NUNCA
ATRIBUA A MÁS INTENÇÕES O QUE É DEVIDAMENTE EXPLICADO PELA BURRICE.
Segundo o filósofo
inglês Thomas Hobbes, o homem é essencialmente mau, e talvez
por isso — ou também por isso — os programadores “do mal” não demoraram a
incluir em seus códigos instruções para apagar dados, inviabilizar a execução
de aplicativos, sobrescrever os arquivos gravados no disco rígido, e por aí
afora. Mas foi quando os crackers (hackers “do mal”) se deram conta do
potencial dos "vírus" como “ferramenta de trabalho” que a porca realmente
torceu o rabo.
De meros aborrecimentos (que, na pior das hipóteses, exigiam
a formatação do drive de HD e reinstalação do sistema), os programinhas
maliciosos forma promovidos a instrumentos usados pelos cibervigaristas para aplicar golpes virtuais. E no tempo que o diabo leva para piscar um olho, o número de
vírus, trojans (cavalos de Troia), worms, spywares, keyloggers, stealths, rootkits, bots,
etc. passou da casa das centenas para a dos milhões.
Diante da diversidade de objetivos e modus operandi das pragas, cunhou-se o termo MALWARE (de MALicious softWARE) para designar tanto os vírus
quanto os códigos maliciosos que não se enquadram nessa categoria — para ser
classificado como tal, o programinha precisa de um hospedeiro, deve ser capaz de
criar cópias de si mesmo, ocultar-se (para dificultar sua remoção) e infectar
outros computadores.
Velhos vícios e maus hábitos são difíceis de erradicar, daí muita gente continuar tratando por vírus qualquer praga digital ― e não
só os leigos, mas também blogs, sites e até publicações impressas que tratam de
informática.
A título de ilustração, o worm
age de forma semelhante e é tão perigoso quanto o vírus, mas dispensa o hospedeiro para se autorreplicar. Seus
propósitos variam conforme os desígnios de quem o criou, conquanto consistam
geralmente em se propagar para outras máquinas, danificar arquivos ou copiá-los
e despachá-los por email para o “pai da criança”, que dispõe do respectivo
módulo cliente.
Continua...