OS CIDADÃOS
NÃO DORMIRIAM TRANQUILOS SE SOUBESSEM COMO SÃO FEITAS AS SALSICHAS E AS LEIS.
Conforme eu
disse em outras oportunidades, programas de computador são escritos por
pessoas, e pessoas são seres falíveis. Daí se conclui que, por mais renomados
que sejam os desenvolvedores dos softwares instalados no seu PC ― a começar
pelo sistema operacional, que é o
“software-mãe” ―, sempre existe a possibilidade de ocorrerem instabilidades,
congelamentos e outras adversidades que afetam (ou até inviabilizam) o
funcionamento do aparelho. E o pior é que não costuma ser fácil identificar os
culpados, pois diversos problemas causados por componentes de hardware e
drivers de dispositivos têm sintomas similares aos de falhas que provocadas
pelo software. No entanto, nesse contexto é mais urgente recolocar o bonde nos
trilhos do que descobrir o vilão, de modo que a primeira coisa a fazer é
desligar o computador, aguardar uns dois ou três minutos e tornar a liga-lo
(fazendo figa para tudo volte a ser como era).
Observação: Em muitos casos, a pura e simples reinicialização do Windows (que não age sobre o hardware, apenas encerra e reinicia o software) pode ser suficiente, mas
melhor a fazer é desligar totalmente o
aparelho. Assim, o fornecimento de energia que alimenta os circuitos da
placa-mãe e demais componentes será interrompido, propiciando o “esvaziamento”
das memórias voláteis. Com a opção Reiniciar
do menu de desligamento, o Windows é encerrado, mas torna a ser carregado menos
de um segundo depois, o que impede os capacitores de esgotar totalmente suas
reservas de energia.
Se a
anormalidade persistir, os principais suspeitos são eventuais atualizações
malsucedidas (aquelas que a gente instala via Windows Update), apps incompatíveis com a versão do Windows, conflitos entre programas (como
os que costumam ocorrer se há dois ou mais antivírus instalados na máquina,
caso ambos ofereçam proteção proativa, ou seja, em tempo real) e "N"
outras possibilidades que eu não vou detalhar para não encompridar demais esta
postagem.
Se o
problema surgiu logo depois que você atualizou o sistema ou instalou um
aplicativo qualquer, reverter a atualização (ou remover o aplicativo) pode ser
a solução. Vale também tentar restaurar
o sistema para um ponto (data e horário) anterior aos primeiros sinais do
problema (clique aqui para saber mais sobre esse
valioso recurso que a Microsoft
disponibiliza desde o Windows ME). Se
não resolver, faça uma varredura completa com seu antivírus e obtenha uma
segunda opinião usando um serviço de verificação online ― como o HouseCall,
o ActiveScan, o Kaspersky, o F-Secure, o Bitdefender ou o Microsoft Safety Scanner.
Se nem assim
seu PC voltar ao normal, confira as dicas da próxima postagem.
MUDANDO SEM MUDAR
Tomei emprestado o título desta postagem de uma
nota de Carlos Brickmann, que também me serviu de base
para o texto a seguir.
Segundo Brickmann,
há um ano tínhamos Dilma, Cunha, Nova Matriz Econômica, PT,
Haddad e Dunga. Hoje temos Temer,
Rodrigo Maia, política econômica ortodoxa, PT
destroçado nas eleições, João Doria
e Tite. A inflação, que ameaçava ultrapassar os 10%, contentou-se
com 4%; os juros básicos, ainda altíssimos, que eram de mais de 13%, devem
chegar em 8,75% ao fim do ano. A balança comercial está bem positiva: US$ 7,1
bilhões de superávit em março, o melhor resultado desde março de 1989. E não é
pela queda das importações, apesar da recessão: o país importou 7% a mais do
que em março do ano passado. E o principal problema econômico do Brasil, os
estonteantes 13,5 milhões de desempregados, pode começar a ser revertido: o PIB
― soma de tudo que é produzido no país, incluindo serviços ― deve crescer 0,47%
neste ano e 2,5% em 2018. É pouco, mas, para uma economia que há três anos só
apresentava números negativos, é um sinal de que podemos ter esperanças.
Nesse cenário, prossegue o jornalista, o baixíssimo índice
de popularidade de Michel Temer se
explica pela própria política econômica: combater a inflação, reduzir
privilégios e reformar instituições (mesmo falidas) é sempre impopular. Demais
disso, prossegue Brickmann, há um
ano tínhamos Temer, Renan, Eunício, processos da Lava-Jato encalhados no STF; hoje, isso
mudou: os processos da Lava-Jato encalhados no Supremo ficaram ainda mais empoeirados. E com efeito: A turma de Direito da FGV-RJ fez um
interessante estudo intitulado PESQUISA
DO SUPREMO EM NÚMEROS, onde cotejou o tempo médio que a Corte gastava em
2002 para julgar uma ação penal (foro privilegiado) com o tempo que demora
atualmente. O período de julgamento saltou de 65 para 1.377 dias!
E como hoje é sexta-feira, vamos encerrar com nosso tradicional humor de final de semana:
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/