Um dos erros mais comuns é usar "réguas", "benjamins" e "filtros de linha" para conectar vários dispositivos a uma tomada projetada para lidar com uma carga específica. Portanto, instale tomadas adicionais e distribua a carga entre elas.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Organizações de esquerda e partidos simpáticos ao macróbio petista levaram cerca de 6 mil pessoas à Paulista no último domingo — pelas contas dos organizadores, foram 25 mil, superando as 18,3 mil reses que trotaram rumo a Copacabana e mugiram para Bolsonaro duas semanas antes.
Somados os públicos dos dois atos, houve cerca de 25 mil participantes, mas o povo não foi à avenida, e o futuro da proposta da anistia depende da vontade do asfalto: no Brasil, a rua não costuma ficar de fora das crises quando elas se agravam, e no momento os sinais de que o povo está mais preocupado com o preço do ovo são eloquentes.
A manifestação de Copacabana era depositária da esperança de Bolsonaro em se livrar da cadeia, porém a multidão era apenas amostra do estrato mais radicalizado do eleitorado do "mito", e a anistia não interessava sequer à turma do carro de som. O governador de São Paulo, por exemplo, está de olho no espólio político do padrinho, não em clemência para golpistas.
O ato da Paulista foi um esforço da esquerda para impedir que a extrema-direita monopolize o asfalto, mas quem espera que as ruas consagrem as mumunhas brasilienses deveria se lembrar que o PT e seus satélites se uniram ao PL de Bolsonaro para alçar à chefia da Câmara Hugo Motta, que pertence ao Centrão e é o fiel da balança no debate sobre anistia. Falando nos diabos, a rejeição ao governo Lula subiu 13 pontos em oito meses. Segundo o mais recente levantamento da Quaest, 71% dos brasileiros acham que Lula não cumpre as promessas que fez durante a campanha, 53% avaliam que Lula 3 é pior do que Lula 1 e Lula 2, 56% que o país vai na direção errada, 43% declaram que a gestão do petista é pior do que a de Bolsonaro. Tudo somado e subtraído, são consideráveis as chances de o antilulismo chegar a 2026 como uma força política relevante. A corrosão da imagem não combina com o slogan "Brasil dando a volta por cima", e até aqui os esforços do marqueteiro Sidônio Palmeira para retirar a popularidade de Lula do vermelho foram ineficazes. Parece que tudo insiste em não querer nada com Lula.
Você pode usar um "benjamim" para não ter de desligar o telefone sem fio sempre que for carregar o celular, já que a demanda energética desses dois dispositivos não sobrecarrega a tomada. Mas jamais recorra a essa gambiarra para ligar a geladeira e o forno de micro-ondas. Mesmo que o disjuntor desarme (ou o fusível queime, no caso de instalações mais antigas), isso pode não acontecer a tempo de evitar que os aparelhos sejam danificados.
Apesar do nome, os filtros de linha (ou "réguas") não passam de extensões providas de um fusível (ou LED, conforme o modelo) que interrompe a passagem do corrente quando ocorre uma sobretensão. Mas também nesse caso a interrupção pode não acontecer a tempo de evitar danos aos aparelhos que o tal filtro deveria proteger. O melhor a fazer é conectar o PC, a impressora, o modem, o roteador etc. a um nobreak online (UPS), ou, na impossibilidade, a um bom estabilizador de tensão. Vale lembrar que ambos filtram eventuais distúrbios da rele elétrica, mas só o nobreak mantém os aparelhos funcionando durante um apagão.
Observação: Nobreaks offline (ou standby) custam mais barato, mas apenas filtram a corrente que direcionam ao equipamento protegido. Quando falta energia, suas baterias entram ação, mas o circuito responsável pelo chaveamento leva alguns milissegundos para "chavear" — razão pela qual eles não dever ser usados para proteger servidores, equipamentos hospitalares e outros que exerçam funções críticas. Já nos modelos online a alimentação é feita diretamente pela bateria, de modo que os aparelhos ficam "isolados" da rede elétrica e, portanto, protegidos das variações e surtos que possam ocorrer. Uma versão intermediária, conhecida como “interativa”, regula a tensão da rede antes de repassá-la aos equipamentos ou alimentar as baterias do próprio dispositivo. Nesse caso, o inversor fica permanentemente ligado, e um circuito de monitoramento se encarrega de verificar a tensão e usar a energia do inversor em caso de necessidade.
Fazer reparos domésticos por conta própria para poupar dinheiro pode ser uma boa ideia, mas desde que o sapateiro não vá além das chinelas. Gambiarras ou "gatos" devem ser evitados. Circuitos com fiação inadequada ou acessórios instalados de maneira incorreta aumentam o risco de incêndio. Os fios têm bitolas (espessura) e classificações de isolamento projetadas para diferentes aplicações justamente para prevenir superaquecimento e curtos-circuitos. Na dúvida, consulte um eletricista de sua confiança.
Abajures e demais aparelhos de iluminação são projetados para suportar uma determinada potência. Exceder esse limite trocando as lâmpadas por outras mais fortes sobrecarrega a fiação. Verifique a potência máxima indicada no aparelho e use lâmpadas de baixo consumo de energia sempre que possível.
Por falar em lâmpadas, luzes que enfraquecem ou piscam quando o compressor da geladeira entra em funcionamento ou algum aparelho elétrico é ligado em outro cômodo da casa são sinais de fiação solta, circuitos sobrecarregados ou painel elétrico com defeito — lembrando que ferro de passar, secador de cabelos e outros utensílios vorazes não servem de parâmetro para essa avaliação. Na dúvida, peça a um eletricista de confiança para investigar esse problema antes que ele se torne um problemão.
A instalação elétrica dos imóveis é "aterrada" durante a construção, de modo que o terceiro ponto das tomadas (terra) é ligado a hastes metálicas introduzidas no solo.
Observação: As tomadas geralmente têm dois polos (fase + neutro nas monofásicas e fase + fase nas bifásicas). Para orientar a conexão dos fios, os orifícios são identificados como fase, neutro e terra. Segundo a norma ABNT 14136, o polo à esquerda é “neutro”, o polo à direita é “fase” e o central, “terra” (mais detalhes neste vídeo). Como a rede elétrica não é estabilizada, fugas de tensão são comuns, e a energia que escapa das tomadas fica armazenada nas carcaças metálica dos aparelhos (antigamente era comum a gente levar um choque quando abria a geladeira). O terceiro pino (terra) serve exatamente para descarregar essa energia excedente de forma segura, evitando choques, danos aos aparelhos e outros problemas.
Plugues e tomadas de três pontos se tornaram padrão no Brasil em 2011, mas muita gente ainda usa "adaptadores" — ou "castra" o terceiro pino — em vez de substituir as tomadas antigas. Há até quem ligue o polo terra da tomada a um cano metálico da rede hidráulica ou ao polo neutro da rede elétrica, que é aterrado na estação geradora de energia, mas isso se chama "gambiarra".
A maioria dos aparelhos elétricos/eletroeletrônicos funciona normalmente sem o terceiro pino e/ou com a polaridade invertida, mas isso implica riscos, e o menor deles é o de choque elétrico. Numa rede adequadamente aterrada, o terceiro pino protege os aparelhos, evita que o plugue seja conectado invertido e fornece um "caminho seguro" para o excesso de corrente elétrica ir da tomada para o solo.
Tomadas e interruptores sugerem que a fiação por trás deles também esteja solta, e isso pode causar mau contato e riscos de incêndio. Se não for possível fixá-los, substitua-os para garantir uma conexão segura. E se o disjuntor costuma desarmar com frequência, substitui-lo por outro de maior potencia só mascara o problema.
A fiação dos imóveis antigos não foi dimensionada para suportar a quantidade de aparelhos elétricos que usamos atualmente. E o mesmo se aplica aos painéis elétricos (também conhecidos como "quadro de força" ou "caixa de fusíveis"), que se tornaram insuficientes diante da crescente demanda elétrica dos novos gadgets e tecnologias de casa inteligente.
Verifique regularmente se há sinais de ferrugem, marcas de queimadura ou ruídos estranhos e, se notar algum problema, lembre-se de que os eletricistas também têm bocas para alimentar e boletos para pagar.