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Todo mundo sabe que navegar na Web está mais para um safári que para um passeio no parque, mas muita gente continua caindo nos contos do vigário.
A vigarice sempre existiu, mas assumiu
novos contornos depois que as redes sociais passaram a controlar a mídia,
promovendo idiotas a portadores da verdade e dando voz a imbecis. Daí o perigo
das fake news.
Endereços que divulgam fake news atraem cada vez mais internautas em todo o mundo. A tática é simples: eles publicam “notícias”
polêmicas, que supostamente tratam de temas de interesse público, para envolver
os leitores. Quando as vítimas chegam à página, são levadas a clicar em links
maliciosos, que as expõem a malwares e vírus.
Muitos links maliciosos que levam a sites espúrios chegam
por email ou mensagens de WhatsApp. Você já deve ter recebido uma
excelente oferta de negócio, uma ameaça de suspensão de algum direito ou a
promessa de facilitar o acesso a alguma operação. Se essa mensagem vier com um
link, não clique: é bem provável que se trate de phishing —
tática que induz o usuário a clicar em links que podem revelar suas informações
pessoais.
Se a mensagem for de um desconhecido, nem abra. Se
abrir, ignore links contidos nela. Se ela for de fonte confiável, mas tiver
título suspeito, entre em contato como remetente — em uma mensagem separada —
para saber se realmente foi ele quem enviou o link.
Outro fator a ser observado é o aspecto do link.
Se for muito longo e tiver uma sequência aleatória de palavras ou letras, é
provável que seja uma tentativa de golpe. Para saber se um link é
"legítimo" (seja um link que você recebeu por mensagem, seja um
endereço que você encontrou em um mecanismo de busca), observe primeiramente se
há erros de ortografia — se sim, duvide da autenticidade da página. Se o link
tiver vindo em uma mensagem que oferece um produto, verifique se a oferta é
válida antes de clicar. Lembre-se: se parece bom demais para ser verdade,
provavelmente é um golpe. E se for uma URL
encurtada e não for possível verificar se ela é genuína, procure o
pequeno cadeado no começo do endereço (antes do “https”). Ao menor sinal
de dúvida, não arrisque.
E, se houver pop-ups na página, cuidado: alguns são
legítimos, mas a maioria é tentativa de phishing. Para navegar com o
mínimo possível de riscos, é importante saber identificar ações de phishing.
Atente para os detalhes: se um amigo sempre assina seus e-mails com
"Obrigado!", por exemplo, e dessa vez escreveu “Atenciosamente”, é
melhor checar. Demais disso, não forneça informações confidenciais e pessoais
em sites que não conhece ou nos quais não confia. E mais: dados de cartão de
crédito só devem ser compartilhados com empresas comprovadamente idôneas.
Antes de concluir este post, vale lembrar que datas
específicas — como Natal, Dia das Mães etc. — estimulam a cibervigarice. A
Black Friday deste ano — a primeira com Pix — está marcada para 26 de
novembro, mas muitas promoções já estão sendo divulgadas pelos comerciantes em
lojas físicas e online. Para não cair no conto da black fraude (tudo
pela metade do dobro do preço), convém pôr as barbichas de molho.
Mais de 50% das lojas online brasileiras oferecem o Pix
como alternativa de pagamento. Em janeiro, esse percentual era de 17%. O
sistema ocupa a terceira posição entre os meios de pagamento mais utilizados
pelos brasileiros, empatado com as carteiras digitais. Na liderança estão o
cartão de crédito (98,3%) e o boleto (83,0%).
Pagamentos via Pix têm menor chance de fraude, já
que o cliente não fornece dados bancários. As fraudes visam com maior
frequência pagamentos por cartão de crédito: em muitos casos, o fraudador seduz
o consumidor oferecendo uma promoção fora do padrão do mercado para roubar seus
dados pessoais. E lembre-se de que o cadastro de chaves Pix deve ser
feito exclusivamente pelos sites e/ou aplicativos do banco do cliente.
Além disso:
- Priorize uma rede privada: redes
gratuitas podem não ser protegidas;
- Veja se o site é seguro:
certifique-se de que está fazendo a compra em uma página segura, ao checar
a presença de um cadeado ao lado do link;
- Tenha uma suíte de
"Internet Security": ela pode detectar sites que
contenham arquivos maliciosos;
- Cuidado com as senhas:
use uma para cada cadastro;
- Proteja seu cartão de crédito:
desabilite a opção de salvar os dados do cartão no site de compra e, se
possível, utilize o cartão virtual;
- Formas de pagamento: desconfie
de lojas que aceitam apenas transferência ou boleto;
- Mensagens de ‘phishing’: verifique
o endereço antes de clicar em links recebidos; priorize a página oficial
da loja;
- Promoções em redes sociais: cuidado
com possíveis páginas falsas, que visam roubar dados;
- Lojas menores: dê
preferência às que possuem algum sistema de pagamento como intermediário;
- Sites de reclamações:
verifique a confiabilidade das lojas em sites de reclamações, como o Reclame Aqui e o Procon.