segunda-feira, 27 de abril de 2020

HOME OFFICE E AFASTAMENTO SOCIAL MAIS TEMPO ONLINE POTENCIALIZA RISCOS DE VÍRUS E CIBERATAQUES (PARTE 7)

BOLO DE CARNE É DESCULPA PRA QUEM QUER COMER UM HAMBÚRGUER GIGANTESCO SEM PÃO.

Uma prática muito comum entre os cibercriminosos é o uso de dispositivos de terceiros para a mineração de criptomoedas. Esse procedimento impacta o desempenho do aparelho, de modo que e é comum os atacantes espalharem programas falsos em vários computadores para realizar essa mineração sem que as vítimas deem conta.

Nesse caso, estão em risco tanto usuários de PCs quanto de smartphones, pois a bandidagem também se vale de dispositivos móveis (à revelia dos donos do aparelhos) que tenham alta capacidade de processamento. A infecção se dá pelos métodos convencionais, como um app falso, um link malicioso em uma mensagem ou em um e-mail, uma página na web que oferece o download, e por aí vai. Uma vez instalado, o malware permanece em execução em segundo plano para minerar criptomoedas. O uso intenso dos recursos de hardware do aparelho pode despertar suspeitas no usuário, não só pela queda de performance, mas também por um aquecimento anormal do telefone e redução significativa da autonomia da bateria.

ObservaçãoPara não cair nesse tipo de golpe, fique esperto com os links que você recebe por e-mail e atente para o tipo de informação está sendo solicitada e se é necessário realizar algum tipo de login. Observe ainda como a mensagem foi redigida, pois as legítimas não devem ser mal escritas nem conter erros de ortografia e gramática, que são muito comuns nas falsas.

Smartphones podem acessar a Web tanto pela rede 3G/4G da operadora quanto via compartilhamento do sinal de um roteador Wi-Fi, que hoje em dia quase todo mundo tem em casa — foi-se o tempo do “computador da família” e da conexão discada, que era disputada a tapa por pai, mãe, filhos, cachorro gato e papagaio, sobretudo nos finais de semana, quando a cobrança do pulso telefônico era diferenciada.

Como os planos de dados mais acessível costuma ser bastante limitados, muita gente recorre ao Wi-Fi não só em casa, mas também em lojas, aeroportos, restaurantes, hipermercados etc. —, o que aumenta expressivamente riscos de invasão e infecção. Lembre-se: comodidade não combina com segurança, e redes abertas são cômodas, mas nada confiáveis. Basta estar no lugar certo na hora certa e contar com os programas certos para "escutar" o tráfego de pessoas conectadas e interceptar dados pessoais, redirecionar a conexão para páginas maliciosa e outras maracutaias, e, sem que a vítima se dê conta, capturar suas senhas e outros dados pessoais.

Portanto, a recomendação é evitar redes públicas, mesmo as protegidas por senha (já que basta pedir os dados de login ao garçom, à recepcionista do médico ou do dentista, digitar e começar a navegar. Para minimizar os riscos, acesse essas redes usando um serviço de VPN (sigla de rede privada virtual, em inglês), que proporciona maior segurança no tráfego de dados, embora acarrete sensível lentidão na navegação. No final das contas, nada é perfeito.

Por último, mas não menos importante: a tão esperada chegada do 5G promete mudar totalmente a forma e a velocidade das redes móveis no Brasil. A nova arquitetura promete ser até 100 vezes mais rápida que o 4G, mas ainda não ficou bem claro o impacto que ela terá na segurança. Além disso, a expansão de acesso à rede móvel — que é um dos principais objetivos do 5G — deve propiciar um aumento considerável na quantidade de dispositivos que a compartilharão, e o crescimento no volume de dados pode ajudar a bandidagem a mascarar ataques.

Continua...