Como dissemos anteriormente, tanto as pragas eletrônicas quanto as ferramentas de segurança evoluíram substancialmente ao longo das últimas décadas, conquanto os mecanismos de defesa costumem ser aprimorados depois que uma nova modalidade de ataque é desenvolvida, o que deixa os usuários de computadores sempre em desvantagem. Aliás, para quem tem interesse em saber mais sobre esse assunto, recomendo a seqüência de postagens que publiquei no final de 2009 (para iniciar, clique aqui), focando os vírus de computador e a popularização das ferramentas destinadas a inibir suas ações maliciosas.
Seja como for, é importante ter em mente que navegar na Web sem dispor de um arsenal de defesa responsável é uma temeridade; há alguns anos, testes realizados por empresas de segurança idôneas demonstraram que um computador desprotegido conectado à Internet era invadido ou infectado em questão de minutos – e eu suponho que a coisa não tenha melhorado muito, de lá para cá.
Para piorar, boa parte dos malwares que espreitam os internautas priorizam atualmente o roubo de identidade e a captura de informações sigilosas (notadamente senhas bancárias e números de cartões de crédito), embora ainda existam pragas fiéis aos propósitos dos vírus “originais”, que buscavam destruir arquivos e comprometer o sistema infectado até torná-lo inoperável.
Diante do agravamento dos incidentes de segurança, há anos que não basta ter apenas um programa antivírus como instrumento de proteção. Um aplicativo de firewall ativo e operante também é imprescindível, sem mencionar outros programinhas destinados a inibir a ação de spywares, rootkits, keyloggers, phishing scam e distinta companhia.
Sensíveis a esses problemas, as empresas de segurança investiram em soluções “completas” (suítes), oferecidas inicialmente em versões pagas, mas que de uns tempos para cá já podem ser encontradas também (nem todas, infelizmente) na modalidade freeware. Um bom exemplo é o novo Ad-Aware Internet Security, da Lavasoft, que passou a integrar proteção contra vírus, trojans e assemelhados às suas tradicionais funções antispyware e antirootkit. Mesmo sendo mais “espartana” do que as versões PRO e TOTAL (US$ 29,95 e US$ 49,95, respectivamente), a versão gratuita oferece proteção em tempo real, tecnologia avançada de detecção de genótipos (habilidade de identificar e proteger proativamente os usuários contra ameaças ainda não catalogadas), atualizações automáticas e outras sutilezas, consistindo numa alternativa interessante para quem quer se proteger sem precisar meter a mão no bolso.
Observação: Os softwares de segurança precisam monitorar em tempo real – e eventualmente modificar – tudo que o sistema operacional está fazendo. Quando você comanda a abertura de um arquivo, por exemplo, tanto o antivírus quanto o antispyware precisam “espiar dentro dele”, e sempre que um aplicativo tenta conectar a Internet, o firewall deve decidir se permite ou nega o acesso. Quanto mais programas abertos, maior o risco de conflitos e perda de desempenho, de modo que as suítes de segurança, com diversos módulos trabalhando de maneira integrada (antivírus, antispyware, antispam, controle de pais, proteção à privacidade, etc.), evitam a duplicação de esforços, reduzem o impacto no desempenho e a possibilidade de conflitos que costumam ocorrer num arsenal formado por vários programas de diversos fabricantes.
Para finalizar, não custa lembrar que os principais desenvolvedores de aplicativos de segurança (inclusive a Symantec e a McAfee) costumam fazer promoções, de tempos em tempos, oferecendo licenças gratuitas para o uso de seus produtos por prazos que vão de 30 dias a um ano. Basta esquadrinhar regularmente os respectivos websites para não “perder o bonde”.
Bom dia a todos e até mais ler.