A distribuição de programas é uma questão regulamentada por normas específicas - analisadas detalhadamente no nosso livro sobre Freewares (ainda em fase de editoração).
Em linhas gerais, podemos dizer que os softwares proprietários (como a maioria dos aplicativos de varejo) têm o código fonte protegido para garantir que seus desenvolvedores (ou quem quer que detenha os respectivos direitos de propriedade intelectual) sejam devidamente remunerados. Então, quando compramos um programa em CD, o preço que pagamos por ele não corresponde apenas à midia; parte do valor é destinado a remunerar o trabalho intelectual do seu desenvolvedor.
Já os softwares descarregados da Web são geralmente disponibilizados em versões Demo ou Shareware - com funções limitadas ou prazo de validade pré-determinado. Se quisermos continuar utilizando o programa depois do período de avaliação, deveremos fazer o registro e desembolsar o valor correspondente à respectiva licença. Existem também os chamados "Freewares" - aplicativos gratuitos que podem ser baixados livremente pelos interessados, embora não possam ser modificados (não confunda freeware com software livre). Em alguns deles, "pagamos" pelo uso de maneira indireta, porque concordamos em visualizar banners e pop-ups com mensagens publicitárias (que geralmente são suprimidos se migramos para a versão paga, mas isso já é uma outra história).
Não há nada de errado em usar freewares, ainda que seja recomendável examinar minuciosamente os termos dos contratos de licença (aquele que a gente geralmente se limita a aceitar sem ler, para viabilizar a instalação dos softwares) e verificar se não existem spywares (espiões) e outros programinhas secundários embutidos nos aplicativos principais (essa questão também é vista em detalhes no livro retrocitado).
Outra aspecto importante é a origem dos softwares que instalamos no computador. Devemos sempre evitar fazer downloads a partir de links recebidos em e-mails de desconhecidos ou postados em salas de bate-papo. Caso nos interessemos por um determinado aplicativo, convém procurarmos informações adicionais sobre sua funcionalidade e condições de utilização diretamente na página do fabricante e, se possível, fazer o download a partir dali.
Embora haja uma profusão de websites que funcionam como repositórios de softwares (como o Gratis, o Baixaki, o Superdownloads e muitos outros), nem todos são totalmente confiáveis, e baixar programas de sites suspeitos (como as centenas de milhares de páginas de hackers existentes na Web) não costuma ser boa política.
Uma maneira de avaliar a confiabilidade de um site consiste em usar o McAfee SiteAdvisor, que nos alerta antes de interagirmos com um site perigoso. Esse programinha se integra ao navegador e previne ameaças como ataques de spyware, fraudes on-line e sites que enviam spam, bem como atesta a confiabilidade daqueles que aparecem nos resultados das nossas pesquisas no Google, Yahoo ou MSN.
Para fazer o download do programa, sugiro visitar o site do fabricante (www.siteadvisor.com/). E se você não quiser - ou não puder - instalar o plug-in (porque ele só é suportado pelo IE e pelo Firefox, havendo versões diferentes para cada um desses navegadores) ainda poderá fazer suas consultas na homepage do SiteAdvisor, bastando digitar o endereço (URL) suspeito.
Abraços a todos, e até amanhã.