quarta-feira, 30 de abril de 2025

WINDOWS 10 — UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

OS POLÍTICOS SÃO A MENTIRA LEGITIMADA PELA VOTO POPULAR.

Quatro meses depois de anunciar o lançamento do Windows 11 e informar que o Windows 10 deixaria de receber suporte em 14 de outubro de 2025, a Microsoft começou a distribuir o upgrade para a versão pronta e acabada do novo sistema para usuários que rodassem o Ten em máquinas "elegíveis" ou que se dispusessem a comprar um computador novo, que viria com o Win11 pré-instalado ou poderia ser atualizado via Windows Update pelo próprio usuário.

Naquela ocasião, a empresa estimava que todos os aparelhos compatíveis estariam rodando o Win11 em meados de 2022, mas faltou combinar com os russos: o Win10 velho de guerra continua firme e forte, com 68% da preferência dos usuários, enquanto seu sucessor contabiliza 27%, e as versões 8.1, 7, Vista e XP somam 4,5%.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Em 2015, a PGR denunciou Fernando Collor por surrupiar R$ 20 bilhões da BR Distribuidora. Em 2023, o STF o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão, mas seus advogados conseguiram procrastinar o cumprimento da pena até a semana passada. 

Nesse entretempo, Gilmar Mendes (atual decano da Corte e verdadeira herança maldita de FHC) votou pela absolvição e, vencido, tentou reduzir a pena à metade. Exausto das manobras protelatórias da defesa, Alexandre de Moraes, relator da encrenca, determinou a prisão imediata do Rei Sol, que, a pedido, foi envidado para uma “hospedaria especial” em Maceió. 

Moraes submeteu seu despacho ao plenário, Gilmar esboçou um pedido de destaque, mas recuou. O placar chegou a 6 a 0 pela prisão, mas o "terrivelmente evangélico" André Mendonça divergiu e foi seguido por Gilmar, Fux e o ministro-tubaína Nunes Marques. Zanin, como costuma fazer em processos da Lava-Jato, se absteve de votar. A defesa apresentou um pedido de prisão domiciliar, que ora se encontra pendente de manifestação da PGR.

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — e o primeiro a ser penabundado do cargo por impeachment. Sua trajetória errática e politicamente camaleônica incluiu alianças com Bolsonaro e com o PT. Em 2014, pediu votos para Dilma e até usou um trecho elogioso de Gleisi Hoffmann em sua propaganda. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de Alagoas com pífios 14% dos votos. Após sua prisão, o PRD o expulsou, seus aliados silenciaram e os líderes da legenda o descreveram como "distante da cúpula e irrelevante nas decisões". 

Sua prisão tardia e cercada de privilégios, representa o ocaso de um personagem que simbolizou tanto o colapso precoce da Nova República quanto a persistência das velhas práticas políticas. Já se ele vai realmente cumprir a pena, bem, eu não tenho bola de cristal, mas tampouco tenho memória de galinha. Para quem nao se lembra, em 2018 o TRF-4 aumentou de 8 para 12 anos a pena de Lula no processo do triplex e determinou sua prisão. Em 2019, numa votação apertada (6 votos a 5), o STF mudou seu entendimento sobre a "prisão em segunda instância", e Lula deixou sua cela VIP em Curitiba no dia seguinte, depois de 1 anos e 5 meses gozando da hospitalidade da PF em Curitiba. 

Em 2017, depois de procrastinar sua prisão por 4 décadas, Paulo Maluf — ex-prefeito da capital paulista (1969-1971; 1993-1996), ex-governador de São Paulo (1979-1982), candidato à Presidência em 1995 e 1989, ex-secretário dos Transportes, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, quatro vezes deputado federal, líder de cinco partidos políticos e réu em 70 processos — foi finalmente encarcerado na Papuda. Três meses depois, graças ao bom coração do eminente ministro Dias Toffoli — que foi presenteado por Lula com a suprema toga, mesmo tendo levado bomba duas vezes seguidas em concursos para juiz—, foi enviado para casa por "razões humanitárias" e permaneceu em prisão domiciliar até maio de 2023, quando teve a pena extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro.

Na visão de Toffoli, o turco ladrão, então com 87 anos, estava à beira do desencarne; hoje, aos 93, se ele realmente está morrendo, é de rir de quem acredita na justiça desta banânia. 


Em julho de 2015, quando deu à luz o Win10, a Microsoft previu que seu novo rebento ultrapassaria a marca de 1 bilhão de instalações em três anos. Apesar do upgrade gratuito, essa meta só foi alcançada em janeiro de 2020, quando faltavam menos de 2 anos para o lançamento oficial do Win11, que é mais exigente, em termos de hardware, e bem menos simpático que seu antecessor aos olhos dos usuários. 

Faltando menos de seis meses para o Win10 deixar de receber suporte e atualizações de segurança da Microsoft, manter o sistema em uso após o prazo final aumentará significativamente o risco de ser vítima de pragas digitais, cibercriminosos e assemelhados. 

No ambiente corporativo, máquinas desatualizadas podem facilitar ataques de ransomware, sequestro de dados, sabotagens e outros incidentes graves. E a solução vai além da simples compra de novas licenças ou realização de upgrades: é preciso avaliar a compatibilidade de hardware, a maturidade dos aplicativos que rodarão no novo sistema, as políticas de segurança e criptografia (como a exigência do TPM 2.0, por exemplo) e, principalmente, o treinamento e adaptação das equipes que usarão diariamente essas máquinas.

Sensível ao fato de que cerca de 240 milhões de computadores podem se tornar lixo eletrônico devido à incompatibilidade com o Win11, a Microsoft criou programas de suporte estendido. Mas eles custam dinheiro e são meros paliativos, já que não eliminam a necessidade da mudança sem a qual o aumento da insegurança pode minar a competitividade das empresas.

No âmbito doméstico, a solução é mais simples: quem tem um PC compatível e não migrou pode fazer o upgrade, e quem tem máquinas incompatíveis pode "forçar" a instalação do novo sistema ou migrar para o Linux, por exemplo — distribuições como o Ubuntu oferecem uma interface semelhante à do Windows, tornando o "reaprendizado" uma questão de dias ou semanas. O macOS é imbatível, mas só roda no hardware fabricado pela própria Apple, o que encarece a mudança (embora ela valha cada centavo).

Uma alternativa que a própria Microsoft oferece, ainda que discretamente, consiste em adotar uma versão do Win10 Enterprise, como a LTSC 2021, que é baseada na versão 21H2 do Windows 10 e deve receber suporte até janeiro de 2027. A IoT Enterprise LTSC 2021, também baseada na versão 21H2, se parece e funciona como o clássico sistema para desktop, embora existam diferenças pontuais em relação às edições Home ou Professional — nas versões LTSC, o usuário permanece com a versão básica (21H2, build 19044), recebendo apenas patches de segurança e estabilidade. No entanto, como não haverá novas versões importantes após a 22H2, isso não chega a ser um grande inconveniente.

Chaves de produto do Windows 10 Home ou Professional não funcionam para ativar uma edição Enterprise LTSCA adoção deve ser feita mediante um contrato de licença por volume (VLAs) para menos 5 estações de trabalho, mas é possível negociar licenças individuais com alguns revendedores. Embora existam fontes não oficiais e ferramentas de ativação circulando na Internet, seu uso viola os termos de licenciamento da Microsoft.

Migrar para uma versão Enterprise LTSC significa abrir mão da Microsoft Store, da Cortana, do OneDrive e de aplicativos pré-instalados como Weather, Mail ou Contacts. Mas o Windows Defender, o navegador Edge e acessórios clássicos, como o Bloco de Notas e o WordPad, continuam presentes. O processo de instalação é semelhante ao convencional. O sistema tenta se conectar a uma conta corporativa, mas também oferece a opção de criar uma conta local tradicional. 

A versão IoT usa o inglês americano como idioma padrão, enquanto a Enterprise LTSC oferece mais opções linguísticas. Mas ambas são soluções legítimas para quem deseja manter o Windows 10 em seu hardware atual por até sete anos após 14 de outubro.