NÃO CONFUNDA BONDADE COM FRAQUEZA. ABUSE DA MINHA BONDADE E VOCÊ
VAI SE LEMBRAR DE MIM.
Há muito que eu deixei de postar
sobre informática nos feriados e finais de semana, embora continue publicando textos sobre
política (política é como as nuvens; você olha o céu
e elas estão de um jeito, olha de novo e elas já mudaram de forma ou de
posição). Hoje, porém, diante de mais uma presepada de Mark Zuckerberg, resolvi fazer o inverso.
Depois de dois incidentes envolvendo o uso inadequado de informações
de usuários do Facebook pela empresa
Cambridge
Analytica, no ano passado, o Zuckerberg assumiu no Senado dos Estados Unidos a responsabilidade pelo
ocorrido e afirmou que a segurança é uma prioridade da empresa. Mas esse compromisso
(que mais parece promessa de político em campanha) não impediu que cerca
de 540 milhões de dados pessoais de usuários do Face (como
curtidas, comentários, fotos, músicas, informações sobre amigos e até reservas
em voos e hotéis) foram expostos em servidores da Amazon na
nuvem. O vazamento foi revelado pela empresa de cibersegurança UpGuard no último dia 3, e no dia
seguinte o Face derrubou o banco
de dados pertencente à empresa mexicana de mídia Cultura Colectiva.
Em nota, a Cultura Colectiva afirmou que todos os seus registros no Facebook vieram de interações de usuários com suas três páginas na rede, e são as mesmas informações publicamente acessíveis a qualquer pessoa que navegue por essas páginas. Já Zuckerberg disse em seu comunicado que trabalhou com a Amazon para derrubar os bancos de dados assim que foi alertado sobre questão, já que as políticas da empresa proíbem o armazenamento de informações em bancos de dados públicos.
Mas tem mais: O Facebook hospedou dezenas de grupos de cibercriminosos que usaram marketplaces online dentro da rede social para várias atividades ilegais, como a venda de dados roubados de cartões de crédito, furto de contas de usuários e a venda de ferramentas de software para aplicar golpes de spam e phishing. A descoberta foi feita pela divisão de segurança Talos, da empresa Cisco Systems, que revelou a existência de 74 grupos na rede social com nomes como Spam Professional e Facebook Hack. Esses marketplaces (espécie de shoppings online) reuniam cerca de 385 mil pessoas, e eram bem fáceis de achar por qualquer usuário da rede. Quando alguém se juntava a um grupo, o próprio algoritmo do Facebook sugeria outros semelhantes, tornando ainda mais fácil interagir com os hackers.
O Zuckerberg disse que removeu os grupos. Segundo a Talos, alguns estavam hospedados no Face há oito anos.