NADA É
MAIS PERIGOSO DO QUE UM BOM CONSELHO ACOMPANHADO DE UM MAU EXEMPLO.
Quanto mais se aproxima do “dia D”, mais eu temo pelo futuro
do Brasil. Confesso que sinto engulhos só de ouvir a propaganda eleitoral
obrigatória e ver os candidatos mentindo descaradamente
para se manter no poder, o que só conseguem explorando a boa fé dos eleitores mais humildes com suas promessas vazias e mediadas populistas e eleitoreiras - cuja conta é bancada pela “classe média de verdade”, que não tem alternativa senão dar o pelo ao tosquio.
Observação: É deplorável, mas quem não tem como sonegar impostos está sujeito a trabalhar mais de cinco meses por ano só para bancar a escorchante carga tributária instituída por um governo incompetente, irresponsável e perdulário.
Observação: É deplorável, mas quem não tem como sonegar impostos está sujeito a trabalhar mais de cinco meses por ano só para bancar a escorchante carga tributária instituída por um governo incompetente, irresponsável e perdulário.
Em abono à minha tese, transcrevo abaixo um artigo do impagável Reinaldo Azevedo, que conta com a minha maior admiração. Antes, porém, cumpre esclarecer que o assim chamado HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO de gratuito nada tem. Só neste ano, para ceder espaço a uma corja de sacripantas que, salvo raras e honrosas exceções, fazem nossos ouvidos de penico, as emissoras de radio e televisão deixarão de recolher aos cofres púbicos nada menos que 839 milhões de reais (quase 39% a mais do que os R$ 604,2 milhões que deixaram de recolher nas eleições de 2010).
Passemos agora ao artigo:
No último dia 24, com a responsabilidade de quem já foi presidente da
República por oito anos e é líder inconteste do maior partido do Brasil, Lula
participou de um comício em Santo André, no ABC paulista, em defesa da
candidatura do petista Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. Num dado
momento, com a irresponsabilidade que o caracteriza, o chefão do PT resolveu
criticar a segurança pública no Estado, especialmente quanto ao elevado número
de assaltos, e afirmou o seguinte:
“Eu, antigamente via: ‘bandido roubou um banco’. Eu ficava preocupado,
mas falava: “Pô, roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto que um pouquinho
não faz falta. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘Quem rouba mesmo é
banqueiro, que ganha às custas do povo, com os juros’. Eu ficava preocupado.
[...] Era chato, mas era… sabe?, alguém roubando rico.”
Como se nota, para Lula, sempre que um rico — ou alguém que o PT
considera “rico” — é roubado, está-se diante de alguma forma de justiça. Para
este senhor, o roubo é uma espécie de distribuição de renda. Vai ver é por isso
que a Petrobras, sob a gestão do PT, é o que é. Vai ver é por isso que, sob a
governança do partido, a roubalheira de dinheiro público assumiu proporções
pantagruélicas. O irresponsável se esquece de que bancos pagam seguro contra
roubos e, obviamente, diluem essa despesa nas taxas que cobram dos
correntistas. Assim, não são os banqueiros que pagam. Mas que se note: ainda
que fossem, o roubo continuaria a ser um crime. Não para esse gigante moral!
A fala, é evidente, faz parte do pacote petista de demonização dos
bancos. O partido decidiu que só conseguirá mais um mandato se transformar os
banqueiros nos grandes vilões do Brasil.
Em seguida, Lula lamentou que os assaltantes estivessem também roubando
cidadãos comuns, os pobres. E afirmou:
“Essa semana, a Joana, que trabalha comigo, é irmã da Marisa
[referia-se à sua própria mulher], na frente do hospital perto de casa (…),
oito horas da manhã, o cara encostou um negócio nas costas dela e falou: ‘É um
assalto, eu tô armado. Continua andando normalmente, me dá o celular e me dá o
seu dinheiro’. A coitada teve que dar sessenta reais pro ladrão…”
Esse monstro moral deixava claro, então, que feio mesmo é roubar pobre.
Mas observem: em nenhum momento ele culpou ou censurou os ladrões. Longe disso!
Para Lula, o culpado por haver assaltos é o governador Geraldo Alckmin, do
PSDB, que deve ser reeleito no primeiro turno. Padilha, o candidato do PT, está
em terceiro lugar nas pesquisas. O Babalorixá de Banânia foi adiante:
“Se o Alckmin não tem competência pra fazer as coisas que o governador
tem que fazer, nós temos que dizer pra ele: ‘Alckmin, você já está há muito
tempo aí. Saia. E deixa o jovem Padilha governar esse Estado para as coisas
começarem a melhorar’.”
É mesmo? Eu gosto de números. Há duas bases de dados para a gente
analisar a questão: o “Anuário de Segurança Pública” e o “Mapa da Violência”.
Os petistas estão no poder na Bahia, em Sergipe, no Distrito Federal, no Acre e
no Rio Grande do Sul. Sendo tão sabidos, como diz Lula, a segurança nesses
Estados deveria ser exemplar, certo? Neste momento, há 10,23 homicídios por 100
mil habitantes no Estado de São Paulo e 9,81 na capital. São os números mais
baixos do país. A ONU considera que a violência deixa de ser epidêmica quando
essa taxa cai abaixo de 10.
Segundo o Anuário, em 2012, houve 24,2 assassinatos por 100 mil
habitantes no Acre, 40,7 na Bahia, 40 em Sergipe, 32,1 no Distrito Federal,
19,8 no Rio Grande do Sul e apenas 12,4 em São Paulo. Entenderam? A chance de
alguém morrer assassinado na Bahia ou no Sergipe petistas, em comparação com
São Paulo, é maior do que o triplo, é quase o triplo no Distrito Federal, é o
dobro no Acre e 60% maior no Rio Grande do Sul. Vale dizer: os baianos,
sergipanos, brasilienses, acrianos e gaúchos que moram em São Paulo estão mais
seguros do que os que ficaram em seus respectivos Estados. E olhem que esses
são números de 2012. Em 2014, caiu a taxa de homicídios em São Paulo.
Lula, no entanto, acha que os petistas podem dar aula de segurança
pública. É evidente que o poderoso chefão estava apenas fazendo fuleiragem
eleitoral. Mesmo assim, é preciso lamentar. Um dos mais importantes líderes
políticos do país, gostemos ou não disso, afirmou, no alto de um palanque, que
assaltar um banco, afinal de contas, não é coisa assim tão grave e é um ato que
até faz sentido.
Dá para compreender por que Dilma Rousseff, na ONU, pregou o diálogo
com terroristas que degolam, massacram, estupram e vendem mulheres. Ela vem de
uma boa escola, não é mesmo?Vote (ou anule seu voto) conscientemente.
Abraços e até segunda, se Deus quiser.