O UNIVERSO É UMA HARMONIA DE CONTRÁRIOS.
No livro Einstein’s Dice and Schrödinger’s Cat, o físico Paul Halpern teoriza que somos uma coleção de partículas regidas por regras quânticas. Segundo ele, cada transição cria cópias de nós que experimentam cada resultado possível, inclusive os que determinam nossa vida ou nossa morte.
Se, por exemplo, um conjunto de transições quânticas na divisão celular ensejasse uma forma fatal de câncer, cada uma das transições contaria com uma alternativa que não levasse ao câncer. Assumindo que nossa percepção consciente flui apenas nas cópias vivas, poderíamos sobreviver a qualquer número de eventos potencialmente perigosos relacionados às transições quânticas.
Importa dizer que, em existindo mundos alternativos, não existe uma linha de tempo única, o que elimina o problema dos paradoxos em viagens no tempo rumo ao passado. Isso porque, se alguém voltasse no tempo, esse alguém criaria nova rede de cronogramas. Vejamos isso melhor:
Supondo que um viajante do tempo voltasse ao passado e produzisse um evento que obstasse o próprio nascimento, ele criaria um conflito lógico de existência que inverteria o princípio da causalidade (*), ameaçando a ordem e a continuidade do Universo. É o caso do paradoxo do avô, que já discutimos em outras oportunidades.
Importa dizer que, em existindo mundos alternativos, não existe uma linha de tempo única, o que elimina o problema dos paradoxos em viagens no tempo rumo ao passado. Isso porque, se alguém voltasse no tempo, esse alguém criaria nova rede de cronogramas. Vejamos isso melhor:
Supondo que um viajante do tempo voltasse ao passado e produzisse um evento que obstasse o próprio nascimento, ele criaria um conflito lógico de existência que inverteria o princípio da causalidade (*), ameaçando a ordem e a continuidade do Universo. É o caso do paradoxo do avô, que já discutimos em outras oportunidades.
Nesse cenário, uma pessoa que retornasse ao passado e matasse o próprio avô antes de ele se casar com a avó impediria o nascimento de um de seus genitores e, consequentemente, seu próprio nascimento (se essa pessoa não nascesse, ela não poderia viajar a parte alguma, muito menos para o passado).
* Todo efeito tem uma causa, seja em nossas vidas, seja no universo como um todo. Cada pensamento, palavra, sentimento ou ação produz consequências, formando uma cadeia interminável de causas e efeitos que os paradoxos (inconsistências) contrariam. Para ilustrar melhor esse raciocínio, tomemos como exemplo a pandemia de Covid: se alguém viajasse ao passado para evitar que o paciente zero fosse infectado, um paradoxo seria prontamente estabelecido: sem paciente zero, não haveria Covid; se não houvesse Covid, não faria sentido voltar ao passado para evitar uma pandemia que não iria acontecer.
Um aspecto interessante sobre o conjunto completo de mundos infinitamente variáveis é o de que tudo já aconteceu. Mas não é só: tudo que já foi feito será feito de novo um número infinito de vezes. Assim como no filme "Feitiço do Tempo" — no qual um repórter meteorológico mal-humorado (Bill Murray), que cobre pela quarta vez consecutiva uma festa interiorana (Dia da Marmota), é obrigado a pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca e acaba revivendo a cada manhã o mesmo dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar — o dia atual se repetirá incontáveis vezes.
* Todo efeito tem uma causa, seja em nossas vidas, seja no universo como um todo. Cada pensamento, palavra, sentimento ou ação produz consequências, formando uma cadeia interminável de causas e efeitos que os paradoxos (inconsistências) contrariam. Para ilustrar melhor esse raciocínio, tomemos como exemplo a pandemia de Covid: se alguém viajasse ao passado para evitar que o paciente zero fosse infectado, um paradoxo seria prontamente estabelecido: sem paciente zero, não haveria Covid; se não houvesse Covid, não faria sentido voltar ao passado para evitar uma pandemia que não iria acontecer.
Um aspecto interessante sobre o conjunto completo de mundos infinitamente variáveis é o de que tudo já aconteceu. Mas não é só: tudo que já foi feito será feito de novo um número infinito de vezes. Assim como no filme "Feitiço do Tempo" — no qual um repórter meteorológico mal-humorado (Bill Murray), que cobre pela quarta vez consecutiva uma festa interiorana (Dia da Marmota), é obrigado a pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca e acaba revivendo a cada manhã o mesmo dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar — o dia atual se repetirá incontáveis vezes.