em setembro do ano passado, que ganhou especial destaque na mídia por acontecido no Hospital Albert Einstein, onde a mulher do petralha estava sendo submetida a um procedimento cirúrgico.

Lula já está no hospital.

Dizem que o mundo gira, a vida descreve círculos e determinadas situações tendem a se repetir. Será? 

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