Em atenção ao comentário da Marcela (post de ontem), vale dizer que o Windows é realmente tido e havido como um sistema inseguro, a despeito de a coisa ter melhorado muito com a versão XP, especialmente depois do Service Pack 2. Todavia, segurança absoluta é história da carochinha. Não existe programa livre de bugs, falhas e brechas de segurança - que podem ser menos ou mais relevantes conforme a aplicação: um bug no seu programa de gravação de CDs, por exemplo, pode lhe trazer problemas, mas de menor relevância do que um furo na segurança do seu aplicativo de firewall ou do software antivírus.
Se o Windows fosse perfeito, correções e atualizações não seriam necessárias, nem faria sentido a Microsoft investir pesado no desenvolvimento de novas versões. A rigor, nenhum software é perfeito; mas alguns, por serem extremamente populares, tornam-se alvos mais atraentes para hackers, crackers e criadores de códigos maliciosos. Se você fosse criar um vírus, provavelmente iria escolher uma plataforma que lhe permitisse infectar milhões de computadores de uma só tacada, ao invés de ter o mesmo trabalho para atingir apenas algumas centenas de usuários, não é verdade?
Eu não tenho procuração para defender a Microsoft, mas acho que ela faz sua parte. Entretanto, cabe ao usuário tomar as providências necessárias para manter seu sistema e programas atualizados (no caso de aplicativos "não-Microsoft", é preciso visitar regularmente os sites dos respectivos fabricantes), bem como instalar e monitorar adequadamente ferramentas antivírus, antispyware e de firewall. Muita gente cai de pau, dizendo que o Windows tem mais furos que uma peneira, ou que é mais remendado que uma colcha de retalhos... Mas é sempre melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão.
Pesquisas realizadas por empresas abalizadas e confiáveis dão conta de que poucos minutos de navegação na Web com uma máquina totalmente desprotegida bastam para você sair carregado de spywares, vírus, trojans e outras pragas que tais. Embora alguns fabricantes e revendedores de ferramentas de segurança carreguem um pouco nas tintas ao pintar esse quadro, o problema existe e a situação é crítica. Fazendo uma analogia tosca (mas funcional) o vírus da AIDS continua matando pessoas, ainda que sua disseminação não venha crescendo como crescia no início da década de 1980. E mesmo que já existem diversas maneiras de prolongar a sobrevida dos soropositivos, isso não autoriza ninguém a fazer sexo de maneira indiscriminada e sem as precauções adequadas.
Bom dia a todos e até amanhã.