sábado, 1 de junho de 2024

MELHOR IDADE É A PQP!

QUALQUER IDIOTA CONSEGUE SER JOVEM, MAS ENVELHECER EXIGE TALENTO.

Ao dizer que quer viver até os 120 anos e disputar mais 10 eleições, Lula feriu de morte o apoio da "frente ampla" em 2026, caso ele ainda caminhe entre os vivo e esteja em condições de disputar a reeleição em 2026. 
Disputar eleições e vencê-las são coisas diferentes. O aspirante a Matusalém sabe que conquistou o terceiro mandato por um triz, devido ao pavor que a perspectiva  de mais 4 anos do catastrófico governo do antecessor provocava, mas parece não entender que o contingente nada desprezível de votantes antipetistas escolheu evitar o mal maior na expectativa de um governo que corrigisse os erros do passado e correspondesse ao crédito de confiança dado pelos tradicionais oponentes. Ele não precisava ter nomeado ministro extraordinário alguém sem expertise em infraestrutura e pouquíssimo afeito à diplomacia, como é o caso do "cumpanhêro" Paulo Pimenta, que, além do mais, será candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2026. Dizer que a intenção não foi projetar o "cumpanhêro" nem rivalizar com a figura do governador Eduardo Leite equivale a nos chamar de idiotas.

"Terceira idade", "melhor idade" e "feliz idade" não passam de eufemismos para "idoso", "velho" e "macróbio". A expressão "terceira idade" surgiu na década de 60, na França, e "melhor idade", em Baltimore, nos EUA, a partir de uma pesquisa que exaltou o óbvio ao concluir que as pessoas adquirem experiência com o passar dos anos. Mas muitos sexagenários e septuagenários discordam desse besteirol (a propósito, vale a pena ler esta crônica de Rui Castro). Segundo eles, o único aspecto positivo da velhice é a alternativa (morrer jovem) ser ainda pior.
 
Viver para sempre é um sonho tão antigo quanto utópico. Apesar de todo o progresso da ciência nos últimos anos, a morte continua tão inevitável quanto os impostos. Mas isso pode mudar no médio prazo. Ou pelo menos é o que afirma o gerontólogo inglês Aubrey de Grey, que se dedica há anos à busca da imortalidade. Segundo ele, "a primeira pessoa que vai viver mais de 1.000 anos já nasceu". 
E o professor de biogerontologia molecular português João Pedro de Magalhães é ainda mais ousado: "Se conseguirmos criar células resistentes ao câncer e imunes ao envelhecimento, nossa expectativa de vida pode chegar a 20 mil anos."

Delírios à parte, ainda não se sabe por quanto tempo um ser humano pode viver. A expectativa média de vida, que era de 47,1 anos na década de 1950, aumentou para 73,4 anos em 2023 e deve alcançar 82,1 no final deste século. Com a morte da francesa Jeanne Calment aos 122 anos e 164 dias, a espanhola Maria Branyas, que soprou sua 117ª vilinha no dia 4 de março passado, é a macróbia mais "matusalênica" da atualidade.
 
Entre os mamíferos, os mais longevos são as baleias da Groenlândia, que chegam a viver mais de 200 anos. Entre os peixes, algumas espécies de tubarões passam dos 500 anos. 
Em determinadas fases de sua existência, um hidrozoário conhecido como "medusa imortal" (turritopsis dohrnii) pode reverter a seu primeiro estado de vida e formar um novo pólipo, que gera clones da versão original. Isso significa que ele consegue "ressuscitar" se morrer de fome ou devido a um dano físico que não o destrua totalmente.

Uma esponja-do-mar do tamanho de uma minivan encontrada no Havaí pode ser o animal vivo mais antigo do mundo. Sua família, a Rossellidae, pode viver mais de 2 mil anos e possui grande importância para o ecossistema, pois é responsável por filtrar a água do mar, reciclar nutrientes e fornecer habitat para outros animais. Além de possivelmente ser o animal vivo mais antigo ainda vivo, o estudo de seus fósseis indica que podem ser os primeiros já encontraram no planeta. Em 2021, geólogos descobriram vestígios de esponjas do mar que devem ter vivido há cerca de 890 milhões de anos.  Até então, o recorde pertencia a um fóssil de espículas de esponjas encontradas no Irã, datadas de cerca de 535 milhões de anos atrás.
 
Segundo um artigo publicado na Nature Aging, cientistas conseguiram obter uma redução no número de células senescentes em camundongos. Essas células são responsáveis pelo envelhecimento, e estão presentes
 em qualquer tecido humano. O aspecto mais curioso é que, apesar de não se regenerarem, elas tampouco morrerem, impedindo o organismo de se livrar delas. E além de não repararem tecidos nem realizarem outras funções necessárias, elas propiciam o aparecimento de doenças e o desenvolvimento de tumores.
 
Os cientistas vêm buscando desenvolver uma vacina capaz de estimular o corpo a criar anticorpos que se juntem às células senescentes e sejam eliminados pelos glóbulos brancos. Uma alternativa à base senolíticos também vem sendo aperfeiçoada. Um grupo de pesquisadores britânicos já conseguiu resolver o problema dos efeitos colaterais: ao testar o tratamento em células humanas, os cientistas constataram as células senescentes foram atingidas, mas as normais escaparam ilesas.

Enfim, quem viver verá.