NUNCA ENCONTREI UMA PESSOA
TÃO IGNORANTE QUE NÃO PUDESSE TER APRENDIDO ALGO COM A PRÓPRIA IGNORÂNCIA.
A pandemia do coronavírus nos vem impondo um estilo de vida diferente daquele a que estávamos
acostumados. Voluntária ou compulsoriamente, a critério do prefeito/governador
de cada município/estado, devemos todos ficar em casa e evitar contato com outras pessoas, o que, segundo a conclusão a que chegaram os especialistas (ainda que não de forma totalmente consensual), é a melhor maneira de evitar que o sistema de saúde
entre em colapso.
Padarias, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos
que oferecem serviços considerados “essenciais” devem ser frequentados com parcimônia,
sempre evitando aglomerações e mantendo distância (1,5 m) dos outros clientes. Aliás, os sintomas da Covid-19
são semelhantes aos da gripe, e a disenteria não faz parte da lista. Então, lotar
carrinhos e mais carrinhos com fardos de papel higiênico não só não faz sentido como provoca um “efeito manada” que induz os demais clientes a fazer o
mesmo, propiciando um desabastecimento que poderia ser evitado se cada um comprasse a quantidade adequada a suas necessidades.
Fato é que, sem poder sair de casa — nem mesmo para
trabalhar, como vem acontecendo com muita gente —, o jeito é buscar
alternativas para encher o tempo. A Internet é uma opção, assim como a leitura
e a televisão, a despeito dos noticiários (é importante a população se manter informada, mas vamos combinar: ninguém aguenta
mais ouvir que o dólar subiu, a bolsa caiu e a pandemia atingiu
não sei quantos países, afetou não sei quantas pessoas e causou não sei quantos
óbitos nas últimas não sei quantas horas). Por outro lado, com mais tempo
ocioso, newbies e afins tendem a aprimorar suas habilidades. E é aí que
mora o perigo.
Como no caso das doenças, a cura só surge depois que a causa
do mal é descoberta. Daí os desenvolvedores de ferramentas de segurança diversificarem os mecanismos de detecção de malwares, quando mais não seja porque modelos baseados somente na “assinatura” dos vírus não só estão obsoletos como também não oferecem proteção contra ameaças “zero day”.
Observação: zero day (dia zero) é uma
expressão usada para conceituar ataques que se aproveitam de falhas de software
recém-descobertas e ainda não corrigidas. Trata-se de uma técnica amplamente
utilizada pelos cibercriminosos, que concentram nessas brechas seu poder de
fogo durante o lapso de tempo (horas, dias, semanas) que leva para o
desenvolvedor disponibilizar a respectiva correção. Nesse entretempo, os
dispositivos computacionais ficam muito mais vulneráveis a ataques, ainda que
os usuários mantenham o sistema em dia e as ferramentas de segurança atualizadas.
E o mesmo raciocínio se aplica ao surgimento de novos malwares e à criação das
respectivas vacinas.
Nenhum software é totalmente seguro
e nenhum dispositivo computacional é imune a ataques, invasões e assemelhados,
a não ser que esteja desligado ou, no mínimo, desconectado da Internet. Cabe aos desenvolvedores de sistemas e aplicativos corrigir bugs e falhas de segurança em seus produtos, mas é responsabilidade dos usuários aplicar as correções em seus computadores, smartphones, tablets etc.
Da mesma forma que um carro aberto e com a chave na ignição pode ser furtado mais facilmente do que se estiver travado e com o alarme acionado, contas de email e redes sociais, aplicativos de netbanking e outros serviços “sensíveis” que utilizamos via PC/smartphone podem ser alvo de invasores. E o mesmo vale para medidas de segurança que, se não impedem invasões, hackeamentos e afins, ao menos dificultam a ação dos invasores, que acabam procurando outra vítima, já que não faltam usuários relapsos, que, mesmo tendo ciência dos riscos, não se preocupam em proteger seus dispositivos.
Da mesma forma que um carro aberto e com a chave na ignição pode ser furtado mais facilmente do que se estiver travado e com o alarme acionado, contas de email e redes sociais, aplicativos de netbanking e outros serviços “sensíveis” que utilizamos via PC/smartphone podem ser alvo de invasores. E o mesmo vale para medidas de segurança que, se não impedem invasões, hackeamentos e afins, ao menos dificultam a ação dos invasores, que acabam procurando outra vítima, já que não faltam usuários relapsos, que, mesmo tendo ciência dos riscos, não se preocupam em proteger seus dispositivos.
Se você não quer fazer parte do lado negro das estatísticas, acompanhe as próximas postagens.