Dezembro traz o Natal – uma das festas mais importantes do cristianismo –, que remete ao hábito de presentear amigos e parentes.
Infelizmente, a conjuntura econômica não permite que a maioria de nós, pobres mortais, saia distribuindo PCs, Notebooks, HDTVs a torto e a direito, mas com as facilidades do crediário e o fôlego extra representado pelo 13º salário, por que não presentear a si mesmo e realizar um sonho de consumo acalentado há algum tempo? Mas vale lembrar que não basta ter dinheiro no bolso e/ou nome limpo na praça; é preciso também ter alguma noção sobre algumas carcterísticas que realmente importam quando se vai escolher um produto, razão pela qual iremos dedicar as próximas postagens a esse assunto – começando hoje com os PCs – para que você não se atenha apenas às informações (não raro tendenciosas) dos comerciantes de plantão.
Para adquirir um computador de mesa adequado a tarefas comuns, não é preciso gastar rios de dinheiro, embora o vendedor possa tentar lhe empurrar uma máquina com configuração robusta o bastante para produzir os efeitos especiais da saga Guerra nas Estrelas. Mesmo assim, você deve descartar de plano qualquer configuração que não inclua uma CPU de dois ou mais núcleos, com freqüência de operação na casa dos 2 GHz (ou superior). Para os mais exigentes, existem opções de chips com três núcleos (da AMD), que oferecem desempenho superior ao dos dual-core com preço bem mais palatável do que o dos modelos quad-core.
No que diz respeito à memória, escolha uma máquina que ofereça entre 2 e 3 GB de RAM DDR2 (especialmente se você for utilizar o Windows Vista), até porque as versões de 32 bits do Windows não conseguem "enxergar" e gerenciar quantidades superiores de memória.
Quanto à placa de vídeo, os modelos mais caros são adequados apenas a heavy users, gamers e distinta companhia; se você não é muito de jogar e não pretende trabalhar com edição de vídeo e atividades afins, não há razão para gastar quase 1.000 reais numa aceleradora gráfica de ponta.
Já com relação ao HD, sabemos que espaço nunca é demais, especialmente hoje em dia, devido à popularização dos arquivos multimídia. Alguns fabricantes de discos rígidos já oferecem modelos de 500 GB e até 1 TB, mas, para um usuário doméstico comum, algo entre 160 e 250 GB é mais que suficiente (oriente-se pela relação custo-benefício, porque a diferença de preço pode justificar a opção por um disco maior, preferencialmente de tecnologia SATA e velocidade de 7.200 RPM).
Atente ainda para a quantidade de slots livres (considerando a possibilidade de você querer acrescentar algum dispositivo de hardware complementar, futuramente), e a facilidade de acesso às portas USB e FireWire. Lembre-se de que o preço anunciado por alguns fabricantes/revendedores pode parecer uma verdadeira pechincha, mas, quando se vai ver, o computador pode vir sem monitor de vídeo e/ou sistema operacional (ou mesmo trazer um sistema open-source como o FreeDos o Linux), situação em que, no final das contas, o molho pode custar mais caro do que o peixe. Mas se dinheiro não for problema, esqueça de vez o velho mouse com o HP Touchsmart (que custa entre 6 e 9 mil reais, conforme o modelo). Com ele, basta tocar na tela de 22 polegadas para arrastar ícones e executar aplicativos. E como se isso não bastasse, essa belezinha permite economizar o espaço destinado ao gabinete, pois embute os componentes no próprio monitor.
Amanhã a gente volta para falar em Notebooks; bom dia a todos e até lá.