sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL a todos, com muito BACALHAU e VINHO


A cada ano que passa, o Natal parece chegar mais depressa e ficar menos interessante. Quando era criança eu mal podia esperar pelos presentes e pelas luzinhas pisca-pisca dos enfeites, mas o tempo foi passando, as prioridades mudando, a indiferença e a frieza do ser humano aumentado... 
Enfim, hoje eu quase não sinto o “espírito do Natal”; só percebo sua aproximação devido ao empenho do comércio, embora o final de ano não deixe de ser um marco psicológico, um divisor de águas, um renovar-se de esperanças.
Isso posto, colho o ensejo para agradecer a todos que me acompanharam durante mais esta etapa e lhes desejar todo o sucesso e a felicidade do mundo.
Bom final de semana e um Natal prenhe de alegrias. 


Observação: O dia amanheceu nublado e abafado aqui em SAMPA, mas sem sinal de Tsunamis ou asteroides em rota de colisão com a Terra. Tudo bem que ainda é cedo, mas, pelo andar da carruagem, parece que termos um 21 de dezembro normal, com temperaturas elevadas, temporais, alagamentos e centenas de quilômetros de congestionamentos, o que, em vista das previsões catastróficas dos alarmistas de plantão, até que está de bom tamanho.
Resta saber o que farão os que se deixaram levar pelo canto da sereia, como o empresário Hélio Teruo, por exemplo. Com o objetivo de sobreviver ao Tsunami de 1,5 km de altura, esse discípulo do místico Masuteru Hirota deixou para trás sua empresa, casa e automóveis para seguir com a caravana do mestre para Alto Paraíso, no interior de Goiás. Além de uma imensa piscina de fibra de vidro – dublê de arca de Noé – e coletes salva-vidas para ele e a mulher, Hélio providenciou água potável, alimentos, agasalhos e material de primeiros socorros suficientes para pelo menos dois anos. Talvez agora ele esteja perguntando ao mago onde deverá enfiar toda essa parafernália...   

Antes de encerrar, considerando que o bacalhau é fartamente consumido no Natal, seguem algumas dicas úteis:

Primeiramente, vale lembrar que nem todo bacalhau “norueguês” provém da Noruega – aliás, no Brasil, todo peixe salgado é considerado comercialmente como bacalhau. Então, para não levar gato por lebre, atente para o tipo e a classificação do produto, observe a forma do peixe (que deve ser ter cor de palha e ser quase reto, ou, no máximo, ligeiramente encurvado para dentro) e confira se a pele se solta com facilidade. Vale também segurar o bacalhau pela “cabeça” e soltar a cauda; se ele ficar reto – ou quase reto – é porque está bem curado.
O bacalhau deve ser mantido em local seco e refrigerado, mas só deve ser congelado depois de dessalgado. Para tanto, corte-o em postas, coloque-as num vasilhame e deixe sob água corrente por pelo menos 10 minutos. Ao final, mantenha o vasilhame na geladeira por um período entre 24 e 48 horas, conforme a grossura das postas (imerso em água gelada, ele não irá exalar aquele cheiro característico). Se o bacalhau ficar mais salgado do que o desejado, cubra-o com leite fervente e deixe-o por 30 minutos (e repita a operação, se necessário).
Procure remover a pele com o bacalhau salgado e seco: levante-a numa das extremidades e retire-a com puxadas firmes (o mesmo vale para retirar as espinhas, ou seja, com o peixe ainda salgado e seco), e calcule a quantidade necessária considerando porções individuais de aproximadamente 200 g por pessoa.
Jamais ferva o bacalhau – a menos que a receita exija expressamente esse procedimento –, pois a fervura prejudica o paladar e resseca a carne. Se for fazer bacalhau ao forno ou na brasa, faça um pré-cozimento em fogo brando, sem borbulhar, por cerca de 10 minutos. Para apurar o sabor – desde que a receita permita –, deixe-o temperado com azeite e ervas (coentro ou salsa) ou mergulhado no leite durante pelo menos 2 horas. Procure usar azeite extra-virgem (português, de preferência), azeitonas portuguesas (pretas ou verdes) e batatas roxas ou HBT.  
Para saber mais, visite http://bacalhau.com.br/, onde, dentre outras informações preciosas, você irá encontrar deliciosas receitas (eu, particularmente, fico com a minha picanha).

Já o hábito de beber vinho vem se popularizando a passos de gigante entre os brasileiros, e vinícolas como SALTON, MIOLO, AURORA e MARSON – dentre outras reconhecidas internacionalmente – já oferecem produtos de qualidade superior à de muitas marcas importadas (que os neófitos escolhem por uma simples questão de “status”). É certo que aquelas beberagens vendidas a granel em botecos de periferia ou oferecidas como “vinho da casa” em cantinas de quinta classe não servem nem para fins culinários, mas é igualmente certo que as uvas viníferas cultivadas em Bento Gonçalves, Campanha, São Joaquim e Lagoa Grande resultam em produtos com qualidade que nada fica devendo a seus equivalentes importados. Basta ir até uma boa loja de bebidas para encontrar um vasto leque de vinhos de mesa, leves, finos, nobres, espumantes, frisantes, gaseificados, licorosos, compostos, e por aí vai – sem mencionar o champagne (só levam esse nome os espumantes produzidos na região de Champagne, na França), e a despeito de alguns deles custarem milhares de dólares a garrafa, você não precisa vender o carro para impressionar sua namorada: com R$ 50 já é possível levar para casa vinhos de qualidade bastante aceitável. Então, ao abastecer sua adega:

1.   Só faça suas compras em lojas que ofereçam grande variedade e rotatividade. Escolha produtos novos (consulte o rótulo para saber a safra), observe a coloração (a oxidação leva os brancos a puxarem para o dourado e os tintos, para o acastanhado) e assegure-se de que a rolha esteja em boas condições.
2.   Em casa, armazene as garrafas na posição horizontal (para evitar o ressecamento da rolha) e em locais arejados, ao abrigo da luz e de odores fortes.
3.   Antes de abrir a garrafa, certifique-se de que o vinho esteja na temperatura recomendada no rótulo, que pode variar de 6°C para os brancos jovens a 20°C para os tintos encorpados. Caso não disponha de um balde apropriado (de alumínio ou inox), mergulhe as garrafas em água e gelo usando uma bacia plástica ou outro recipiente qualquer (jamais coloque-as no freezer, muito menos deitadas).
4.   Quando for abrir a garrafa, cuide para que o saca-rolha atravesse totalmente a cortiça (ou ela irá esfarelar). Ao servir, prefira taças lisas, de cristal fino e com cabo alto (de modo a evitar que o calor da mão interfira na temperatura do líquido). No caso do champagne, modelos “flute”, com bojo comprido e estreito, são mais indicados para preservar a coroa de bolhas de gás carbônico que se forma na superfície da bebida.
5.   Evite guardar sobras na garrafa para tomar no dia seguinte (uma vez em contato com o ar, o vinho oxida rapidamente).

Costuma-se dizer que vinhos tintos combinam com carne vermelha e os brancos, com carne branca, mas você não precisa necessariamente levar isso ao pé da letra. Os espumantes, por serem leves e transmitirem frescor, podem servir tanto como aperitivo quanto acompanhar o prato principal e a sobremesa. Se preferir, faça a transição para um Sauvignon Blanc quando servir pratos à base de peixe e carnes brancas; no caso de carnes vermelhas, opte por um Tempranillo jovem (os espanhóis e portugueses são muito bons) ou um bom Chianti (italiano) – convém evitar tintos excessivamente pesados e amadeirados (especialmente os da Austrália, Estados Unidos e África do Sul).
Sobremesas e frutas frescas podem ser acompanhadas por vinhos doces, como os Moscatos leves, ou por um Porto de estilo Tawny.
Para mais informações, indicações, avaliações, preços e que tais, o site http://www.worldwine.com.br/ é uma excelente opção.

Até quarta, se Deus quiser.