terça-feira, 28 de setembro de 2021

MICROSOFT CORRIGE FALHAS DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 E NO MS-OFFICE

CAUTELA E CANJA E GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM.

A Microsoft lançou na semana passada um pacote de correções para diversas falhas críticas de segurança em todas as versões atuais do Windows e componentes do pacote Office. Quatro das vulnerabilidades foram consideradas de alto risco, e uma delas já vinha sendo explorada por cibercriminosos.

De todas as falhas corrigidas, a mais grave é a CVE-2021-40444, que utiliza uma configuração do componente “MSHTML” para manipular diversas versões do Windows Server e do Windows 10. O ataque se dava mediante documentos especificamente programados para explorar a brecha, já que os cibercriminosos podiam criar um controle ActiveX mal-intencionado para ser usado por um documento do MS-Office que hospeda o mecanismo de renderização do navegador.

Outra falha gravíssima do sistema é a CVE-2021-38647, um bug na execução de códigos remotos na plataforma Azure, que, mediante a abertura de uma porta http/s, permitia que cibercriminosos executassem códigos nos sistemas de trabalho remotamente.

As falhas críticas de segurança corrigidas por esta atualização da Microsoft podem ser baixadas manualmente, ou ainda, pelo Windows Update. No entanto, especialistas de cibersegurança reconhecem que as brechas menos graves são as que têm maior tendência a ser exploradas pelos cibercriminosos. Uma delas — a CVE-2021-36965 — facilitava o ataque diretamente por Wi-Fi, embora exigisse que o criminoso estivesse na mesma conexão. Outra, similar — CVE-2021-28316 —, também explorava configurações de rede para fazer vítimas.

Por último, mas não menos importante: o Windows 11, cujo lançamento oficial está previsto para o próximo dia 5, já serviu de munição para a bandidagem digital ludibriar os incautos. A estratégia dessa caterva consiste em oferecer o download da nova versão do sistema operacional para disseminar malwares e instalar um backdoor que dá total acesso remoto ao computador infectado.

Segundo os relatos, o ataque é uma tentativa de Phishing (ou roubo de credenciais) que chega por email e se beneficia de “momentos-chave” do sistema para conceder autorização aos criminosos. A mensagem diz que o documento do Microsoft Word veio originalmente de uma cópia do “Windows 11 Alpha” — que, diga-se, sequer existe.

Ao ser baixado, o programa pede autorização para entrar no modo de edição e para editar conteúdo. Ao obter esses acessos, o ataque roda uma macro com código em VBScript (ou abre um backdoor por outro código via Javascript, conforme o caso).