TANTAS VEZES VAI O JARRO À FONTE QUE UM DIA LÁ DEIXA A ASA.
O avanço das investigações pode levar algumas pessoas que foram à Paulista apoiar Bolsonaro a considerar a hipótese de terem sido logradas.
É evidente que isso não se aplica aos fanáticos nem os adeptos da ruptura institucional, apenas àqueles que, por alguma razão, acreditavam que o dejeto da escória da humanidade é vítima de uma narrativa oposicionista.
Os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica foram escolhidos pelo golpista por serem afinados com ele, e tudo indica que seus depoimentos guardaram relação apenas com os compromissos de elogio à verdade e fidelidade aos preceitos inerentes às prerrogativas das fardas estreladas.
Claro que para enxergar essa obviedade requer olhos (a pior cegueira é a mental) e inferir que o "mito" tentou usar as FFAA em seu projeto golpista — tanto antes quanto depois das eleições de 2022 — exige ao menos dois neurônios minimamente funcionais.
Sabe-se agora que o encastelamento do aspirante a tiranete no Alvorada não decorreu de doença ou depressão pós-derrota, mas da urdidura de uma tramoia para anular o resultado das urnas e continuar no poder. Exibindo sua extraordinária capacidade dedutiva, Sherlock Lula revelou no dia 18 que o golpe só não aconteceu porque "o coisa" é um "covardão".
Interessa dizer que nossa banânia passou por mais essa provação, que a verdade vem sendo posta e, dando tudo certo, seus detratores serão punidos.
Profetas, videntes e assemelhados trombeteiam vaticínios apocalípticos desde o início dos tempos. No alvorecer da era cristã, respaldados no "Apocalipse de João", vates delirantes agendaram o "juízo final" para algum momento próximo virada do primeiro milênio, depois para 1033, para 1666, e assim por diante.
Em 1806, uma galinha que passou a pôr ovos com a inscrição "Christ is coming" espalhou pânico nas Ilhas Britânicas — até que se descobriu que uma falsa vidente escrevia a mensagem na casca dos ovos e os enfiava de volta pela cloaca da adivinha emplumada. A Igreja Católica Apostólica (criada em 1836) anunciou que Jesus voltaria após a morte de seus 12 fundadores (o último bateu as botas em 1901) — anúncio que as Testemunhas de Jeová fazem desde 1870. À luz do Teorema do Macaco Infinito, talvez um dia alguém acerte.
Rumores sobre um suposto alerta feito pela Nasa dando conta de um suposto "apocalipse da Internet viralizaram nas redes sociais no final do ano passado, mas nem a agência fez tal anúncio, nem o astrofísico Peter Becker, responsável pelo vaticínio, publicou um estudo que sustentasse suas alegações. É fato que os polos magnéticos do Sol se invertem a cada 11 anos, que essa inversão aumenta a frequência de erupções solares e que uma tempestade solar pode comprometer o funcionamento da Internet, mas fato é que isso jamais aconteceu — e nada indica que desta vez será diferente.
Essa teoria conspiratória surgiu a partir de um estudo feito em 2021 sobre os efeitos de uma ejeção de massa coronal extremamente intensa nas redes elétricas e de comunicações tradicionais e na internet global. No entanto, somente três casos foram registrados até hoje: 1) em 1859, o Evento Carrington provocou pane em quase todos os sistemas elétricos existentes na época e gerou auroras polares que puderam ser vistas de todo o planeta, inclusive em regiões tropicais; 2) em 1929, um evento ainda maior causou um incêndio de média escala na Estação Grand Central e derrubou a rede de telégrafos de NYC; 3) em 1989, uma ejeção moderada de massa coronal derrubou a rede elétrica Hydro-Québec, no norte do Canadá, deixando parte daquele país sem energia por cerca de nove horas.
Para os arautos da desgraça, três décadas sem um evento majoritário é sinal de que ele está na bica de ocorrer. Há quem diga que a pandemia de Covid foi a prova provada de nosso despreparo para lidar com cataclismos dessa magnitude. Exageros à parte, numa sociedade extremamente dependente da tecnologia, uma tempestade solar capaz de deixar o planta sem energia elétrica, Internet, satélites, celulares, com noites iluminadas por auroras e aparelhos dando choque mesmo desligados da tomada... não vejo exemplo melhor de antessala do inferno.
Rumores sobre um suposto alerta feito pela Nasa dando conta de um suposto "apocalipse da Internet viralizaram nas redes sociais no final do ano passado, mas nem a agência fez tal anúncio, nem o astrofísico Peter Becker, responsável pelo vaticínio, publicou um estudo que sustentasse suas alegações. É fato que os polos magnéticos do Sol se invertem a cada 11 anos, que essa inversão aumenta a frequência de erupções solares e que uma tempestade solar pode comprometer o funcionamento da Internet, mas fato é que isso jamais aconteceu — e nada indica que desta vez será diferente.
Essa teoria conspiratória surgiu a partir de um estudo feito em 2021 sobre os efeitos de uma ejeção de massa coronal extremamente intensa nas redes elétricas e de comunicações tradicionais e na internet global. No entanto, somente três casos foram registrados até hoje: 1) em 1859, o Evento Carrington provocou pane em quase todos os sistemas elétricos existentes na época e gerou auroras polares que puderam ser vistas de todo o planeta, inclusive em regiões tropicais; 2) em 1929, um evento ainda maior causou um incêndio de média escala na Estação Grand Central e derrubou a rede de telégrafos de NYC; 3) em 1989, uma ejeção moderada de massa coronal derrubou a rede elétrica Hydro-Québec, no norte do Canadá, deixando parte daquele país sem energia por cerca de nove horas.
Para os arautos da desgraça, três décadas sem um evento majoritário é sinal de que ele está na bica de ocorrer. Há quem diga que a pandemia de Covid foi a prova provada de nosso despreparo para lidar com cataclismos dessa magnitude. Exageros à parte, numa sociedade extremamente dependente da tecnologia, uma tempestade solar capaz de deixar o planta sem energia elétrica, Internet, satélites, celulares, com noites iluminadas por auroras e aparelhos dando choque mesmo desligados da tomada... não vejo exemplo melhor de antessala do inferno.
Observação: Uma explosão de solar categoria M7 ionizou o topo da atmosfera terrestre no último dia 10, deixando sem sinal de rádio por cerca de 30 minutos partes da África, do Brasil, da Venezuela e da Colômbia. O ciclo solar atual começou em dezembro de 2019. O anterior foi considerado tranquilo, com baixa quantidade de vento solar expelido da estrela no centro do nosso sistema, mas, de outubro de 2021 para cá, o Sol tem gerado manchas e erupções com maior frequência O pico é esperado para este ano. Com sua aproximação, a atividade deve ficar cada vez mais intensa, aumentando a quantidade de erupções e jatos de plasma solar.