Computadores são máquinas montadas a partir de diversos dispositivos distintos (mas interligados e interdependentes) e divididos, do ponto de vista da arquitetura, em duas categorias básicas: on-board e off-board. Essa nomenclatura fazia mais sentido na pré-história dos PCs, quando os modelos off-board quase nada ofereciam além do BIOS e do chipset; os demais recursos (controladoras IDE e FDD, portas seriais e de impressora, memória cache, co-processadores matemáticos, etc.) eram vendidos à parte e instalados em soquetes apropriados. Atualmente, todavia, a principal diferença entre as duas arquiteturas remete ao subsistema gráfico, que é responsável por exibir no monitor desde simples imagens bidimensionais até complexos gráficos 3D e vídeos de alta definição: nas placas on-board, o processamento gráfico e de multimídia fica a cargo da CPU, e parte da RAM é alocada para simular memória de vídeo; nas placas off-board, que não oferecem vídeo embarcado, cabe ao usuário instalar um placa gráfica autônoma.
Houve um tempo em que arquitetura on-board era sinônimo de baixo desempenho – especialmente no que diz respeito ao subsistema gráfico, que não só deixava a desejar, mas também consumia ciclos de processamento e boa parte da memória física do PC. De uns tempos para cá, todavia, cada vez mais recursos vêm sendo “embutidos” nos processadores, chipsets e circuitos das placas-mãe, dispensando o uso de placas de expansão e reduzindo o custo final do computador. Isso porque, com processadores de múltiplos núcleos e fartura de memória RAM de tecnologia de ponta, placas superintegradas podem oferecer recursos de vídeo, áudio, modem e rede bastante satisfatórios sem degradar (perceptivelmente) a performance global da máquina. Aliás, essa solução propiciou o barateamento e a popularização dos PCs, de modo que torcer o nariz ao ouvir falar disso é um procedimento preconceituoso, que deve ser reavaliado à luz da evolução tecnológica.
Via de regra, usuários domésticos comuns não precisam investir pesado em aceleradoras gráficas de ponta. Para eles, um sistema on-board capaz de executar funções corriqueiras (texto, planilhas de cálculo, navegação na web, correio eletrônico, gravação de CDs e DVDs etc.) já está de bom tamanho, até porque o desempenho depende mais da qualidade da placa do que da arquitetura propriamente dita.
Para heavy users e gamers radicais, todavia, uma boa pedida é a ASUS ROG ARES (foto): composta por duas placas ATI Radeon 5870 de 850 MHz cada, 4 GB de RAM GDDR5 a 4800 MHz, sistema dissipador próprio com dois ventiladores, saídas HDMI, HDCP, DVI, essa potranca consegue rodar qualquer jogo atual com o nível máximo de qualidade. Mas não se entusiasme demais: além de ser difícil de achar, ela custa a bagatela de R$ 4.699,00!
Bom dia a todos e até mais ler.