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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O FUTURO DO PC

É DA NATUREZA HUMANA PROGNOSTICAR AQUILO QUE SE DESEJA VER REALIZAR.

Você provavelmente já ouviu a expressão “confundir alhos com bugalhos”, mas certamente não faz ideia de que os tais bugalhos são bulbos comestíveis de textura semelhante à do alho, mas cujo formato de pênis inspirou um fado cantado pelos marujos lusitanos, à época do descobrimento: "não confundas alhos com bugalhos / nem tampouco bugalhos com c***lhos".
Feito esse indispensável esclarecimento, peço vênia àqueles que vêm apregoando o final da ERA PC para discordar, pois, a meu ver, o que se pretende enterrar (ainda vivo) é velho e confiável “computador de mesa”, cujas vendas, segundo o IDC, recuaram 6,4% no quarto trimestre do ano passado, enquanto os smartphones e tablets avançaram 36,4% e 75,3%, respectivamente. Mas não seriam esses gadgets – e os ainda incipientes, mas já promissores relógios, pulseiras e até óculos conectados com a Internet – também computadores pessoais?
Quer algo mais pessoal do que um smartphone, que se pode usar em casa, no trabalho e levar no bolso a qualquer parte? E não seria o tablet uma nítida “evolução” dos net/notebooks? E os modelos híbridos, então, que oferecem o melhor dos dois mundos com o simples acréscimo de uma dock com teclado, touchpad, portas USB, etc.? Por essas e outras, eu acho que os PCs não estão morrendo, mas apenas ficando menores e mais compactos.
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para avaliar tendências, até porque não me importo com elas. Em 2002, os notebooks de configuração mediana custavam os olhos da cara, mas eu dividia meu tempo entre Sampa e Rio e por isso tive uma sequência deles, inclusive um Desknote (a média de utilização foi de 18 meses cada, a uma desvalorização de mais de 50%). Então, justamente quando os portáteis caíram significativamente de preço, eu resolvi voltar para a plataforma desktop com uma máquina configurada a meu gosto, que hoje está ultrapassada, mas não obsoleta, embora isso não faça diferença, pois desde o final de 2011 que ela dormita no fundo de um armário.
Para concluir esta conversa, confesso que ainda não fui seduzido pelos tablets. Meu filho quis me dar um no Dia dos Pais, mas eu pedi o dele emprestado por uma semana, devolvi três dias depois e recomendei que ele gastasse o dinheiro com coisas mais úteis – e acabei ganhando um conjunto de molhos de pimenta Tabasco.
A meu ver, não há sentido em comparar smartphones, tablets e notebooks, pois cada qual é um aparelho diferente. Quando eu criar coragem para aposentar este note (que uso há quase dois anos como se fosse um desktop, com conexão cabeada, teclado e mouse wireless e caixas de som amplificadas), devo substituí-lo por um modelo ALL-IN-ONE, já que tenho ojeriza àquela macarronada de fios e cabos que se embaralha por trás dos desktops convencionais.

Abraços a todos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

PROFECIAS FURADAS, VATICÍNIOS QUE CHEGARAM QUASE LÁ E O FUTURO DOS DESKTOPS.

A MELHOR PALAVRA É A QUE NÃO SE DIZ.

Entra ano, sai ano, profetas, adivinhos, astrólogos, videntes, cartomantes e assemelhados torram nossa paciência com previsões mais do que manjadas, da morte de artistas famosos (cujos nomes eles não divulgam) a naufrágios ou quedas de aviões (em dia, hora e local incerto e não sabido).

No final do ano passado, milhões de pessoas ao redor do mundo se prepararam para tentar sobreviver a chuvas de meteoros, colisão com asteroides, inversão da polaridade terrestre e outros cataclismos oriundos de interpretações tendenciosas do antigo Calendário Maia, segundo as quais o Apocalipse ocorreria inexoravelmente no dia 21 de dezembro.

Previsões espantosas, a meu ver, foram feitas por Leonardo da Vinci – que idealizou o helicóptero, o tanque de guerra e o uso da energia solar, dentre outras coisas, 500 anos antes que elas se tornassem realidade. Ou então Júlio Verne, que detalhou em seu livro “Da Terra à Lua” (1865) uma viagem espacial e errou por apenas 20 milhas o local de onde seria lançada a Apollo 11 dali a 104 anos.

Vaticínios “meia boca” não faltam na história recente, como é o caso dos relógios de pulso do ano 2000, que serviriam como intercomunicadores e gravariam áudio e vídeo (tudo bem que, em vista dos smartphones atuais, o lance bateu na trave), ou das TVs penduradas como quadros em paredes, que não se tornaram realidade nos anos 60, como previu a GE, mas que hoje em dia muita gente tem em casa.
Profecias que não se confirmaram são comuns também no âmbito da TI, mesmo quando feitas por próceres Thomas J. Watson, presidente da IBM, segundo o qual “talvez um dia houvesse mercado para uns cinco microcomputadores”, ou por Ken Olsen, fundador da DEC (empresa respeitada nos anos 70), que afirmou “não haver razão para qualquer indivíduo ter um computador em casa” (isso quando os PCs já estavam sendo vendidos).

Bill Gates também errou feio em 2004, ao afirmar que dali a dois anos o SPAM seria totalmente erradicado, ou, pior, em 1981, quando disse (supostamente) que 640 KB seriam mais RAM do que qualquer PC viria a precisar – ele nega essa “escorregadela”, mas não consegue se livrar da pecha. No entanto, Mr. Gates fez um gol de placa em 1995, ao prever os computadores-carteira que, ironicamente, a Apple tornaria realidade com o iPad.

Falando nisso, há quem diga que os desktops (e mesmo os notebooks) não resistirão por mais de um par de anos à popularização dos smartphones, tablets e gadgets ainda mais inovadores, tais como relógios, óculos e pulseiras conectadas. Eu, particularmente, não penso assim, como você verá se voltar até aqui para ler minha próxima postagem. Nesse entretempo, seria legal se deixasse sua opinião – aliás, é justamente para isso que serve o campo “COMENTÁRIOS”.

Abraços a todos e até amanhã.