Sérgio Moro
e Deltan Dallagnol tornaram-se as "bestas-feras" de lulistas, garantistas,
liberalistas e esquerdopatas devido a sua atenção na Lava-Jato, que
tanta dor de cabeça deu nos últimos cinco anos a um sem-número de empresários e
políticos acusados de corrupção e outros crimes da era petista. Daí a
mudança de postura do STF, notadamente depois que o ex-advogado de porta
de cadeia do PT, Dias Toffoli, assumiu a presidência da Corte,
que passou de apoiadora a inimiga figadal da maior operação anticorrupção da
história deste país, como comprovam as recentes decisões da banda podre dos
togados acerca da prisão em segunda instância, da anulação de sentenças em
processos onde réus delatados não apresentaram memoriais após os delatores
devem ser anuladas e de tantas outras questões decididas — quase sempre por 6
votos a 5 — em prol dos criminosos.
Dallagnol
foi acusado de ser o Robespierre das Araucárias, de fazer uso de provas
falsas e de ameaçar a democracia. Foi descrito como o inimigo número um do
direito de defesa no Brasil. Foi gravado em conversas com ninguém menos que o
ex-juiz Sergio Moro — prova definitiva, segundo um desprezível
“jornalista investigativo” americano e toda a mídia que foi na sua cola, de
que a Lava-Jato e todos os atos produzidos pela força-tarefa deveriam
ser anulados de cabo a rabo.
Segundo J.R.
Guzzo, é questão ainda aberta ao debate saber se Dallagnol é ou não
um bom procurador público. Mas é certo que ele é odiado do fundo da alma por Lula,
pelos parceiros de ladroagem do ex-presidente e pelo ministro Gilmar Mendes,
entre outras sombras do STF — e esse conjunto de ódios, com toda
certeza, só pode depor a favor do procurador. No final do ano, essa impressão
se confirmou. O corregedor nacional do Ministério Público mandou arquivar, de
uma vez só, todas as cinco denúncias que haviam sido apresentadas contra ele
por seus adversários no Conselho Nacional do MP. Não viu, em nenhuma
delas, a menor razão objetiva para se fazer qualquer tipo de procedimento
contra o acusador da Lava-Jato.
Voltando a Verdevaldo
das Couves, sumo pontífice do site panfletário The Intercept — que, a
pretexto de travar uma cruzada contra supostos abusos da Lava-Jato, vem
fazendo o diabo para assassinar a reputação de Moro, Dallagnol e outros
membros da força-tarefa —, uma nova polêmica ganhou vulto depois que o MPF
denunciou o “jornalista” e outros seis investigados no âmbito da Operação
Spoofing, que apura o hackeamento de celulares e roubo de mensagens de autoridades
brasileiras (entre as quais procuradores da Lava-Jato e o então juiz federal
Sérgio Moro).
Em agosto de 2019,
uma liminar concedida por Gilmar Mendes proibiu que Greenwald
fosse investigado. Na denúncia, o procurador federal Wellington Divino Marques de Oliveira afirma que a decisão criou uma espécie de imunidade especial e material jure et de jure, uma presunção absoluta de inocência, garantindo um “salvo conduto” ao réu de ser investigado’. E ressaltou em letras maiúsculas: “NÃO HOUVE INVESTIGAÇÃO. NÃO SE DESCUMPRIU A DECISÃO. O presente inquérito policial cumpriu as determinações contidas na Medida Cautelar proferida na APDF nº 601 porém, no material decorrente das medidas de busca e apreensão, autorizadas pelo Juízo da 10ª Vara Federal do Distrito Federal foi possível identificar um áudio que ilustra a atuação do jornalista Glenn Greenwald no caso e indica sua participação direta na conduta criminosa”.
Observação: A análise de um computador apreendido com autorização da Justiça revelou um diálogo entre Verdevaldo e um membro da quadrilha de hackers indica que as invasões e monitoramentos das comunicações telefônicas continuavam em curso. O arquivo de áudio deixa claro que o criminoso pediu orientações sobre a possibilidade de baixar o conteúdo de contas do Telegram de outras pessoas antes da publicação das matérias pelo site The Intercept, e que Glenn o aconselhou a apagar as mensagens já repassadas, de forma a evitar que o grupo fosse ligado ao material ilícito, o que, segundo o procurador, significa que auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante as invasões aos dispositivos, e que essa conduta constitui participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos.
Observação: A análise de um computador apreendido com autorização da Justiça revelou um diálogo entre Verdevaldo e um membro da quadrilha de hackers indica que as invasões e monitoramentos das comunicações telefônicas continuavam em curso. O arquivo de áudio deixa claro que o criminoso pediu orientações sobre a possibilidade de baixar o conteúdo de contas do Telegram de outras pessoas antes da publicação das matérias pelo site The Intercept, e que Glenn o aconselhou a apagar as mensagens já repassadas, de forma a evitar que o grupo fosse ligado ao material ilícito, o que, segundo o procurador, significa que auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante as invasões aos dispositivos, e que essa conduta constitui participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos.
A denúncia relata
ainda que o bando executava crimes cibernéticos mediante invasão de
dispositivos informáticos, lavagem de dinheiro e fraudes bancárias, o que não é
explorado na peça em questão, que faz a menção somente para caracterizar o objetivo
dos envolvidos e explicar as suas ligações (conforme o MPF, uma ação
penal a ser apresentada mais adiante tratará desses crimes).
Em sua conta no Twitter,
o panfletário proselitista ora denunciado publicou uma nota repudiando as
acusações — que seu advogado classifica de “expediente tosco que desrespeita a
autoridade da medida cautelar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em
defesa de seu cliente”. A OAB, atualmente presidida pelo esquerdista de
quatro-costados Felipe Santa Cruz, emitiu nota denunciando a
criminalização da "mera divulgação de informações", o que, segundo
ele, põe em risco à liberdade de imprensa. Em contrapartida, o secretário de
Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da república, Aílton Benedito,
defendeu a legalidade da denúncia contra o jornalista. “O HC que lhe foi
concedido pelo STF é bastante claro para quem quer ler e promover a
verdade. O sujeito só não podia ser investigado por mera divulgação de fato que
lhe chegara ao conhecimento. A decisão não o protege de ser denunciado pela
participação nas próprias violações”, escreveu Benedito no Twitter.
Como tudo que até
pouco tempo atrás acabava em pizza agora vai parar no STF, que virou uma
espécie de curva de rio, alguns togados boquirrotos, ávidos pelas luzes da
ribalta, vêm palpitaram sobre o caso, e como não falam a mesma língua, as
opiniões são as mais diversas. Bolsonaro e filhos também se
pronunciaram, a exemplo de Rodrigo Maia — o célebre Botafogo das
planilhas do departamento de propinas de Odebrecht — e outras maritacas
de plantão que não vou citar para não estender desnecessariamente esta
postagem. Para saber mais sobre a polêmica e formar sua própria opinião,
assista aos clipes de vídeo a seguir: