AOS 40, VOCÊ ESPERA PELOS 50, E AOS 50, PELOS 60. MAS OS 30 MARCAM O FIM DA JUVENTUDE E OS 40, O MOMENTO EM QUE VOCÊ PARA DE SE ENGANAR.
Já falamos sobre VPNs aqui no Blog, mas a relevância do tema recomenda revisitá-lo de tempos em tempos. Dito isso, começo por relembrar que as Virtual Private Network são redes virtuais privadas que criptografam os dados e redirecionam o tráfego através de servidores espalhados mundo afora, impedindo que os sites visitados registrem nosso endereço de IP (protocolo de internet). Em outras palavras, elas ajudam a nos proteger de tentativas locais de rastreamento e hacks.
A maioria das VPNs oferece diversas opções de
localização, permitindo inclusive, contornar restrições geográficas — alguns
provedores de conteúdo restringem o acesso em determinadas regiões, como é o
caso da Netflix, que muda o cardápio de títulos conforme a localização
geográfica dos assinantes —, o que ajuda também a contornar a censura de conteúdo imposta em alguns países (e a lista não para de crescer).
Observação: Governos e Provedores de Serviços
de Internet que não primam pela lisura costumam monitorar a
navegação dos internautas e, no caso dos ISPs, vender
os históricos de navegação para agências de publicidade e
marketing e publicidade.
Numa conexão "normal", o computador roteia
a solicitação através do servido ISP, que então o conecta ao site; numa conexão
VPN, o computador se conecta diretamente ao servidor da VPN, ignorando o
servidor ISP. Guardadas as devidas diferenças, isso funciona mais ou menos como
um firewall, que protege a conexão por meio de servidores privados e fluxos de
dados criptografados.
Na conexão VPN, todos os dados que enviamos e
recebemos são criptografados. Quando fazermos uma compra online, por exemplo,
as informações do cartão de crédito precisam ser passadas à loja; quando
acessamos nosso provedor de webmail, nossas credenciais de login são enviadas ao servidor para autenticação. Assim, se alguém tentar interceptar
esses dados, a criptografia os manterá seguros (ou mais seguros do que eles estariam se trafegassem sem criptografia).
Um endereço IP com VPN e um tráfego
criptografado não bastam para impedir o restreamento, embora o dificultem sobremaneira. Mas é bom ter em mente que, para além do endereço IP, outras técnicas de rastreamento
incluem o doxing, uso de malware, engenharia
social e por aí vai. Para quem realmente se importa com privacidade, o ideal é usar uma VPN
combinada com um navegador anônimo, como o TOR, e tomar muito cuidado com o que faz online, especialmente no que tante ao compartilhamento de
informações.