quarta-feira, 10 de julho de 2024

DE VOLTA À VELOCIDADE DA LUZ E AS VIAGENS NO TEMPO (CONTINUAÇÃO)

SE TEMOS DOIS OUVIDOS E UMA BOCA, DEVEMOS OUVIR MAIS E FALAR MENOS.


Pesquisadores da Universidade de Varsóvia propuseram uma extensão da teoria da relatividade especial para explorar a possibilidade de existirem objetos e observadores capazes de se mover mais rápido que a luz. A ideia é intrigante porque a velocidade com que a luz se propaga no vácuo (1.08 bilhão de quilômetros por hora) é o limite absoluto no Universo conhecido, que, curiosamente, vem se expandindo a uma velocidade superior à da luz. 

A proposta envolve uma nova abordagem matemática que inclui os "táquions" — partículas "superluminais" que viajam mais rápido que a luz, mas cuja existência é meramente especulativa — e admite velocidades superluminais sem violar as bases da relatividade especial. Se isso for comprovado, a possibilidade de reverter a causalidade exigirá uma reformulação dos princípios de transformação de Lorentz, que são fundamentais na relatividade especial.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Ao levantar o sigilo do caso das joias, Alexandre de Moraes enviou o inquérito à PGR, que pode arquivar, requisitar novas diligências ou denunciar Bolsonaro e os outros 11 indiciados. O eventual adiamento da denúncia seria um flerte com a imprudência — uma autoridade que mata o tempo quando os fatos a intimam a agir comete suicídio — e a ilegalidade — o CPP fixa prazos para o oferecimento de denúncia (5 dias se o investigado está preso e 15 dias se ele está solto). A alegação de que o adiamento evitaria a politização da denúncia é balela, pois Bolsonaro jogou o caso no ventilador da política bem antes dos indiciamentos — para o bolsonarismo, culpa virou um outro nome para perseguição, mesmo quando o crime traz a marca do capitão gravada numa mensagem ao ex-ajudante de ordens: "Selva". Se os inquéritos contra o "mito" fizerem escala na gaveta, a gestão de Gonet ganharia um insuportável aroma de Augusto Aras. Convém a um procurador-geral ser a soma de suas decisões, não de suas hesitações. Quem escolhe o momento certo economiza muito tempo.


Na 
relatividade especial (ou restrita), a velocidade da luz como limite garante que a causalidade seja mantida, mas a existência de partículas superluminais poderá levar a paradoxos temporais. Além disso, para levar um objeto com massa até a velocidade da luz exige uma quantidade infinita de energia, de modo que os pesquisadores têm um problemão para resolver.
 
Observação: Como foi mencionado no capítulo anterior, essa "neura" em relação à velocidade da luz se deve ao fato de que, de acordo com as equações de Einstein e até prova em contrário, o tempo é relativo, ou seja, "passa" mais devagar conforme a velocidade aumenta. 
 
A planura do Universo tem implicações profundas na Cosmologia e em nossa compreensão da evolução cósmica. Um cosmos plano pressupõe uma densidade crítica de matéria e energia, onde a quantidade de matéria-energia positiva (como a encontrada em estrelas, planetas e gás) é equilibrada pela quantidade de matéria-energia na forma da energia escura, que impulsiona a aceleração da expansão do Universo. A ideia de um Universo com quatro dimensões (três espaciais e uma temporal) e plano pode parecer paradoxal, mas há relações profundas entre os conceitos de geometria e dimensões em Física e Cosmologia.
 
Na Cosmologia, o espaço-tempo é considerado um contínuo quadridimensional, composto pelas três dimensões espaciais (comprimento, largura e altura) e uma dimensão temporal, conforme descrito pela Relatividade Geral — lembrando que a planura do Universo não está diretamente relacionada ao número de dimensões, mas sim à curvatura do espaço-tempo dentro dessas dimensões. Assim, mesmo num Universo quadrimensional a ideia de planura se mantém consistente. As evidências que sustentam a planura do Universo vêm de várias fontes, incluindo observações de radiação cósmica de fundo em micro-ondas, medidas de supernovas distantes e estudos de estruturas em larga escala no cosmos, que têm apontado para um Universo plano com uma margem de erro muito pequena. 

A descoberta de que o cosmos é plano sugere que ele começou em um estado extremamente uniforme e homogêneo no Big Bang e vem evoluindo desde então, de acordo com as leis da física que conhecemos até hoje. Se ele continuar a se expandir indefinidamente, como as evidências da existência da energia escura sugerem, a taxa de expansão pode superar a força gravitacional que mantém as galáxias unidas, fazendo com que as estrelas se apaguem e o cosmos se torne um imenso vazio.

Continua...