segunda-feira, 5 de setembro de 2022

DE VOLTA AO CARREGADOR TURBO

CONSTRUÍMOS MUROS DE MAIS E PONTES DE MENOS.

O lançamento do iPhone (2007) transformou telefones sem fio de longo alcance em computadores pessoais ultraportáteis. 

Atualmente, há mais smartphones do que habitantes no Brasil, e 10% da população sofre de “nomofobia”, daí os usuários (não só os nomofóbicos) darem mais importância à autonomia e à vida útil da bateria do que às demais características do aparelho. Mas nem mesmo os poderosos modelos de 6.000 mAh livram heavy users de um “pit stop” entre as recargas completas.

A potência do carregador e expressa em watts (W). Multiplicando-se a tensão (ou voltagem, que corresponde à força da corrente elétrica) pela amperagem (ou corrente, que é a quantidade de eletricidade que flui entre a bateria e o dispositivo), chega-se à potência nominal, que, na maioria dos celulares é de 12 W (5V/2,4A).

É possível abreviar o tempo de recarga usando um "carregador turbo" lembrando que o dispositivo precisa de um circuito de carga capaz de usar um dos padrões de carregamento rápido para essa mágica acontecer. Carregadores turbo chegam a ser até dez vezes mais potentes que os convencionais, e não costuma haver problema em utilizá-lo com um celular que veio acompanhado de um modelo convencional, desde que a potencia do acessório não supere o limite suportado pelo aparelho (consulte o manual do usuário).

Ao contrário das baterias de níquel-cádmio (usadas na pré-história da telefonia celular), dispositivos à base de Li-Ion ou de Li-Po não estão sujeitos ao "efeito memória". Mesmo assim, os especialistas recomendam recarregá-los quando o indicador atinge 20% e interromper a recarga aos 80%. Mas vale destacar que carregadores de boa qualidade reduzem a potência na fase final da recarga e interrompem a passagem de corrente quando a bateria está totalmente carregada.

Em tese, não há problema em deixar o smartphone na carga durante toda a noite, mas desde que a bateria e o carregador sejam originais ou homologados pelo fabricante do aparelho. Também não há problema em esquecer o carregador plugado à tomada depois de desconectar o celular, mas não há motivo para fazer disso um hábito.

Observação: O Brasil é o segundo colocado na ranking dos países nos quais o consumidor paga mais caro pela energia elétrica (segundo dados da Abrace, o custo de 200 kWh mensais corresponde a 34,2% da renda per capita familiar). Mesmo assim, deixar o carregador pendurado na tomada gera um custo adicional R$ 0,08/mês na conta de energia, de acordo com o Mestre e Professor de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia Alessandro de Oliveira Santos.