Segundo publicou o site O ANTAGONISTA, o senador Flávio “Rachadinha” Bolsonaro — a quem o STJ beneficiou recentemente com uma decisão que ampliou em um ano-luz a distância que separa esse filho do capitão de uma (cada vez menos provável) condenação — comprou uma “casa do povo” no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul (um bairro nobre de Brasília), pela bagatela de R$ 6 milhões.
Em 2018, o maior vendedor de panetone de chocolate do mundo — e em dinheiro vivo — declarou ao TSE patrimônio de R$ 1,7 milhão. Como senador, FB recebe R$ 25 mil mensais (valor líquido) e sua esposa é dentista em Brasília.
Ainda segundo O ANTAGONISTA, em vez de procurar um cartório da capital, Zero “Rachadinha” Um optou por lavrar a escritura de compra num serviço notarial de uma cidade-satélite situada a 45 km do Plano Piloto.
A nós, otários, resta somente desejar felicidades ao parlamentar em sua casa nova e que panetones e chocolates possam adoçar para todo o sempre a vida do casal. E, claro, que o grande amigo da família, Fabrício Queiroz, possa fruir bons momentos junto à família de “irmãos”. Dito isso, vamos adiante.
No dia 5 do mês passado, Diogo Mainardi publicou na Crusoé:
“Continuo apostando na derrota de Jair Bolsonaro em 2022. Mesmo depois que ele comprou o Congresso e
as chances de impeachment e de condená-lo e mandá-lo para a cadeia por crimes cometidos
durante a epidemia de Covid, como
ocorreria em qualquer lugar menos selvagem do que o Bananão, zeraram.
Por outro lado, Bolsonaro
vai disputar a campanha presidencial com o
quadrilhão do PP tatuado na testa.
Em qualquer outro momento, a maioria do eleitorado poderia até ignorar a
tatuagem, considerando que ela é igual à de outros candidatos. O que complica Bolsonaro é que, além de ter o quadrilhão
do PP tatuado na testa, ele está montado numa pilha de 230 mil cadáveres
(hoje são mais de 250 mil).
Sergio Moro
é quem mais ganha com isso. Ele foi demitido quando o capitão percebeu que o quadrilhão
do PP tinha bem mais a oferecer do que a memória da Lava-Jato. Agora o bolsonarismo dissolveu a Lava-Jato e aderiu entusiasmadamente ao bloco dos réus. Nos
próximos meses, o presidente vai se filiar a um partido aliado do quadrilhão do PP e, no ano que vem,
tentar se reeleger com o tempo de TV do quadrilhão
do PP, com o fundo eleitoral do quadrilhão
do PP e com as verbas parlamentares destinadas aos currais eleitorais do quadrilhão do PP.
Para derrotar Bolsonaro,
Moro precisaria apenas apontar para
a tatuagem em sua testa. Duvido, porém, que ele possa se candidatar ao Palácio
do Planalto. Bolsonaro,
covardemente, deve encomendar ao bloco dos réus uma porcalhada para cassar seus
direitos e impedir sua candidatura.
Os outros oponentes — Luciano Huck e João Doria
— foram traídos por ACM Neto. Mas
isso só ocorreu porque suas candidaturas não decolaram. Se eles tivessem dez
por cento nas pesquisas, ACM Neto,
cujo único horizonte é recuperar a capitania hereditária baiana, jamais os
teria traído, acertando-se com o bolsonarismo. É uma questão de caráter. ACM Neto fareja o poder.
Outro que fareja o poder é (o hoje indiciado) Gilberto Kassab. Ele tem apostado que o
PT vai vencer em 2022. Jair Bolsonaro, com o
quadrilhão do PP tatuado na testa e montado numa pilha de cadáveres, é um
pato esperando para ser abatido.
Se não estiver completamente senil, Lula vai candidatar o poste mais uma vez — e o poste tem tudo para
ser eleito, restaurando a parceria entre o
quadrilhão do PT e o quadrilhão do
PP. Porque essa é a única certeza que temos: como mostrou o fim da Lava-Jato, nunca vamos nos livrar dos
quadrilheiros.”