Quem nos acompanha desde os tempos do velho e saudoso Curso Dinâmico de Hardware sabe que sempre estimulamos nossos leitores a interagir conosco, até porque essa prática saudável nos oferece um valioso feedback.
Entretanto, ainda que o objetivo precípuo desse canal de voz priorize dúvidas, comentários ou críticas relacionadas ao nosso trabalho, nove de cada dez mensagens suscitam questões personalíssimas (envolvendo problemas subjetivos dos usuários com suas máquinas), e a despeito de procurarmos responder a ajudar a todos, a nossa bola de cristal tem suas limitações.
Levando em conta ser sempre preferível prevenir a remediar, vale relembrar alguns princípios elementares, que talvez não tenham o condão de evitar ou solucionar todo tipo de problema, mas que ajudam sobremaneira aqueles que se derem ao trabalho de colocá-los em prática.
Antes de qualquer outra coisa, convém ter em mente que um computador é uma máquina e, como tal, não está livre de entrar em pane de vez em quando. Some-se a isso o fato de os sistemas e programas não serem perfeitos posto que desenvolvidos por pessoas (seres sabidamente falíveis) com o descaso que a maioria dos usuários dedica aos procedimentos de manutenção preventiva, e você obterá algo parecido com a receita do caos.
Um PC é composto (basicamente) por dois segmentos distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. Tecnicamente, hardware é aquilo que o usuário chuta; software, o que ele xinga (apenas porque não pode chutar). Em outras palavras, chamamos hardware aos componentes físicos do sistema computacional (não só os componentes internos do gabinete, mas também o monitor de vídeo, a impressora e demais periféricos), enquanto que o temo software remete aos programas (conjuntos de instruções que controlam seu funcionamento e operação), dentre os quais se destaca o Sistema Operacional.
Já por manutenção preventiva definimos um elenco de medidas que devemos (ou deveríamos) tomar para evitar problemas e incrementar o desempenho do computador, a começar da sua correta ligação à rede elétrica que deveria ser feita preferencialmente através de um no-break, de um estabilizador de voltagem, ou, no mínimo, de um prosaico filtro de linha, mas nunca mediante a pura e simples inserção do plugue à tomada da parede (muitas vezes depois de se castrar o pino terra com um alicate de corte).
Depois a gente continua...