Não estou sugerindo que alguém possa partir para uma integração caseira sem incluir um disco rígido entre os componentes necessários à montagem da máquina, mas sim que muitos usuários não dedicam a necessária atenção à escolha desse dispositivo.
Quando o assunto é desempenho, normalmente pensamos num processador poderoso e em fartura de memória RAM (o que não está errado). Entretanto, é preciso ter em mente que a responsabilidade do HD vai bem além de fornecer espaço suficiente para a armazenagem de "toneladas" de fotos, filmes e músicas: a velocidade de rotação e o tamanho do "buffer" influenciam sensivelmente o desempenho global do sistema.
A rotação é importante porque determina o tempo que o disco leva para acessar os dados - quanto maior a velocidade, mais rápido será o acesso - e o padrão autal para desktops é de 7.200 RPM (notebooks modernos costumam integrar discos de 5.400 RPM).
O buffer do HD, por sua vez, é um recurso que passou a ser implementado após a popularização dos discos de 7.200 RPM. Ele consiste numa pequena porção de memória destinada a armazenar - e retornar rapidamente - os dados exigidos mais frequentemente pelo processador. Os primeiros discos com buffer vinham com apenas 2 MB, mas modelos atuais já trabalham com 16 MB, sendo 8 MB um valor aceitável (verifique atentamente as especificações do produto, porque muitos lojistas ainda vendem modelos antigos, de 7.200 RPM, sem buffer).
Existem HDs domésticos que trabalham a 10 mil RPM, com desepenho equivalente ao de discos SCSI - padrão muito utilizado em servidores -, mas sem as desvantagens da instalação complicada inerente a essa tecnologia. A Western Digital, por exemplo, disponibiliza versões de 36, 80 e 150 GB, cujo preço "mais salgado" é compensado pela performance: seu tempo de acesso é 50% melhor que o dos HDs de 7.200 RPM, e a velocidade na transferência de arquivos (entre um disco e outro ou entre partições) chega a ser três vezes maior.
Um bom dia a todos.