quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

TEMPESTADES DE VERÃO — QUINTA PARTE (ALAGAMENTOS, AQUAPLANAGEM E OUTROS PERIGOS)


SE VOCÊ FOR TENTAR, VÁ COM TUDO, SENÃO, NEM COMECE.

Dirigir sob chuva exige cuidados adicionais, tanto na cidade quanto na estrada, pois a visibilidade diminui e as pistas ficam escorregadias, aumentando o risco de colisões, sobretudo em caso de freadas bruscas. 

Se você for apanhado por um temporal, reduza a velocidade, aumente a distância do carro da frente e acenda os faróis baixos. Para evitar que a visibilidade fique ainda mais prejudicada, acione (além do limpador de para-brisa, naturalmente) o desembaçador traseiro e o ar condicionado, direcionando a saída do ar para o para-brisa.

Observação: Na falta do ar-condicionado, a ventilação forçada também ajuda, desde que na velocidade alta. Se o seu carro não tiver ventilação forçada, bem, Sr. Flintstone, prepare-se para se molhar, pois será preciso deixar as janelas abertas (uma fresta de pelo menos dois dedos) e limpar os vidros de tempos em tempos com um pano seco (jamais passe a mão no vidro, pois a gordura da pela irá piorar ainda mais a situação). Se a visibilidade ficar por demais comprometida, pare num local seguro e espere a chuva diminuir.

Manter limpas as palhetas dos limpadores prolonga sua vida útil, mas não deixe de trocá-las quando a borracha estiver ressecada. Cuide também de desobstruir os orifícios do lavador e verificar regularmente se há água (com algumas gotas de detergente neutro) no respectivo reservatório.

Aquaplanagem é o nome que se dá à perda de contato dos pneumáticos com o asfalto quando se trafega sobre uma lâmina de água. Nesse caso, o volante parece leve demais e deixa de responder aos comandos do motorista — evite esterçar o volante, pois o veículo pode recuperar a tração de repente e você nem sempre terá tempo de corrigir a trajetória. Para recuperar a aderência dos pneus, tire o pé do acelerador — se seu carro tiver ABS, pise no freio levemente, mas jamais gire o volante enquanto o veículo estiver “flutuando”. Seguir o “rastro” deixado pelos pneus do carro da frente também é uma boa ideia — aliás, observar como ele se comporta ajuda a evitar buracos, bueiros sem tampa ou outro obstáculo qualquer que a má visibilidade e o acúmulo de água na pista não permitam enxergar, mas mantenha distância e esteja preparado para tirar o pé do acelerador e segurar firmemente o volante ao primeiro sinal de “flutuação”.

A aquaplanagem é mais comum em altas velocidades e/ou com pneus carecas, mas também pode ocorrer com os pneus em ordem e em velocidades a partir de 55 km/h. O perigo aumenta em vias sinuosas, pois, dependendo da velocidade e do traçado da pista, talvez não haja tempo para o motorista recuperar o controle da direção e esterçar o volante para fazer a curva. 

Ao menor sinal de água na pista, reduza a velocidade e use uma marcha inferior àquela que você usaria com tempo seco, pois manter o giro do motor mais elevado aumenta a tração das rodas motrizes e favorece a aderência dos pneus.

Continua no próximo capítulo. Até lá.