A Polícia Federal prendeu, nesta semana, o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações do governo Dilma, Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann ― senadora petista e ex-ministra da Casa Civil, que também é investigada pela Justiça penal. Família que trambica unida...
Bernardo é alvo da operação Custo Brasil ― um desdobramento da 18ª fase da Operação Lava-Jato, a Pixuleco II, que investiga o pagamento de propina no valor de R$ 100 milhões, entre 2010 e 2015, a pessoas que tinham relação com funcionários e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento. Ao todo, estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 14 de condução coercitiva e 11 de prisão preventiva nos Estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco e Paraná, e, segundo informações da mídia, a sede do PT, localizada no centro de São Paulo, também é alvo de buscas.
Enquanto isso, o STF ― pela segunda vez ― transforma em réu Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados, que, com uma cara-de-pau de dar inveja a Maluf e Lula (e Dilma, cuja desfaçatez é imbatível quando ela posa de injustiçada)continua afirmando sua inocência. Uma indecência!
Observação: De tão delirantes e insustentáveis, os “argumentos” de Cunha chegam a insultar a inteligência do mais crédulo dos boçais! Para piorar, como não é petista, mas peemedebista, o investigado não conta com a militância ignara sempre disposta a dizer amém ao seu besteirol e a exortar os bocós de plantão a defendê-lo.
Por unanimidade, os ministros aceitaram a denúncia feita pela PGR de que dinheiro desviado de contrato da Petrobras na África abasteceu contas secretas no exterior mantidas por Cunha e familiares, e rejeitaram o recurso da esposa e da filha do casal, que pretendiam pegar carona no foro privilegiado do parlamentar. Do ponto de vista de Cunha, a situação é “para lamentar”, já que nem mesmo sua renúncia poderia livrá-lo da cassação: segundo seus pares na Câmara, o desgaste de sua imagem do peemedebista é tamanho que já não existe manobra capaz de reverter a decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, que já recomendou sua cassação. Alguns afirmam que, se o peemedebista empenhar todos os seus esforços, não conseguirá mais do que 20 votos a seu favor (para aprovar o recurso, Cunha precisaria de mais da metade da comissão, formada por 66 deputados; no Conselho de Ética, onde havia grande expectativa de vitória do peemedebista, a derrota se deu por 11 votos a 9).
Parlamentares acreditam também que a pressão sobre a família, aliada às derrotas políticas e ao sentimento de isolamento, criam um ambiente suficientemente tenso para Cunha, e contribuem significativamente para que ele venha a se tornar mais um delator na Lava-Jato. Barbas de molho, proxenetas do parlamento!
Como dizia o (hoje deputado e então senador) Amir Lando, durante o impeachment de Collor, “cada dia, sua agonia”.
E se você é daqueles que engrossou, todo orgulhoso, aquele coro enjoadinho sobre "ser brasileiro com muito orgulho e muito amor", durante os jogos da Copa (aliás, tá lembrado do placar que desclassificou o Brasil?), então assista ao vídeo abaixo e atente para a nova letra do Hino Nacional, que calça como uma luva no conturbado cenário nacional e dá de dez em criatividade nas estrofes castiças e pernósticas de Osório Duque Estrada: