sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

2006 e os crimes virtuais

O volume de spams e scams (principais armas da vigarice eletrônica) bateu recorde em 2006, perfazendo cerca de 90% do total de e-mails que trafegaram pela rede.
Mensagens vindas de desconhecidos (e até de conhecidos) com anexos contendo imagens reveladoras desta ou daquela artista famosa, notificações da Receita Federal, do Tribunal Regional Eleitoral e do Serviço de Proteção ao Crédito com links para o download de programas nocivos (principalmente keyloggers, que monitoram e armazenam tudo que é digitado no teclado e, depois, enviam as informações para os golpistas) foram as principais ferramentas usadas pelos estelionatários para obter senhas bancárias e números de cartões de crédito dos internautas.
Segundo diversas empresas de segurança, o fato se deve principalmente à mudança do foco dos "hackers do mal", que deixaram de se preocupar apenas em desfigurar sites e criar vírus e outros programas destinados a causar danos em milhões de sistemas (para obter notoriedade junto a seus pares nas comunidades do submundo cibernético) e passaram à locupletação ilícita explícita, mediante engenharia social e exploração de brechas de segurança nos sistemas e programas.
Diante desse quadro preocupante, é indispensável manter atualizados seu sistema operacional e demais aplicativos (via Windows Update e diretamente nos sites dos desenvolvedores dos softwares "não-Microsoft").
É igualmente importante manter em dia (e adequadamente configurados) seus programas antivírus, antispyware, antispam e de firewall, bem como nunca escrever senhas e outros dados sigilosos em mensagens de e-mail, sites de bate papo e programas como o MSN Messenger e assemelhados.
Vale também limpar regularmente seus arquivos temporários de internet (histórico de navegação, cookies e cache) e utilizar um endereço de e-mail alternativo para receber mensagens comerciais e fazer cadastros em sites e fóruns de discussão.
Antes de clicar num link que lhe tenha chegado por e-mail, pouse sempre o cursor do mouse sobre ele e confira as informações exibidas na barra inferior do seu navegador ou programa de e-mail. Na dúvida, digite a URL do site na caixa de endereços do seu navegador e faça a busca por lá (mesmo assim, você não estará 100% seguro, porque alguns programinhas maliciosos que se instalam em seu computador à sua revelia podem modificar o arquivo Hosts de modo que, quando inserir a URL do seu Banco, por exemplo, você será redirecionado para um site fajuto, controlado pelos fraudadores).
Lembre-se: cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Bom dia a todos e até amanhã.