segunda-feira, 2 de agosto de 2021

CERCA DE 90% DAS MENSAGENS FRAUDULENTAS SÃO DISSEMINADAS VIA WHATSAPP

QUEM TEM DOIS TEM UM; QUEM TEM UM NÃO TEM NENHUM

Dados anônimos enviados de forma voluntária por clientes da Kaspersky Internet Security for Android dão conta de que os apps mais utilizados em golpes de phishing entre dezembro de 2020 e maio de 2021 foram o WhatsApp, com 89,6%, o Telegram, com 5,7%, e o Viber, com 4,9, e os países que mais registraram bloqueios de phishing foram a Rússia (46%), o Brasil (15%) e a Índia (7%).

Aplicativos de troca de mensagens ultrapassaram as redes sociais em 20% em termos de popularidade (com quase 3 bilhões de usuários em todo o mundo). De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, o WhatsApp está presente me 98% dos smartphones em uso no Brasil e, para piorar, três de cada dez brasileiros não sabem reconhecer uma mensagem falsa

No léxico da informática, o termo phishing (pescaria) designa uma modalidade de fraude mediante a qual os golpistas exploraram a curiosidade, a inocência ou a ganância das vítimas em potencial — técnica conhecida como engenharia social. As mensagens fraudulentas mais comuns envolvem notificações falsas de órgãos públicos — SPC/Serasa, Receita Federal, Justiça Eleitoral etc. — ou de operadoras de telefonia, TV por assinatura, bancos, administradoras de cartões de crédito e por aí afora. Em outras palavras, trata-se do velho conto do vigário adaptado ao universo digital.

Para minimizar os riscos de ser pego no contrapé, a Kaspersky recomenda desconfiar de qualquer oferta de produtos com preços muito abaixo dos que são praticados no mercado; atentar para erros ortográfico-gramaticais no texto das mensagens e possíveis irregularidades nos links.

Caso você receba um link pelo WhatsApp — ou outro aplicativo similar — não clique sem antes fazer uma busca na Web. Se o (suposto) remetente for um de seus contatos e a mensagem envolver um pedido de empréstimo, jamais transfira o dinheiro ou atenda qualquer outro pedido sem confirmar por telefone (ou outro meio que não seja o próprio WhatsApp) se a mensagem foi realmente enviada pelo seu contato, já que a conta pode ter sido roubada.

Para aprimorar a segurança no WhatsApp, habilite a dupla camada de autenticação. Assim, mesmo que o golpista obtenha o código de ativação a conta, ele só conseguirá transferi-la para o próprio aparelho se dispuser também da senha de seis dígitos (que é definida pelo próprio usuário no momento da ativação do recurso), mas tenha em mente que, apesar de dificultar o roubo da conta, a dupla autenticação nem sempre evita que a fraude ocorra, pois a bandidagem se vale da engenharia social (sempre ela) para obter a senha definida pelo usuário.

No Android, abra o menu do WhatsApp tocando no ícone dos três pontinhos (no canto superior direito da tela) e toque em Configurações > Conta. No menu que será exibido em seguida, selecione a opção Verificação em duas etapas, ative-a, digite uma senha (PIN) de seis dígitos e confirme na tela seguinte. Por fim, adicione um endereço de email de segurança.

Observação: Vincular um email à conta do WhatsApp representa uma garantia a mais quando você for registrar o número em outro aparelho. Além disso, se você esquecer os números que escolheu para o PIN, poderá utilizar esse email para receber um código que lhe dará acesso ao aplicativo.

No iOS, abra o WhatsApp em seu iPhone e, na barra inferior, toque em Ajustes, vá em Conta, selecione Verificação em duas etapas, toque em Ativar, digite o PIN, confirme e informe o email de segurança.  

Por último, mas não menos importante, instale uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Internet Security for Android, que pode ser avaliado gratuitamente por 30 dias — e está disponível também para PCs com sistema operacional Windows.