Vejamos agora as características de outras pragas virtuais comuns, mas que não se enquadram na categoria dos vírus de computador:
Os Trojans (também chamados Cavalos de Tróia) são programas se travestem de aplicativos legítimos, mas que têm por função conceder aos invasores o acesso remoto ao sistema infectado - ou transformar os computadores em "zumbis", para disparar toneladas de spam ou deflagrar ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS). Do ponto de vista técnico, porém, trojans não são vírus (porque lhes falta a capacidade de se autopropagar).
Os Worms (chamados indevidamente de "vírus de rede") também não se encaixam na definição tradicional dos vírus, já que não necessitam de um hospedeiro (ainda que tenham a capacidade de se auto-replicar).
Os Hoaxes também não são vírus, mas "boatos" que chegam através de e-mails (inclusive de remetentes conhecidos e confiáveis) dando conta da aparição de vírus fictícios capazes de causar danos monstruosos. A mensagem se faz acompanhar de instruções para a remoção das pragas, e recomenda ao destinatário que as repasse para toda a sua lista de contatos. Ao seguir as instruções, o usuário desavisado acaba deletando arquivos importantes do sistema ou infligindo qualquer outro de dano pretendido pelo seu criador (fique esperto).
Como é comum a maldade andar de mãos dadas com a criatividade, a popularização do uso da Internet e o grande número de serviços disponibilizados on-line vieram a propiciar que elementos mal-intencionados adequassem ao universo virtual práticas criminosas amplamente utilizadas no mundo real, com destaque para o estelionato. Assim, os vírus eletrônicos e outros "malwares" assemelhados logo assumiram a condição de ferramentas úteis para os crackers desfecharem golpes visando à locupletação ilícita. Mas isso já é assunto para outra postagem.
Boa semana a todos.