quarta-feira, 15 de abril de 2020

AUMENTO DO HOME OFFICE — BISBILHOTEIROS E CIBERCRIMINOSOS EM AÇÃO — ALERTA DA PF


PAÍS QUE TEM BOLSONARO NA PRESIDÊNCIA NÃO PRECISA DE OPOSIÇÃO.

Câmeras, roteadores, gravadores de vídeo e dispositivos de captação de imagens, quando conectados à Internet, podem ser invadidos e permitir o vazamento de dados. Por essa razão, eles estão constantemente na mira dos cibercriminosos.

Lembro-me de ter comentado há alguns anos que a preocupação com esse tipo de ameaça aumentou exponencialmente depois que uma foto de Mark Zuckerberg, com a câmera de seu note coberta por fita adesiva, viralizou na Web. Volto agora ao assunto devido ao fato de que o afastamento social imposto pela Covid-19 potencializou os riscos, seja pelo aumento exponencial do uso do Home Office, seja porque, para preencher o tempo e minimizar os nefastos efeitos psicológicos do isolamento, mais usuários de PCs, tablets e smartphones vêm recorrendo à Web.

Depois de ter registrado 141 invasões em 35 município, a Polícia Federal passou a recomendar em seu site que se faça um check-up de segurança digital em câmeras IP e babás eletrônicas, pois esses dispositivos possuem ligação com a rede (cabeada ou Wi-Fi) para transmitir imagens pela internet. No geral, os cuidados requeridos são os mesmos de qualquer equipamento conectado à Web — como o computador ou celular. Mas recomenda-se a usuários menos experientes procurar técnicos especializados para proceder à instalação e configuração desses equipamentos, já que a tecnologia padronizada, que ajuda a facilitar o uso e a combinação de produtos de vários fabricantes, também pode ser aproveitada por invasores, que se valem das semelhanças no comportamento dos dispositivos para desfechar seus ataques.

Em suma, as sugestões da PF são as seguintes:

1.Verificar junto ao fabricante a existência de atualizações que corrijam algum problema de segurança. Essas atualizações são disponibilizadas na modalidade de "firmware" e podem necessitar de passos específicos (não há atualização automática).

2.Verificar se a câmera possui acesso externo e desativá-lo. Essa configuração permite que as imagens da câmera sejam visualizadas fora de casa ou da rede da empresa, mas pode expor o equipamento a invasores. A configuração normalmente é realizada no modem/roteador de internet, com o ajuste de "DMZ" ou "redirecionamento de porta".

3.Trocar as senhas configuradas de fábrica e verificar se outros usuários estão configurados com acesso. A PF alerta que algumas câmeras possuem senhas de manutenção que podem ser usadas por invasores sem o conhecimento do usuário.

4.Caso o dono identifique que a câmera possui uma falha de segurança e não haja atualização disponível, recomenda-se descontinuar o uso do equipamento.
Em caso de dificuldade para realizar alguma dessas etapas, o usuário deve procurar auxílio de um técnico.

A Polícia Federal explicou que os responsáveis por essas invasões estão utilizando espaços na Deep Web (rede criptografada e descentralizada que tenta dificultar a atuação das autoridades) para compartilhar informações dos métodos e imagens capturadas pelos dispositivos invasivos, razão pela qual as vítimas podem não encontrar imagens de suas câmeras na internet regular, mas o conteúdo continuará circulando entre os criminosos (para saber mais sobre a Deep Web, reveja esta postagem e sua continuação.

Lembrem-se: Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.