A LÍNGUA
RESISTE PORQUE É MOLE; OS DENTES CEDEM PORQUE SÃO DUROS...
A melhor maneira de evitar surpresas desagradáveis ― como o
sequestro de dados por ransomware,
que foi tema das postagens anteriores ― é manter backups atualizados de seus arquivos importantes. Não estou falando
do sistema operacional em si, ou dos aplicativos que você usa para executar as
mais variadas tarefas, até porque tudo isso é recuperável. Estou falando é
daquela foto antiga de alguém que já se foi ― que você digitalizou há séculos e
nem imagina onde foi parar a cópia em papel ou o respectivo negativo ―, ou do
vídeo do batizado do caçula, ou do parto da cadelinha de estimação, enfim, de
tudo aquilo que você armazena no seu PC, e se uma hora se perder, fod..., digo,
não tem volta.
Não existe desculpa para não fazer cópias de segurança de
arquivos importantes e de difícil recuperação. Até meados dos anos 90, quando
praticamente não havia alternativa aos frágeis disquetes ― que desmagnetizavam
e emboloravam com facilidade e não disponibilizarem espaço sequer para gravar
uma música inteira em .mp3 ―, a conversa era outra. Aliás, dizia-se então que
usuários de computador se dividiam em duas categorias: os que já haviam perdido
um HD e os que ainda iriam perder.
Os disquinhos flexíveis chegaram ao mercado no final de
1971, quando a maioria de vocês nem havia nascido. As primeiras versões tinham
8” (cerca de 20 cm) e míseros 8
kilobytes de capacidade; depois, vieram os floppy disk de 5 ¼”
polegadas e 160 kilobyte (em 1984, quando sua produção foi descontinuada,
eles já armazenavam 1,2 MB) e
mais adiante o festejado disquete de 3
½” e 1,44 MB (modelos de 2,88 MB
e 5,76 MB chegaram a ser
lançados, mas, por alguma razão, não emplacaram). Até a edição 95, o Windows era disponibilizado em
disquetes (primeiro a gente instalava o MS-DOS e depois o Windows propriamente dito, que era apenas uma interface gráfica).
Naqueles tempos, a maioria dos PCs tinha dois ou mais floppy drives ― meu primeiro 286 tinha um drive para floppy de 5 ¼”
e dois para 3 ½”, o que facilitava bastante a cópia de dados.
Observação: A título de curiosidade, para armazenar os
arquivos do Word (2016), seriam precisos
39 disquetes; para gravar o conteúdo de um pendrive de 16 GB, 11.111 disquetes
(uma pilha de respeitáveis 36 metros de altura).
Os simplórios disquinhos começaram a fazer água quando os
gravadores de CD se tornaram populares, lá pela virada do século, o que levou
os fabricantes de PCs a suprimir o floppy
drive, inicialmente dos notebooks ― que já não trazem mais nem o drive de
mídia óptica ― e mais recentemente nos modelos de mesa (desktops).
A boa notícia é que a maioria dos PCs de fabricação recente
trazem HDs com espaço de sobra (entre 500 GB e 1 TB), o que permite
particioná-los em duas ou mais unidades lógicas. Além disso, o preço da memória
flash vem caindo, e pendrives de capacidades bastante satisfatórias ― como os
de 64 GB da SanDisk ― já custam
menos que uma pizza. Sem mencionar que armazenar backups na nuvem é fácil e
seguro ― e não custa um tostão.
Vamos combinar: você não tem desculpa
para não criar cópias de segurança de seus dados importantes. Mesmo porque o
procedimento não tem mistério, pois consiste basicamente em copiar arquivos do
drive C para outra partição do HD ou para mídias removíveis. Simples assim. Agora,
se você quiser fazer backups em grande estilo, o Windows lhe dá uma forcinha. Mas isso já é conversa para a próxima
postagem. Até lá.
Visite minhas comunidades na
Rede .Link: