terça-feira, 26 de outubro de 2021

BLACK FRIDAY OU BLACK FRAUDE — CONTINUAÇÃO

QUEM POUPA O LOBO SACRIFICA A OVELHA.

Não é possível fazer compras online sem informar o nome, o endereço para entrega, números de documentos e do cartão etc. —, mas ninguém garante que esses dados não caiam nas mãos de cibercriminosos. 

Manter atualizado o sistema operacional do desktop, notebook ou ultraportátil é fundamental, assim como contar com um pacote Internet Security (como Total AV, Bitdefender, Avira, Norton etc.), mas isso não garante 100% de segurança nem blinda o usuário contra ataques phishing baseados na engenharia social — sem mencionar que a eficácia dos antimalwares já foi questionada por figurões da tecnologia, como John McAfee, criador de um dos primeiros antivírus comerciais.

Até não muito tempo atrás, a palavra de ordem era não fazer compras online ou transações via netbanking em computadores públicos (como de lanhouses e cibercafés), mas a genialidade de Steve Jobs promoveu os dumbphones a smart e o tempo se encarregou de transformar os telefoninhos inteligentes na opção primária de 80% dos brasileiros em compras online. 

O detalhe — e o diabo mora nos detalhas — é que planos dados miseráveis, comuns em tempos de vacas magras, levam os internautas a sucumbir ao canto da sereia das redes Wi-Fi públicas, que são ainda mais perigosas quando não exigem senha, pois tornam-se sopa no mel para cibervigaristas de plantão.

A pergunta é: se, graças à privatização das Teles e a saudável concorrência entre as operadoras, planos "controle" oferecem ligações e SMS ilimitados — inclusive para números de outras operadoras em todo o território nacional —, franquias de dados de até 10 GB e livre acesso ao WhatsApp e a redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram etc. por cerca de R$ 50 mensais, por que correr riscos desnecessários? 

Igualmente importante é redobrar os cuidados com links recebidos por email ou obtidos em sites de busca, mesmo que você esteja usando o próprio dispositivo e a própria rede Wi-Fi. Digite o URL da loja na barra de endereços do navegador e só forneça seus dados caso o endereço eletrônico do site seja iniciado por "https" e exiba um ícone em forma de cadeado colorido e trancado (clique nele para visualizar o certificado de segurança do site) e prefira o app do banco ao netbanking convencional quando for pagar contas, consultar saldos e extratos e realizar remotamente quaisquer outras transações financeiras.

Observação:  Devido às "facilidades" do Pix, o roubo de celulares aumentou escandalosamente. Para evitar que algum morfético que bote as patas imundas no seu smartphone esvazie sua conta corrente, considera a possibilidade de comprar um segundo celular, instalar nele o app do banco e deixar o aparelho em casa. Pode não ser "confortável", mas segurança raramente combina com comodidade. Infelizmente, o sucateamento da segurança pública promoveu o "dinheiro do ladrão" — que a própria polícia recomendava levar numa segunda carteira — a "celular do ladrão".

Sites de compras coletivas — como os que divulgam ofertas de restaurantes, lojas de varejo, clínicas de estética, agências de turismo, teatro e que tais — podem proporcionar uma economia significativa, mas fique esperto: todas as informações devem constar da oferta, com destaque para eventuais restrições — como número mínimo de compradores e o prazo para utilização do serviço, por exemplo. Tanto o responsável pelo site quanto o fornecedor do produto ou serviço devem estar devidamente identificados — com CPF ou CNPJ, endereços físico e eletrônico e outras informações que permitam entrar em contato com um ou ambos os fornecedores, já que eles respondem solidariamente por quaisquer problemas que os consumidores venham a ter.

Continua...