EXISTE UMA GRANDE DIFERENÇA ENTRE ALGO QUE NÃO É
AGRADÁVEL E ALGO QUE É DESAGRADÁVEL.
Um levantamento sobre o consumo de álcool em 193 países
apurou que os 10 primeiros colocados são todos europeus, e que o Brasil fica em
49.º lugar, com a média per capita anual de 8,9 litros, quase 40% superior à internacional.
Durante o Réveillon (que se limita a uma noite) e ao longo do Reinado de Momo (que dura no mínimo 4 dias) o abuso de bebidas alcoólicas costuma ser bem mais considerável, e como sabe quem já entornou umas doses a mais, dor de cabeça, tontura, fadiga, náuseas e outros desconfortos que acometem o boca-de-litro, na manhã seguinte ao pifão, não são decorrentes do canapé com jeitão de validade vencida, ou do camarão estragado no recheio daquela empadinha que parecia tão fresquinha.
A esse conjunto de sintomas se dá o nome de chama ressaca, e a ressaca sucede ao porre como o dia à noite e é tão infalível quanto a morte e os impostos. A não ser, naturalmente, que você faça um voto de abstinência durante as festividades — o que não costuma ser uma opção válida para a maioria das pessoas.
Forrar o estômago com antecedência (alguns recomendam comer miolo de pão besuntado com manteiga ou embebido em azeite de oliva) retarda a absorção do álcool e diminui sua concentração na corrente sanguínea. Mas não exagere, ou você vai acabar vomitando tudo que comeu antes de rega-bofe no colo da anfitriã (ou espalhando democraticamente a matéria regurgitada entre os foliões mais próximos).
Durante o Réveillon (que se limita a uma noite) e ao longo do Reinado de Momo (que dura no mínimo 4 dias) o abuso de bebidas alcoólicas costuma ser bem mais considerável, e como sabe quem já entornou umas doses a mais, dor de cabeça, tontura, fadiga, náuseas e outros desconfortos que acometem o boca-de-litro, na manhã seguinte ao pifão, não são decorrentes do canapé com jeitão de validade vencida, ou do camarão estragado no recheio daquela empadinha que parecia tão fresquinha.
A esse conjunto de sintomas se dá o nome de chama ressaca, e a ressaca sucede ao porre como o dia à noite e é tão infalível quanto a morte e os impostos. A não ser, naturalmente, que você faça um voto de abstinência durante as festividades — o que não costuma ser uma opção válida para a maioria das pessoas.
Forrar o estômago com antecedência (alguns recomendam comer miolo de pão besuntado com manteiga ou embebido em azeite de oliva) retarda a absorção do álcool e diminui sua concentração na corrente sanguínea. Mas não exagere, ou você vai acabar vomitando tudo que comeu antes de rega-bofe no colo da anfitriã (ou espalhando democraticamente a matéria regurgitada entre os foliões mais próximos).
Alternar as doses de manguaça com copos d’água, suco ou
refrigerante também ajuda, até porque “preenche” o estômago e limita a
quantidade da cangibrina que você consegue ingerir. E, óbvio, quanto mais você
beber, mais severamente será castigado na manhã seguinte (ou ao longo de todo o
dia seguinte, pois há casos em que o imbróglio dura mais de 24 horas).
Se você tem problemas com a balança, atenção: uma
latinha de cerveja (ou garrafinha tipo long neck) tem de 150 a 200 Kcal. Para queimá-las, uma pessoa de 70 quilos precisa andar pelo menos dois quilômetros. Claro que
folião que se preza pula feito perereca; ou seja, gasta energia. Mas, ao
contrário do dinheiro, as calorias são mais fáceis de ganhar do que de gastar.
Sobretudo se o você tiver tendência a engordar, que aí basta tirar a tampa da
caixa da pizza e respirar fundo.
Outra coisa: o álcool da cerveja é o mesmíssimo álcool do uísque, do vinho, da vodca, do gim, do conhaque, e por aí vai. O que muda é só a concentração. Todavia, se você encontrar vodca por preço de Velho Barreiro, 51, Tatuzinho e outras biritas "derruba-peão", fuja, porque o troço deve ser venenoso.
Outra coisa: o álcool da cerveja é o mesmíssimo álcool do uísque, do vinho, da vodca, do gim, do conhaque, e por aí vai. O que muda é só a concentração. Todavia, se você encontrar vodca por preço de Velho Barreiro, 51, Tatuzinho e outras biritas "derruba-peão", fuja, porque o troço deve ser venenoso.
A ressaca tende a se manifestar de seis a oito horas após o pifão,
e o tempo que ela leva para passar varia de pessoa para pessoa e da quantidade
de álcool que você ingeriu. Curiosamente, os sintomas surgem após a eliminação do álcool pelo organismo, e mais intrigante ainda
é o fato de não existir consenso na explicação do processo. A maioria dos
especialistas atribui a ressaca ao aumento da concentração de substâncias
inflamatórias e dos hormônios que regulam o sono, à alteração das taxas de
glicose no sangue e até mesmo à consequência dos “aditivos” embutidos nas
bebidas alcoólicas. Seja como for, o troço é um porre! Literalmente.
A não ser em caso de coma alcoólica (situação em que você
deverá procurar um pronto-socorro), deixe o organismo processar naturalmente ou
regurgitar o excesso de álcool. Nesse entretempo, evite comidas ácidas,
gordurosas ou de difícil digestão.
Torradas com mel ou geleia no café da manhã, uma sopa ou salada de legumes cozidos no almoço, muito líquido e uma boa dose de paciência devem deixá-lo pronto pra outra. Mas atenção: ressaca não se cura com mais álcool! Essa prática pode até ajudar a combater os sintomas no curto prazo — e servir de desculpa para tomais mais uma birita ao acordar, mesmo que não se esteja de ressaca. No entanto, em algum momento o nível de álcool no organismo do manguaceiro terá de baixar.
Torradas com mel ou geleia no café da manhã, uma sopa ou salada de legumes cozidos no almoço, muito líquido e uma boa dose de paciência devem deixá-lo pronto pra outra. Mas atenção: ressaca não se cura com mais álcool! Essa prática pode até ajudar a combater os sintomas no curto prazo — e servir de desculpa para tomais mais uma birita ao acordar, mesmo que não se esteja de ressaca. No entanto, em algum momento o nível de álcool no organismo do manguaceiro terá de baixar.
A cafeína atua
no sistema nervoso central, bloqueando os receptores de adenosina, de modo que tomar
café ajuda a atenuar os sintomas da ressaca. Já os analgésicos não atuam na causa do problema, ainda que possam
aliviar aquela dor de cabeça mãe (evite medicamentos à base de paracetamol, pois, combinado com o
álcool, esse componente judia ainda mais do fígado).
Resumo da ópera: Manter
o organismo hidratado reduz a concentração
do álcool, facilita
a metabolização e,
consequentemente, minimiza os sintomas da ressaca. Além disso, a hidratação compensa
a perda de água pela urina, diarreia ou vômito (que causam a famosa secura na
boca, geralmente acompanhada do gosto de corrimão de escada de repartição
pública). Mas tenha em mente que o álcool precisa de carboidratos para ser processado (daí a razão de se tratar coma
alcoólica com injeção de glicose). Portanto, evitar massas e assemelhados para
"compensar" as calorias da bebida e prevenir um indesejável ganho de
peso não é uma boa ideia.
Abuse da água gelada, da água com gás, da
água com limão, enfim... Chá tem cafeína (que, como dito linhas atrás, ajuda a atenuar os
sintomas da ressaca) e, por ser basicamente uma infusão feita a partir de alguma erva e água fervente, também ajuda a reidratar o organismo.
Mas não acredite em chazinhos milagrosos, como o de hibisco, nem em outras
bobagens supostamente mágicas, como suco verde, de quinoa, e por aí vai.
Se você gosta de chá, tome o chá a que você está acostumado. Se não gosta, manda ver na água de coco, que é o melhor hidratante natural que existe. Se preferir refrigerantes, beba os normais, que contém açúcar (glicose) e, portanto, ajudarão a metabolizar o excesso de álcool. Mas fuja da cerveja, do vinho, enfim, das bebidas alcoólicas em
geral, já que, de novo, elas até podem aplacar sua sede carrasca, mas não irão
reidratá-lo (antes pelo contrário).
Uma possível exceção é o Bloody Mary (Maria Sangrenta, numa tradução literal), que é composto basicamente por vodca, suco de tomate, pimenta (do reino e tabasco), suco de limão, gelo e uma pitada de sal. É tiro e queda na cura da ressaca. Ou pelo menos é o que afirmam (ou afirmavam) bebuns notórios, como Frank Sinatra, Judy Garland, Humphrey Bogart, Sammy Davis Jr., Jerry Lewis, Dean Martin e Elizabeth Taylor, fãs de carteirinha dessa beberagem.
Se você gosta de chá, tome o chá a que você está acostumado. Se não gosta, manda ver na água de coco, que é o melhor hidratante natural que existe. Se preferir refrigerantes, beba os normais, que contém açúcar (glicose) e, portanto, ajudarão a metabolizar o excesso de álcool.
Uma possível exceção é o Bloody Mary (Maria Sangrenta, numa tradução literal), que é composto basicamente por vodca, suco de tomate, pimenta (do reino e tabasco), suco de limão, gelo e uma pitada de sal. É tiro e queda na cura da ressaca. Ou pelo menos é o que afirmam (ou afirmavam) bebuns notórios, como Frank Sinatra, Judy Garland, Humphrey Bogart, Sammy Davis Jr., Jerry Lewis, Dean Martin e Elizabeth Taylor, fãs de carteirinha dessa beberagem.
Observação: O Bloody Mary foi criado pelo francês Fernand Petiot, que comandava o balcão do parisiense Harry’s New York Bar , na França, nos anos de 1920, e teria inventado a beberagem a pedidos. Em épocas de Lei Seca, os americanos procuravam uma bebida de aparência e teor alcoólico mascarados e o Bloody Mary foi a saída perfeita para confundir autoridades. O nome viria depois, em 1934, no bar nova-iorquino do Hotel St. Regis Sheraton, nos Estados Unidos.