Foi só a gente falar que o HD influencia o desempenho global do PC para receber um par de e-mails solicitando informações adicionais. E como a questão é de interesse geral, a despeito de eu ter encaminhado respostas diretamente aos interessados, vou sintetizar nesta postagem dominical algumas considerações e dicas.
Sempre que escrevo sobre hardware em publicações direcionadas a um público leigo ou iniciante, costumo comparar o sistema computacional (não confundir com "sistema operacional") a uma orquestra, onde o processador faz as vezes do maestro. Uma orquestra medíocre dificilmente irá proporcionar uma boa apresentação, ainda que conte com um maestro de primeiro time, ao passo que músicos de alto gabarito poderão "compensar" as deficiências de um regente chinfrim.
Assim, ao escolher um computador, privilegie sempre uma configuração equilibrada. CPUs (processadores) de primeira linha custam caro, mas só são capazes de mostrar todo o seu "pode de fogo" quando auxiliadas por uma placa-mãe de boa estirpe, um subsistema de memórias compatível e um HD responsável. Desconfie de máquinas "Pentium4" muito baratas: só o chip, se de última geração, custa mais de 1.000 Reais (se o PC completo, incluindo sistema operacional e monitor de vídeo, estiver sendo vendido por, digamos, uns 1.500 Reais, algo deve estar errado).
Voltando agora ao HD, vale lembrar que, como todos os demais componentes, ele também apresenta diversas especificações importantes. A primeira delas a ser avaliada é a rotação (que geralmente vai de 5.400 a 10.000 ou mais RPM) - via de regra, quanto maior a rotação, tanto melhor será o desempenho.
Da mesma forma o processador, o HD utiliza um buffer (cache de memória). Também nesse caso, quanto maior, melhor (um disco rígido com buffer de memória de 8 MB será sempre preferível a outro de 2 MB, por exemplo). E embora esse quesito não seja crucial em aplicações menos exigentes, quase ninguém, hoje em dia, usa o computador apenas para redigir documentos de texto.
O "tempo de acesso" da unidade de disco remete à velocidade com que o drive é capaz de localizar os arquivos armazenados - nesse caso, quanto menor for o tempo, melhor será o desempenho (e menor a possibilidade de o HD criar um gargalo no sistema).
Já a taxa de transferência externa (quantidade de dados que passam pelo barramento) é igualmente importante, mas nem sempre fácil de avaliar, até porque os fabricantes não apresentam esses valores de forma padronizada.
Temperatura máxima operacional, nível de ruído e consumo de energia são grandezas relevantes, mas igualmente difíceis de avaliar, especialmente por usuários domésticos menos iniciados nos "segredos" do hardware.
Em face do exposto, a sugestão é escolher um HD de fabricantes conhecidos e renomados (Iomega, Maxtron, Samsung e Seagate são bons exemplos), com fartura de espaço (preferencialmente acima dos 100 GB) e alta velocidade - fatores que não garantem, mas pelo menos indicam melhor desempenho.
Bom domingo a todos.