Vou dedicar este post a dois comentários deixados ontem, porque os assuntos suscitados são de interesse geral.
A Margareth quer saber quais as melhores marcas de CDs e DVDs virgens, além da validade e durabilidade dessas mídias. Inicialmente, devo frisar que conceitos como "melhor" e "pior" são sempre subjetivos e personalíssimos, e qualquer generalização pode ser perigosa.
De qualquer forma, as mídias virgens são produzidas a partir de um substrato plástico recoberto por uma fina camada de alumínio, prata, ouro ou platina. Sobre ela, existem duas outras camadas; uma, de material orgânico fotossensível; a outra, de verniz protetor. A cor da mídia tem a ver com as substancias utilizadas no processo de fabricação, e até pode influenciar na qualidade (há quem diga que CDs "azuis", que utilizam a cianina, têm vida útil de aproximadamente 50 anos, enquanto que os dourados, baseados em fitohalocianina, duram o dobro desse tempo), mas esse não deve ser o único parâmetro em que se analisar, até porque muitos fabricantes costumam tingir as mídias (por questões puramente estéticas) com pigmentos das mais variadas cores. Na hora da compra, o melhor é optar por produtos de marcas renomadas (MAXELL, SONY, PHILIPS etc.) e acondicionados em embalagens individuais - ainda que as tubulares sejam preenchidas mecanicamente, o manuseio posterior por parte do lojista (ou, pior ainda, do marreteiro) pode comprometer em muito durabilidade, especialmente se você adquirir umas poucas unidades ao invés de um tubo fechado.
Quanto à validade, ela é indeterminada, mas nada impede que você adquira um disco novo já danificado pelo manuseio ou armazenamento inadequado, pela exposição direta ao sol ou a fontes de calor, e por aí vai...
No que diz respeito ao formato (+R/-R), gravadores e leitoras de CD/DVD atuais costumam oferecer suporte ao multiformato (embora convenha conferir atentamente as especificações técnicas da mídia e do seu dispositivo de leitura/gravação). A maioria dos players domésticos de fabricação recente é capaz de ler as mídias gravadas (ou regravadas) no seu computador, embora possam ocorrer incompatibilidades - como as que a gente enfrentou por aqui, recentemente, com um drive LG e mídias DVD+RW da Philips. Em vista disso, sugiro que você limite sua compra inicial a um único CD ou DVD (R ou RW, conforme seus propósitos e recursos do equipamento) e só parta para aquisições no atacado depois de ter testado (e aprovado) a marca e o formato do disco.
A segunda pergunta, postada "anonimamente", diz respeito ao bloqueio de e-mails indesejados. Embora nós já tenhamos discutido esse assunto quando tratamos do correio eletrônico e das configuração do Outlook Express, a questão em pauta remete mais diretamente a e-mails em inglês, que o interessado pretende bloquear devido à possibilidade de eles transportarem vírus ou outros códigos maliciosos.
A princípio, a coisa remete ao nosso velho conhecido SPAM (ou junk mail, ou lixo virtual), e a solução requer a instalação de um bom programa anti-spam.
Ainda que o OE permita bloquear remetentes (já vimos como fazer isso), os spammers costumam se valer de inúmeras combinações que os mantém ativos: você bloqueia um endereço e torna a receber mensagens parecidas logo em seguida, porque uma letra ou caractere foi modificado nessa nova remessa. Para minimizar o problema, pode-se bloquear o domínio (que corresponde à porção do endereço que vem depois do símbolo "@"). Dessa forma, o ingresso de qualquer mensagem proveniente do domínio bloqueado será barrado - mas só faça isso com domínios estranhos (geralmente baseados no exterior, dos quais é improvável que você venha a receber mensagens legítimas): se você bloquear o domínio ig.com.br, por exemplo, deixará de receber mensagens de qualquer pessoa que mantenha uma conta de e-mail no iG, sejam elas legítimas ou não.
Outro paliativo consiste em selecionar o e-mail incomodativo (sem abrir), clicar no menu Mensagens e escolher a opção Criar regras com base na mensagem... Talvez as modestas possibilidades de configuração não resolvam totalmente o problema, mas podem ajudar um pouco.
É importante manter as configurações de segurança do OE sempre habilitadas (bloqueio de figuras e anexos de e-mail potencialmente perigosos), bem como de bloquear o painel de visualização (na janela principal, clique no menu Exibir, escolha Layout... e desabilite a opção referente a Mostrar painel de visualização).
Alguns serviços de webmail (notadamente os pagos, como o do Terra, do UOL, etc.) oferecem filtros anti-spam configuráveis e bastante funcionais. Só que muitos deles separam as mensagens legítimas das duvidosas (mediante pastas específicas denominadas Quarentena ou coisa parecida), mas não levam em conta essa diferenciação ao descarregar os e-mails no computador do usuário. O iG, por exemplo, marca possíveis spams com uma cor diferente, mas, para poder se valer desse recurso, você precisa acessar sua caixa postal via webmail, fazer uma triagem prévia, e só depois descarregar os e-mails via programa cliente.