quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

VPN — EM RIO QUE TEM PIRANHA JACARÉ NADA DE COSTAS

AOS 40, VOCÊ ESPERA PELOS 50, E AOS 50, PELOS 60. MAS OS 30 MARCAM O FIM DA JUVENTUDE E OS 40, O MOMENTO EM QUE VOCÊ PARA DE SE ENGANAR.

Já falamos sobre VPNs aqui no Blog, mas a relevância do tema recomenda revisitá-lo de tempos em tempos. Dito isso, começo por relembrar que as Virtual Private Network são redes virtuais privadas que criptografam os dados e redirecionam o tráfego através de servidores espalhados mundo afora, impedindo que os sites visitados registrem nosso endereço de IP (protocolo de internet). Em outras palavras, elas ajudam a nos proteger de tentativas locais de rastreamento e hacks.

A maioria das VPNs oferece diversas opções de localização, permitindo inclusive, contornar restrições geográficas — alguns provedores de conteúdo restringem o acesso em determinadas regiões, como é o caso da Netflix, que muda o cardápio de títulos conforme a localização geográfica dos assinantes —, o que ajuda também a contornar a censura de conteúdo imposta em alguns países (e a lista não para de crescer).

Observação: Governos e Provedores de Serviços de Internet que não primam pela lisura costumam monitorar a navegação dos internautas e, no caso dos ISPs, vender os históricos de navegação para agências de publicidade e marketing e publicidade.

Numa conexão "normal", o computador roteia a solicitação através do servido ISP, que então o conecta ao site; numa conexão VPN, o computador se conecta diretamente ao servidor da VPN, ignorando o servidor ISP. Guardadas as devidas diferenças, isso funciona mais ou menos como um firewall, que protege a conexão por meio de servidores privados e fluxos de dados criptografados.

Na conexão VPN, todos os dados que enviamos e recebemos são criptografados. Quando fazermos uma compra online, por exemplo, as informações do cartão de crédito precisam ser passadas à loja; quando acessamos nosso provedor de webmail, nossas credenciais de login são enviadas ao servidor para autenticação. Assim, se alguém tentar interceptar esses dados, a criptografia os manterá seguros (ou mais seguros do que eles estariam se trafegassem sem criptografia).

Um endereço IP com VPN e um tráfego criptografado não bastam para impedir o restreamento, embora o dificultem sobremaneira. Mas é bom ter em mente que, para além do endereço IP, outras técnicas de rastreamento incluem o doxing, uso de malwareengenharia social e por aí vai. Para quem realmente se importa com privacidade, o ideal é usar uma VPN combinada com um navegador anônimo, como o TOR, e tomar muito cuidado com o que faz online, especialmente no que tante ao compartilhamento de informações.

Continua...