Vimos que o disco
rígido é a memória de massa do PC, e
que é a partir dele, onde os dados são armazenados de forma persistente,
que o sistema, os aplicativos e os demais arquivos são carregados e processados
na memória RAM. Claro que eles não
são carregados inteiros ― ou não haveria memória que chegasse ―, mas divididos
em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de
tamanhos diferentes), conforme suas características. A RAM é muito mais rápida que o disco rígido, mas o problema é que,
por ser volátil, ela não é capaz de preservar seu conteúdo quando o computador
é desligado ― ou, melhor dizendo, quando o fornecimento de energia é
interrompido.
Vale lembrar que o
PC utiliza memórias de diversas tecnologias (ROM, CACHE, RAM, HDD, SWAP FILE, etc.),
mas, de momento, interessa-nos discutir a memória
de massa, e como já falamos sobre o disco
rígido no capítulo anterior, trataremos agora do SSD, que, de uns tempos a esta parte, vem substituindo o HDD tradicional dos PCs, mas de forma gradativa,
pois o custo da memória flash
encarece significativamente a produção de drives de estado sólido de grandes capacidades.
SSDs não têm motor, discos
ou qualquer outra peça móvel. Seus componentes básicos são a memória
flash, que
armazena os arquivos de maneira semelhante à da RAM,
tornando o processo de leitura e gravação muito mais veloz, e o controlador,
que gerencia o cache de leitura e gravação
de arquivos, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, e
por aí afora. Mas nem tudo são flores nesse jardim.
Embora sejam menores, mais leves, econômicos, resistentes, silenciosos e velozes do que os jurássicos drives eletromecânicos, sua vida útil é limitada pela quantidade de regravações que as células de memória flash são capazes de suportar. Mesmo assim, eles não costumam “micar” antes de 4 ou 5 anos de uso intenso (segundo os fabricantes, sempre otimistas quando lhes convém, sua vida útil pode chegar a 10 anos ― bem maior, portanto, que a dos discos rígidos magnéticos). E considerando que a maioria de nós não fica mais de 5 anos com o mesmo aparelho ― até por conta da obsolescência programada ―, é improvável que o drive de estado sólido dê sinais de fadiga durante a vida útil do computador.
Embora sejam menores, mais leves, econômicos, resistentes, silenciosos e velozes do que os jurássicos drives eletromecânicos, sua vida útil é limitada pela quantidade de regravações que as células de memória flash são capazes de suportar. Mesmo assim, eles não costumam “micar” antes de 4 ou 5 anos de uso intenso (segundo os fabricantes, sempre otimistas quando lhes convém, sua vida útil pode chegar a 10 anos ― bem maior, portanto, que a dos discos rígidos magnéticos). E considerando que a maioria de nós não fica mais de 5 anos com o mesmo aparelho ― até por conta da obsolescência programada ―, é improvável que o drive de estado sólido dê sinais de fadiga durante a vida útil do computador.
Para amenizar o impacto do custo de produção e tornar seus
produtos mais competitivos, fabricantes de PCs de entrada de linha e preços intermediários se valem de drives híbridos, que combinam
uma unidade SSD de pequena capacidade com um modelo eletromecânico
tradicional, proporcionando melhor desempenho a preço menor. A memória
flash funciona como cache, armazenando e garantindo acesso
rápido aos arquivos utilizados com frequência (sistema e aplicativos), enquanto
os discos magnéticos se encarregam dos demais dados (músicas, vídeos e arquivos
pessoais). O processo é transparente e automático, e tanto o usuário quanto o
sistema operacional “enxergam” o conjunto como se ele fosse um drive comum.
É importante salientar que a forma como os dados são
gravados nos SSDs evita a
famigerada fragmentação dos arquivos. E ainda que assim não fosse, a fragmentação não comprometeria o
desempenho do drive, já que não há cabeças de leitura e gravação se movendo ao
longo da superfície dos discos (e nem discos) para remontar os arquivos como num
grande puzzle. Portanto, se o seu
computador dispões um drive SSD, você pode aposentar o desfragmentador ― voltarei a esse assunto mais adiante, mas quem quiser mais detalhes irá encontrá-los nesta
postagem).
Continua no próximo capítulo.
Visite minhas comunidades na Rede .Link: