quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A SEGURANÇA É UM HÁBITO E COMO TAL DEVE SER CULTIVADA

ANTES SÓ DO QUE MUITO ACOMPANHADO.

Há muito que navegar na Web passou de um bucólico passeio no parque a um safári selvagem, onde os perigos se escondem em cada sombra (quase como acontece nas esquinas das grandes cidades, notadamente depois que o governo perdeu o controle da segurança pública e abandonou a população à sua própria sorte, mas isso já é assunto para ser discutido na minha comunidade de política).

No ano passado, vazamentos de senhas afetaram milhões de internautas, e o pior é que muitos deles continuam relapsos, ignorando aplicativos antivírus, antispyware e de firewall e pouco se importando com as regrinhas básicas de segurança digital cuja adoção eu venho recomendando em muitas das quase 3.000 postagens que publiquei aqui no Blog ao longo dos últimos dez anos e lá vai fumaça.

Se você imagina que roubos de senhas e dados confidenciais acontecem apenas com quem visita sites suspeitos, está mais que na hora de rever seus conceitos: só no ano passado, milhões de usuários de serviços de webmail populares e de armazenamento de arquivos “na nuvem” foram alvo da bandidagem cibernética. 

O Yahoo!, que é um dos mais tradicionais serviços de email da Web, confirmou recentemente um dos maiores vazamentos da história da internet (emails, senhas, datas de nascimento e números de telefone foram surrupiados de pelo menos meio milhão de usuários). E o pior é que o incidente ocorreu em 2014, mas só veio a público no final do ano passado, quando a empresa reconheceu também que outro episódio semelhante, ocorrido em 2013, envolveu cerca de 1 bilhão de contas de usuários. O GMail ― popular provedor de correio eletrônico da gigante Google ― também foi alvo de ataques parecidos (consta que um cracker russo conseguiu acessar dados de, pasmem, 24 milhões de contas de email). Nem o Hotmail (da Microsoft) escapou, embora o número de usuários “hackeados” tenha sido bem menor.

Acha pouco? Então vamos lá: em maio do ano passado veio a público que um grupo de hackers do mal estava vendendo no mercado negro 117 milhões de senhas de contas de usuários do popular Linkedln (na época, a empresa não havia criptografado as senhas, o que contribuiu para o vazamento das informações). Meses mais tarde, foi a vez do Dropbox, onde o vazamento afetou 60 milhões de usuários.

Por essas e por outras, e considerando que não basta ter um antivírus para proteger os dados de , creepware e outros malwares, é fundamental manter os arquivos confidenciais criptografados, especialmente se você costuma armazená-los em drives virtuais (na nuvem). E para isso a suíte de segurança Steganos Online Shield é sopa no mel ― clique aqui para obter mais informações, testar o produto gratuitamente por 7 dias e adquirir uma licença válida por um ano (ao custo de R$ 99,00).
ransomware

Vale relembrar também que é igualmente importante utilizar senhas fortes, conforme eu já disse em diversas oportunidades. O problema é que senhas seguras são difíceis de memorizar, e a dificuldade aumenta à medida que cresce o número de serviços online que acessamos mediante logon (webmail, netbanking, e por aí afora). A boa notícia é que a Steganos oferece o Password Manager, um gerenciador de senhas muito legal, que armazena dados de logon de diferentes sites e inicia automaticamente as sessões, além de gerar senhas seguras e diferentes para cada conta, robustecendo ainda mais a proteção ― clique aqui para fazer uma avaliação gratuita por 30 dias e/ou obter uma licença válida por um ano (por R$79,90).

Volto a lembrar também que desde 1996 a Steganos oferece softwares para a segurança digital, que protegem os dados ― dentro e fora da internet ― com as melhores tecnologias de criptografia, e estão disponíveis em português, espanhol, alemão, inglês e francês. Para mais informações sobre a empresa e seus produtos, acesse www.segurisoft.com.br.

A MORTE, A DEMAGOGIA E LULA LÁ... (Continuação da postagem anterior)

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) descreveu de forma lapidar o comportamento do deus pai da Petelândia no velório da mulher: “Lula não tem limites em sua capacidade de ser indecoroso. Conseguiu ir além mais uma vez desse limite ao profanar a própria viuvez e ousar atribuí-la a terceiros. Se alguém pode ser responsabilizado pelo infortúnio de dona Marisa, é quem a envolveu nesse mar de delitos e que não soube (ou não quis) poupar a própria família. Ao tentar politizar – e terceirizar – um drama que ele e somente ele produziu, expõe-se ao vexame público. Fez com a família o que fez com a pátria, semeando desordem e infelicidade. E agora quer acusar a justiça, na tentativa de inverter os papéis. O réu é ele, não a justiça. Se não consegue respeitar o Brasil, deveria ao menos respeitar sua família”.

Na avaliação do economista e colunista Rodrigo Constantino, para ser apenas desprezível, Lula teria de melhorar muito. Sua moral é não ter moral alguma, usar qualquer coisa para se beneficiar pessoalmente, mesmo que pisando nos outros, ferrando com a vida de milhões, destruindo um país inteiro. Claro que um sujeito desses não encontraria nem mesmo na saúde da esposa um limite ético para o silêncio, para a reflexão, para a reclusão civilizada que separa o humano da política. A vida de Lula é o palanque, e o vitimismo é sua marca registrada. Quando “dona” Marisa teve um AVC e foi internada, algumas pessoas partiram para um ato deplorável: celebrar, festejar, torcer pelo pior. Tudo muito tosco. A vida de um ser humano deveria estar acima disso. Se ela é culpada, se é cúmplice do marido, o chefe de uma quadrilha, então que ela pague por isso (...) Mas vibrar com seu AVC é inadmissível, como é inaceitável fazer uso político do caso pelo outro lado.

Foi isso que o PT fez. Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, logo culpou a Lava Jato pelo ocorrido, por “perseguir” Lula e colocar sua família toda sob pressão. Era mera questão de tempo o próprio Lula subir no palanque ― mesmo que esse palanque fosse o esquife da companheira ― e bancar a vítima. Constantino deixa no ar a pergunta: Que tipo de pessoa faz uso político de uma grave condição de saúde da própria mulher? Que tipo indecente de gente tenta obter dividendos políticos com uma tragédia pessoal? Em vez de se dedicar à esposa de forma reclusa, num momento de privacidade que toda família tem direito, Lula escolhe a via da demagogia, do populismo, jogando para a plateia com o discurso de vítima, que culpa os guardiões das leis pelo AVC de Marisa. E conclui: Há um lugar no inferno reservado aos que celebram a morte de Marisa Silva. E há um lugar ainda mais profundo, bem no colo do Capeta, guardado para os que politizam sua morte. Mas não é porque petistas são baixos que seremos também. Uma coisa não justifica a outra. Sejamos decentes, por favor! 

Outro texto imperdível, de Gabriel Tebaldi, corre assim: “‘Nunca entre num lugar de onde tão poucos conseguiram sair’, alertou Adam Smith. ‘A consciência tranquila ri-se das mentiras da fama’, cravou o romano Ovídio. ‘Corrupção é o bom negócio para o qual não me chamaram’, ensinou o Barão de Itararé. Na contramão de todos, está alguém que abriu mão de si mesmo pelo poder. Lula construiu uma história de vida capaz de arrastar emoções e o levar à presidência. Agora, de modo desprezível, destrói-se por completo. Não é preciso resgatar o tríplex, o sítio ou os R$ 30 milhões em “palestras” para atestar sua derrocada; basta reparar na figura pitoresca em que ele se transformou. O operário milionário sempre esbanjou o apoio popular e tomou para si o mérito de salvar o país da miséria. Contudo, cedeu aos afetos das maiores empreiteiras, não viu mal em lotear a máquina pública e nem se constrangeu de liderar uma verdadeira organização criminosa. Sem hesitar, brincou com os sonhos do povo, fez de seu filho, ex-faxineiro de zoológico, um megaempresário, aceitou financiamentos regados a corrupção e mentiu, mentiu e mentiu. O resultado, enfim, chegou: ao abrir mão de si mesmo, Lula perdeu o povo. Pelas ruas, ele é motivo de indignação e fonte de piadas. Virou chacota, vergonha, deboche. Restou-lhe a militância do pão com mortadela e daqueles que veem a política com os olhos da fé messiânica. Seu escárnio da lei confirma sua queda. Lula ainda enxerga o Brasil como um rebanho de gado e não percebe que está só, cercado por advogados que postergam seu coma moral. Enquanto ofende o judiciário e todos aqueles que não beijam seus pés, trancafia-se na bolha de quem ainda acredita que meia dúzia de gritos e cuspes podem apagar os fatos. O chefe entrou num mundo sem saída, trocou sua consciência pelo poder e corrompeu-se até dissolver sua essência. Lula morreu faz tempo. Restou apenas uma carcaça podre que busca a vida eterna no inferno de si mesmo”.

Sobre como a perda da companheira de 43 anos impactará o molusco septuagenário e abjeto, o jornalista Ricardo Boechat pondera que ao peso do momento somam-se dissabores capazes não apenas de sepultar sonhos que Lula persegue desde a juventude metalúrgica, mas de leva-lo à prisão e de destruir sua biografia. A provação ainda inclui temores ― mais que justificáveis ― quanto ao destino dos filhos, ligadíssimos à mãe, dois dos quais também ameaçados por investigações com horizonte possível de prisão e perdas patrimoniais.

Amigos do ex-presidente se perguntam como e se ele resistirá, ou, mais precisamente, se terá ânimo para concorrer ao Planalto em 2018 ― isso se a Justiça permitir, claro, porque, nunca é demais lembrar, o petralha já é penta-réu. Ainda não foi condenado, é verdade, mas isso pode mudar em breve, pois o juiz Sergio Moro costuma levar 6 meses, em média, para sentenciar réus da Lava-Jato. Isso sem mencionar que outras ações criminais podem resultar das delações dos 77 da Odebrecht ― notadamente as de Emílio e do filho Marcelo ― e de prováveis novos acordos de colaboração, como o do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura (recentemente condenados a 8 anos e 4 meses de prisão).

O conteúdo da delação de Marcelo Odebrecht ainda não foi divulgado. Espera-se que Rodrigo Janot peça ao ministro Fachin a suspensão do sigilo, mas isso pode levar algum tempo, pois as investigações estão apenas começando e o procurador-geral precisa saber quais são os pontos que precisam de sigilo (voltarei a esse assunto numa próxima postagem). No entanto, já se sabe que o príncipe das empreiteiras afirmou taxativamente que Lula recebeu propina em dinheiro vivo. O pai, Emílio, seria ainda mais próximo de Lula, mas detalhes sobre sua delação ainda não são conhecidos.

Observação: Embora uma coisa nada tenha a ver com a outra, Janot pediu a abertura de um inquérito para investigar a prática de obstrução às investigações da Lava-Jato pelo ex-presidente Sarney, pelos senadores Renan e Jucá e pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado. O pedido será analisado pelo ministro Fachin e tem como base a delação de Machado, que gravou seis horas de ligações telefônicas com os peemedebistas. Nos diálogos, Sarney, Renan e Jucá fizeram comentários que demonstravam suas intenções de brecar as apurações da Lava-Jato e de encontrar alternativas para influenciar o então relator Teori Zavascki a “estancar essa sangria”.

Outro que pode complicar a vida do molusco é Ricardo Pessoa, dono da UTC, que afirma ter dado R$ 2,4 milhões para a campanha de Lula à reeleição em 2006. E Eike Batista, que teve relações promíscuas com o BNDES durante o governo do sapo barbudo. E Duda Mendonça, que recebeu nas Bahamas R$ 10 milhões referentes à campanha de Lula em 2002. Como se vê, o braseiro está cada vez mais quente e a batata do ex-presidente petralha não demora a assar.

Resumo da ópera: se Lula não vergar sob a carga que o destino lhe está impondo e jogar a toalha, se resolver tentar dar a volta por cima e retomar a pregação contra as elites e a favor dos pobres ― mantendo viva as esperanças da militância e arquitetando a vingança eleitoral contra os adversários de sempre e, com gosto especial, contra os muitos que o traíram e abandonaram, após incontáveis ceias do poder ―, ele ao menos terá um elemento emocional a mais para explorar, qual seja o fim de um casamento de 43 anos em que dividiu com a companheira pobreza, militância, perseguição política, derrotas, ascensão, glória e (o atual) ocaso. E sugerir que a “perseguição desumana” da Lava-Jato à mulher se encaixa como luva nesse figurino. Alguém duvida?

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