Depois que o primeiro exoplaneta foi descoberto, há cerca de 30 anos, milhares deles foram sendo observados orbitando não apenas “sóis” semelhantes ao nosso, mas também anãs vermelhas e estrelas de nêutrons ultradensas. No começo deste ano, a Nasa anunciou que TESS identificou mais de cinco mil candidatos a exoplanetas — que agora já passam de oito mil, dos quais cerca de 5 mil foram confirmados.
Há desde mundos pequenos e rochosos, como a Terra, a gigantes gasosos maiores que Júpiter. Há também os assim chamados “Júpiteres quentes”, “superterras” — planetas rochosos maiores que a Terra — e "mininetunos" — versões menores que o "nosso" Netuno. Existem ainda astros que orbitam duas estrelas ao mesmo tempo e até corpos planetários que giram em torno de restos colapsados de estrelas mortas. Tudo somado e subtraído, há centenas de bilhões de "mundos novos" somente na Via Láctea, sobre os quais quase nada sabemos.
Observação: Um exoplaneta gasoso descoberto em 2015 a 880 anos-luz da Terra se encaixa na categoria denominada “Júpiter quente” — uma classe de corpos celestes com semelhanças físicas com Júpiter, mas que orbitam muito mais próximos de suas estrelas (daí, sua natureza “quente”). Sua atmosfera noturna parece ter uma série de características estranhas e notáveis, incluindo nuvens de metal e chuva feita do que poderia ser pedras preciosas liquefeitas.
Na verdade, quase nada se sabe dos demais planetas que compõem nosso sistema solar, mas sabe-se que, ao contrário de Júpiter e Saturno, os gasosos Urano e Netuno se destacam pelas “chuvas de diamantes” (que foram observadas a partir de informações envidas pela sonda Voyager 2).
Observação: Com lançamento previsto para 2027, o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman fará novas descobertas de exoplanetas usando uma variedade de métodos. A Missão ARIEL, da Agência Espacial Europeia, cujo lançamento está previsto para 2029, observará atmosferas de exoplanetas se concentrando em suas nuvens e neblinas.
Em meados do século passado, durante um conversa descontraída com alguns colegas, o físico italiano Enrico Fermi levantou a seguinte questão: "Onde está todo mundo?" Considerando que existe um número astronômico (sem trocadilho) de estrelas somente na Via Láctea, e que muitas delas constituem "sistemas solares", não se pode descartar a possibilidade de alguns desses exoplanetas reunirem condições que propiciem o surgimento de vida e de essa vida evoluir para formas inteligentes e tecnológicas.
Se formos um pouco mais além e consideramos que algumas hipotéticas civilizações sejam mais desenvolvidas que a nossa, como negar a possiblidade de extraterrestres viajarem pelo cosmos em busca de outros mundos? O surgimento de vida (da forma como a conhecemos) é um processo complexo, que precisa superar inúmeras barreiras, sobretudo quanto tomamos a Terra como exemplo de "planeta habitável típico".
Por outro lado, se outras civilizações alcançaram um estágio de desenvolvimento semelhante ao nosso, por que não conseguimos detectar sinais de rádio ou de outro tipo de tecnologia alienígena avançada, como os que somos capazes de produzir?