Uma matéria publicada pela SuperInteressante em 2016 elenca 7 filmes e séries de ficção que escorregaram feio na ciência. A lista, elaborada por Fábio Marton, é encabeçada pela saga Star Wars, que mistura fantasmas, mágica e ursos de pelúcia falantes com naves que fazem "whoosh" no espaço, lasers que se movem como balas com traçante e as pessoas conseguem acelerar até a velocidade da luz em dois segundos sem virar patê. Em suma, a série está para a ciência como a Coreia do Norte está para democracia.
Em Waterworld — um dos maiores fiascos da carreira de Kevin Costner —, as pessoas vivem em barcos ou em ilhas artificiais devido ao aquecimento global, que derreteu as calotas polares e transformou o mundo num grande oceano. Ocorre que, se todo o gelo do planeta derretesse, o nível do mar subiria 70 metros, o que não daria sequer para cobrir os morros cariocas, quanto mais o Everest. Sem falar que, para sobreviver com o oxigênio da água, as guelras do ser anfíbio protagonizado por Costner precisariam aspirar dez vezes mais água por minuto do que um jet-ski.
Em Lucy, a overdose de uma droga experimental faz com que a personagem de Scarlet Johansson passe a usar 100% do cérebro, mas a questão é que essa história de usarmos só 10% de nossa capacidade cerebral não passa de lenda urbana. Na franquia Star Trek, Vulcanos têm orelhas pontudas e um problema com metáforas; Klingons têm testa em formato de uva passa e tendência a usar espadas impráticas; Ferengi são mais feios que briga de foice em elevador... em suma, a evolução convergente é representada por uma prosaica testa de borracha (vale lembrar que para um alienígena ter a mesma aparência de um humano seria preciso que seu planeta fosse igual à Terra e toda sua história evolutiva fosse idêntica à dos humanos.
Na vida real, raios gama são letais; em O Incrível Huck, a exposição a esse tipo de radiação faz o cientista Bruce Banner se transformar num troglodita esverdeado e estupidamente forte, conhecido como Hulk, quando fica com raiva. A pergunta é: de onde vem a matéria que forma os músculos da criatura se a matéria é constante? Ou o Hulk é inflável, ou teria de comer um boi para ficar grandão — e arrumar um jeito de perder essa massa para voltar a ser Banner. Responda quem souber.
Mais esquisito ainda é o Magneto do X-Men, cujos poderes se baseiam no magnetismo. Ele consegue voar usando um cinturão metálico ou — no segundo filme — uma placa de ferro criada na hora. Mas magnetismo é uma coisa e antigravidade é outra. Quando uma grua de ferro-velho prende um carro pelo teto, o peso do carro é transferido para ela. Assim, Magneto voar puxando a placa ou o cinto para si é tão absurdo quanto sair da água puxando o próprio cabelo, como o Barão de Munchausen.
Em Waterworld — um dos maiores fiascos da carreira de Kevin Costner —, as pessoas vivem em barcos ou em ilhas artificiais devido ao aquecimento global, que derreteu as calotas polares e transformou o mundo num grande oceano. Ocorre que, se todo o gelo do planeta derretesse, o nível do mar subiria 70 metros, o que não daria sequer para cobrir os morros cariocas, quanto mais o Everest. Sem falar que, para sobreviver com o oxigênio da água, as guelras do ser anfíbio protagonizado por Costner precisariam aspirar dez vezes mais água por minuto do que um jet-ski.
Em Lucy, a overdose de uma droga experimental faz com que a personagem de Scarlet Johansson passe a usar 100% do cérebro, mas a questão é que essa história de usarmos só 10% de nossa capacidade cerebral não passa de lenda urbana. Na franquia Star Trek, Vulcanos têm orelhas pontudas e um problema com metáforas; Klingons têm testa em formato de uva passa e tendência a usar espadas impráticas; Ferengi são mais feios que briga de foice em elevador... em suma, a evolução convergente é representada por uma prosaica testa de borracha (vale lembrar que para um alienígena ter a mesma aparência de um humano seria preciso que seu planeta fosse igual à Terra e toda sua história evolutiva fosse idêntica à dos humanos.
Na vida real, raios gama são letais; em O Incrível Huck, a exposição a esse tipo de radiação faz o cientista Bruce Banner se transformar num troglodita esverdeado e estupidamente forte, conhecido como Hulk, quando fica com raiva. A pergunta é: de onde vem a matéria que forma os músculos da criatura se a matéria é constante? Ou o Hulk é inflável, ou teria de comer um boi para ficar grandão — e arrumar um jeito de perder essa massa para voltar a ser Banner. Responda quem souber.
Mais esquisito ainda é o Magneto do X-Men, cujos poderes se baseiam no magnetismo. Ele consegue voar usando um cinturão metálico ou — no segundo filme — uma placa de ferro criada na hora. Mas magnetismo é uma coisa e antigravidade é outra. Quando uma grua de ferro-velho prende um carro pelo teto, o peso do carro é transferido para ela. Assim, Magneto voar puxando a placa ou o cinto para si é tão absurdo quanto sair da água puxando o próprio cabelo, como o Barão de Munchausen.
Observação: Mesmo se fosse o Superman (e não um velhinho/galã com força perfeitamente humana), Magneto acabaria afundando no chão. Caso o movimento fosse de lado, como na cena da antena parabólica em X-Men: Primeira Classe, ele seria empurrado na direção contrária.