Retomando do ponto onde paramos:
Novos aperfeiçoamentos foram surgindo ao longo dos anos. Com a virada do século, os sistemas passaram a executar correções, atualizações e outras tarefas de forma automática, facilitando a vida do usuário doméstico e dos administradores de rede. Para além da evolução do hardware — que, dentre outras coisas, trouxe processadores de 64 bits e multicore —, surgiram os sistemas operacionais para dispositivos móveis e com suporte a redes sem fio, além dos sistemas que se configuram na nuvem e rodam diretamente no navegador, reduzindo o custo dos computadores por serem menos exigentes no que tange ao hardware, que, no médio prazo tendem a ser o futuro da computação pessoal.
Observação: No alvorecer da computação pessoal, os processadores eram de 16-bit. Para entender melhor, primeiro é preciso dizer que essa grandeza remete ao tamanho dos registradores da CPU. Colocando a coisa de forma bem simples, o “registro” do chip é o “local onde ele armazena os ‘endereços’ dos dados que precisa acessar para processar os dados”. Na arquitetura de 16-bit, a capacidade dos chips é limitada a 65.539 “endereços diferentes”, ao passo que na de 32-bit, que se tornou padrão no final do século passado, essa capacidade aumentou para respeitáveis 232, que corresponde a 4.294.967.295 endereços. Já os chips de 64-bit são capazes de gerenciar 264 endereços, que correspondem, na base decimal, a mais de 18 quintilhões (ou 18.446.744.073.709.551.616, para ser exato).
Os sistemas operacionais na nuvem estão se popularizando, e mesmo quem não os utiliza já pode usufruir da liberdade oferecida por este tipo de computação. Para quem deseja driblar as impossibilidades do armazenamento local, a Google lançou em 2009 o sistema operacional Chrome OS, baseado em recursos armazenados online. De aplicativos a arquivos acessados, nada fica na máquina — para serem acessados, basta uma conexão com a internet.
Explicando melhor: Um computador operando totalmente em nuvem seria uma espécie de terminal físico, sem dependência de um disco rígido, que buscaria na nuvem todo o material necessário para funcionar: programas, arquivos e até comandos básicos de controle. Seria como se ele fosse um enorme navegador. Os códigos do sistema operacional ficariam armazenados na nuvem e precisariam de um software pequeno, como um navegador, para iniciar e se conectar à Internet.
A grande vantagem é o preço, pois esse modelo dispensa configuração de hardware robusta, como a que é exigida para rodar localmente softwares pesados. Demais disso, ao ser atualizado na nuvem, o sistema tem suas modificações disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os usuários. Isso sem mencionar que equipes especializadas monitoram os sistemas 24 horas por dia, sete dias por semana, garantindo segurança e estabilidade das funcionalidades.
Para o usuário, pouca coisa muda, já que a sensação é a de estar acessando softwares locais. Aliás, a maioria de nós já usa diversos serviços baseados na nuvem, como Google Docs, Dropbox, Windows Live Hotmail etc., combinados com serviços de computação local (softwares instalados na máquina, armazenados no HDD ou SSD do computador).