O CAMINHO MAIS CURTO PARA SE ENGANADO É
SE ACHAR MAIS ESPERTO QUE OS OUTROS.
Quando um web service é gratuito, é porque, via de regra, o
produto é o próprio usuário, já que a propaganda que sustenta os serviços e
aplicativos “gratuitos” que usamos no nosso dia-a-dia. No entanto, para “adequar”
a exibição dos anúncios ao perfil dos internautas, os sites coletam dados que
podem ser repassados para outras empresas, e aí está feita a caca ― basta
lembrar o caso da Cambridge Analytica,
que utilizou indevidamente dados de 87
mil contas do Facebook. Daí porque você deve usar um adblocker ― ou bloqueador de anúncios, em bom português.
Os bloqueadores estão disponíveis para desktops, laptops, tablets e smartphones. Ele têm por função “filtrar” os anúncios e bloquear
aqueles que costumam atrapalhar nossa navegação ― a exemplo dos comerciais
exibidos na TV aberta (e na maioria dos canais pagos, infelizmente), que não
despertam maior interesse, mas enchem a paciência; experimente, por exemplo,
pesquisar no Google sobre relógios, tênis ou óculos de grife, e veja como você
será bombardeado durante dias a fio com propagandas de sites/lojas que
comercializam esses produtos.
Além de irritantes, alguns anúncios põem em risco nossa
segurança. São os chamados “malvertising” (combinação de “malware” ― termo que designa as pragas
digitais em geral ― com “advertising”
― que, numa tradução livre, significa publicidade).
E o pior é que, em muitos casos, nem é preciso clicar no anúncio para que o código malicioso rode no sistema; basta abrir o site que exibe o banner ou a janelinha
para que a praga comece a agir.
Por essas e outras, bloquear
os anúncios proporciona uma navegação mais segura e “limpa”, com páginas
mais fáceis de ler e que abrem mais rapidamente, visto que as propagandas não
só poluem o visual, mas também consomem largura de banda, retardando o
carregamento das web pages. Mas nem tudo são flores nesse jardim.
Alguns sites detectam o uso do adblocker e exigem o desbloqueio dos anúncios, sob pena de não
exibirem o conteúdo que a gente deseja acessar. E, pior, algumas empresas pagam
os fabricantes de adblocker para que
seus anúncios não sejam bloqueados.
Outro inconveniente é que alguns bloqueadores impedem a
exibição de conteúdos importantes ― como os “carrinhos” nos sites de compras,
apenas para citar um exemplo, o que geralmente pode ser resolvido mediante uma configuração de exceções, mas nem
sempre o usuário tem conhecimento ou paciência para fazer esses ajustes. Como
se não bastasse, alguns bloqueadores
fazem seu próprio rastreamento ― ou seja, colhem informações sobre os
hábitos de navegação dos usuários e as vendem para terceiros (para saber mais,
clique aqui).
A maior parte do conteúdo disponível na Web só é fornecido
gratuitamente porque os sites são remunerados pelos anúncios que exibem. Assim,
ficamos entre a cruz e a caldeirinha: se bloqueamos a propaganda, estrangulamos
a fonte de renda sites que visitamos; se não o fazemos, ficamos sujeitos a
aporrinhação e aos riscos citados linhas atrás.
Tudo somado e subtraído, eu acho prudente usar um adblocker. Alguns navegadores oferecem esse
recurso nativamente, ou disponibilizam-no como add-on, mas eu uso e recomendo o bloqueador do Avast Secure Browser.
Note, porém, que é preciso usá-lo de forma consciente ― ou seja, criando uma
lista de desbloqueio inteligente, que inclua os sites em que você realmente
confia e valoriza, para que possa desfrutar de uma experiência de navegação
mais limpa e segura sem prejudicar quem precisa vender seu peixe para ganhar o
pão.
Observação: O Avast
Secure Browser, baseado no Chromium
(código aberto do Google, no qual
são baseados também o Chrome e o UC-Browser), é uma evolução do Avast Safe Zone Browser, e sua
instalação exclui automaticamente a versão anterior.
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