segunda-feira, 15 de abril de 2024

SUTILEZAS ESTARRECEDORAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (PARTE 3)

QUANTO MAIS ESCURA A NOITE, MAIS BRILHANTES AS ESTRELAS.


A maioria formada no STF pra mudar as regras sobre o foro privilegiado chega tarde, mas a tempo de fechar na cara de Bolsonaro e do alto-comando do golpe a porta do elevador que conduz ações criminais do Supremo para a 1ª instância e mandar para o beleléu a tese da defesa segundo a qual os inquéritos contra o ex-inquilino do Planalto deveriam descer para a primeira instância porque ele já não é presidente. Rápido no gatilho, o ainda imperador da Câmara sinalizou a intenção de levar a voto a PEC que transfere processos contra parlamentares para os Tribunais Regionais Federais, para o STJ ou para o primeiro grau, o que for menos inconveniente para suas insolências. Esse ambiente evoca o auge da Lava-Jato, quando o então senador Romero Jucá declarou: "Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada." Triste Brasil.


Conversar com um robô que se expressa com a desenvoltura de um ser humano e não ver que por trás disso existe uma "mente eletrônica" é negar o óbvio. Sem embargo das limitações da tecnologia atual (vale a pena assistir à entrevista que o professor de robótica Fernando Osório concedeu ao Fantástico), a inteligência artificial vem evoluindo a olhos vistos, e o que vale hoje pode não valer amanhã. 
 
Os Fusca, Brasília, Chevette, Corcel, Fiat 147 e outras jabiracas dos anos 1980 custavam os olhos da cara e ofereciam pouco em termos de conforto e desempenho. Mesmo os motorzões dos Maverick V8, Opala 4.1 e Charger RT produziam toque, potência e desempenho que modelos 1.0 turboalimentados atuais igualam com pé nas costas (mais informações sobre motores do ciclo Otto, potência e torque na sequência que começa nesta postagem). 
 
Com o fim da reserva e mercado e reabertura das importação, até os ditos "carros populares" ganharam injeção eletrônica, freios ABS, vidros e travas elétricas, ar-condicionado digital e outros mimos impensáveis no tempo das "carroças" da era pré-Collor. Já os veículos autônomos de última geração traçam rotas dinâmicas com base nas condições de tráfego, mudam de faixa e fazem ultrapassagens com segurança, identificam buracos, obras na pista e outros obstáculos e reagem às mais diversas situações inesperadas,  mas mesmo o mais avançado deles está anos-luz distante do K.I.T.T. ainda, porque não há nada como o tempo para passar e a tecnologia para evoluir.

Observação: Para os mais novos e menos antenados, refiro-me ao Pontiac TransAM do seriado A Super Máquina (exibido entre 1982 e 1986), que era dotado de supervelocidade, invisibilidade, indestrutibilidade e uma inteligência artificial que lhe dava vida própria e capacidade de conversar como um ser humano. 

Agora, a pergunta que não quer calar: ser cortês com chatbots — ou seja, com máquinas dotadas de inteligência artificial — faz alguma diferença? Antes de tentar responder, cumpre esclarecer outra dúvida bastante comum: os chatbots são parte da inteligência artificial ou a inteligência artificial que é parte dos chatbots? É o que veremos no próximo capítulo.